Hoje vale a esperança da temporada

Vencer e assegurar a classificação, aliado a isso secando o Paranaense, pois em caso de vitória do Galo e derrapada do outro brasileiro chegaríamos a liderança do grupo. Assim é o meu desejo, sendo que desde domingo ouço pelas vozes Atleticanas essa mesma vontade e diria que até um sentimento premonitório. Vox Populi Vox Dei, mas ocorre que o Deus é universal, portanto não abandonaria paranaenses e tampouco paraguaios. Ah! Mas tem os peruanos! Seja como for, que ele – Deus – hoje esteja na proteção das aves. Galo e Peru. Assim seja!

Estou, como sempre, confiante. Acho, até disse sobre isso na live do Breno Galante no domingo, que meu otimismo tem relação com os ensinamentos da Dona Beja. “Cada um dá o que tem”, disse a cortesã que é responsável pela região de Araxá ser mineira e não de Goiás. Sou otimista. Sendo assim, quero confiar na mística que assegura ser o Felipão o Rei do mata-mata. Como bem disse o amigo Domingos Sávio Mendonça, numa prosa em cafeteria domingo à tarde, “classificar e ficar a sete jogos da reconquista da Libertadores”. De novo, assim seja!

Para logo mais, desde as primeiras horas dessa terça-feira, estou me apegando a tudo e a todas as crenças. Mesmo vendo o jogo pela TV, vou usar a mesma bota e calça de sempre, em confrontos nos estádios de Belo Horizonte. Imagina, assegurando essa classificação – preferencialmente e não necessariamente – na primeira colocação, vamos ter tempo para o treinador reorganizar a bagunça que o time vem mostrando em campo. Nuns dias bate sol, com futebol vistoso; noutros chuva forte, com a defesa fazendo lambanças e o ataque perdendo gols incríveis. Confio no Deus Atleticano!

Se o pior ocorrer, nem quero pensar, o ano de 2023 estará fadado ao fracasso. Copa do Brasil, deixamos escapar pela infelicidade e loucura de opções feitas no jogo decisivo frente ao Corinthians. Restaria tão e somente o Brasileiro, que no momento estamos na 10ª colocação, a exatos 11 pontos do eventual líder. O surpreendente Botafogo, acho, não vai ter folego para manter essa campanha. Ocorre que entre ele e o Galo, são oito equipes.

É bem verdade que estamos a quatro pontos do vice-líder Grêmio, três dos favoritaços Flamengo e Palmeiras, dois do Fluminense, um para Internacional, Bragantino e Fortaleza, já com o Paranaense a mesma pontuação sendo superado pelo número de vitórias. Muito difícil pensar numa combinação de resultados que beneficie tanto ao Galo. Resultados pífios em casa e mesmo alguns como visitante, custaram essa desilusão.

Diante disso e em nome da esperança e fé Atleticana, só nos resta sonhar com a Libertadores. Desejo que além do nosso parceiro de tantas glórias, o Deus Atleticano, também os anjos digam amém. Os jogadores, cansados e desgastados – com absoluta razão – terão de se entregar hoje nessa luta pela vaga. Afinal, de quarta passada até hoje, completam três partidas fora de Belo Horizonte. A agenda e viagens conspiraram contra o Galo nesses sete dias.

Vejamos. Terça passada até o Rio, avião, depois ônibus para Volta Redonda. Quarta, pós-jogo, ônibus até o Rio e voo para BH. Chegada na madrugada de quinta e já na sexta, outra viagem aérea para Fortaleza. De novo o elenco chega ao hotel no meio da madrugada e joga no mesmo sábado. Fim do jogo, de volta para BH, em novo pouso durante o inconveniente horário noturno, já nas primeiras horas de domingo. Nesse mesmo dia, reapresentação na Cidade do Galo, para ontem de manhã voar até o Paraguai. São jogadores, tudo bem que bem pagos como reclamam alguns, mas são gente como a gente. Têm limites!

Espero e desejo que coloquem a alma e o coração em campo. Amarrem as chuteiras, como em outras ocasiões, com as veias da vontade de vencer. Depois, caso confirme a vaga, serão dois jogos pelo Brasileiro em casa – América e Corinthians – nos próximos domingos. Terão tempo para reabastecer e reenergizar para essa sequência de competições. Merecem até uma folga, assim como nós – Torcedores Atleticanos – necessitamos dessa classificação. Joguem por nós!

*fotos: Pedro Souza/Atlético