Pretendia deixar o terceiro registro comprometido para próximo à virada do ano, quando ficaria mais perto da transferência da presidência do Galo. Disse, bem no início do recesso, que traria ao debate três nomes que participaram da nossa história recente. Domenico, bastante aprovado pelas reações; Carlinho Neves, que dividiu as opiniões; e, por fim, o presidente Daniel Nepomuceno. Farei, então, minhas considerações pessoais, deixando o debate para o leitor.
Já disse e reafirmo que sequer tenho intenção, tampouco competência, para julgamento de seu mandato, mantendo meu respeito e consideração por um filho de amiGalo que sempre prezei. O desembargador José Nepomuceno me privilegiou com boas resenhas a respeito do nosso time do coração. Foram algumas, aqui em Belo Horizonte – no estádio e na sede de Lourdes – e ainda em Araxá, minha cidade e onde ele em algumas situações escolhia para um descanso.
Conheci Daniel, por ocasião de sua primeira candidatura ao cargo de vereador, quando ficou na primeira suplência e assumiu por cassação de colega eleito. Naquela ocasião, num comitê ali na Rua Manaus – por ação de seu pai –, participei de uma reunião que até hoje não sei bem o motivo do convite. Subi uma daquelas escadas arredondas, de acesso de um andar ao outro, onde nada me foi dito a não ser a entrega de pacote de santinhos do candidato.
Posteriormente, ele foi alçado à condição de vice-presidente de Alexandre Kalil. Foi um momento especial na nossa vida de Atleticanismo, pois vencemos e fizemos brilhantes campanhas. Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, Mineiros e já sob a sua batuta um segundo vice-campeonato Brasileiro. Isso aconteceu no primeiro ano de seu mandato, ainda com o time base das temporadas anteriores.
Lembro-me bem, quando acendeu à condição de mandatário maior do Galo, que seus primeiros passos demonstravam muita insegurança. Natural, afinal, ocupar o segundo cargo mais importante de Minas Gerais (depois de governador, é ser presidente do Galo) é algo muito grandioso e requer muita determinação. Quem aqui não se lembra dele gaguejando nas entrevistas e piscando sistematicamente, por exemplo, no sorteio da Copa Libertadores que foi seu primeiro compromisso oficial depois de eleito?
Aos poucos foi se soltando, mas – para nossa infelicidade – não demonstrava o mesmo pulso de seu antecessor, e com isso as coisas parecem ter corrido mais soltas, até culminar com o fracasso desta temporada. A meu juízo, delegou mais que devia e aquela situação da doença do Eduardo Maluf foi fundamental ao que transcorreu com o Galo dentro de campo.
Tive poucos contatos com ele. Marquei duas agendas com o presidente. Conto sobre elas. A primeira, tão logo assumi este espaço, fui até lá dizer que este blog estaria – como continua – a serviço dos interesses do Clube Atlético Mineiro. Na segunda, atendendo a pedido de entidade assistencial, levando uma solicitação para a presença do mascote para alegrar seus internos. Em ambas, esperei por mais de uma hora, sendo que na segunda delas – na Secretaria, ali naquele prédio do Del Rey, na Praça Afonso Arinos – a sua secretária chegou a me dispensar em função de certa reunião prioritária. Nas duas ocasiões, já retornando, ele me ligou e pediu que voltasse. Com relação ao pedido da entidade, embora tenha dito que estava deferido, o Galo Doido nunca apareceu no local mencionado.
Outro momento, que já até narrei aqui, foi quando estava na ante-sala de uma recente cirurgia, no dia 23 de novembro passado, e recebi uma ligação do próprio, queixando do post daquela data. Expliquei que seria operado em minutos, o que pareceu que ele nem entendeu, mas ficamos de marcar um encontro assim que recebesse a liberação médica. Assim fiz, como combinado, mas o retorno não aconteceu.
Como se vê, se fosse para julgar por questões pessoais, teria motivos para rejeitar sua passagem pelo Galo. Entretanto, como igualmente já deixei claro aqui, não disponho de elementos para esse tipo de julgamento. Pouco sei sobre o orçamento, quase nada do que acontece internamente, nunca fui sequer convidado para qualquer evento na sede ou na Cidade do Galo.
Acho, entretanto (isso é opinião pessoal), que ser presidente de um time que tem oito milhões de apaixonados requer dedicação exclusiva. Sobre isso, notadamente na última virada de ano, pude manifestar contundentemente aqui neste Canto do Galo.
Evidente que ele está distante de tantos outros ex-presidentes da história que conheço do Galo. Sobretudo, de Alexandre Kalil e Nelson Campos, os dois que nos deram títulos de expressão nesta ordem. Afonso Paulino e mesmo Paulo Cury, campeões da Conmebol (atual Sul-Americana) em 1992 e 1997, respectivamente. Alguns outros, como até Elias Kalil, que embora não tenha ganhado títulos de expressão, assumiu um bom time deixado por Walmir Pereira e manteve a equipe ainda mais competitiva.
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"Quem não se comunica se trumbica", já dizia o velho guerreiro Chacrinha.
Duas notícias boas e uma ruim.
A troca de Rocha por Guedes, bad boy, bom de bola ;
Wallace quase confirmado, ótimo jogador.
A ruim : flamerda escorregando, como um bagre ensaboado, de fredcone , era bom demais pra ser verdade, não será fácil livrar deste encosto.
Daniel Nepomuceno é culpa do Kalil, pois todos já sabiam quem era o vice da gestão Kalil. Qualquer adjetivo escolhido para qualificar o moço é válido. Se não tinha culhão para dirigir um gigante que não se arriscasse. Apostou e tomou ferro! Pena que nós fomos juntos. Sette Câmara, pelo que sei, também é da mesma escola do atual presidente. A imprensa de MG também precisa ser boicotada, pois não tem coragem ou não podem criticar, principalmente uma certa rádio, líder de audiência e seus locutores/políticos (paremos de ouvi-los e eles passarão a ser mais honestos com o torcedor). Enquanto o sócio torcedor não tiver direito a voto para escolha da diretoria não esperem que eu me associe. Os sócios torcedores deveriam fazer o mesmo, ou seja, cancelar seu sócio torcedor até que o estatuto seja alterado. A coisa está muito boa para a turma da situação no Galo e, só deixando que arrecadar, com pressão da torcida, as mudanças e democratização do CAM acontecerão. Quanto ao Ricardo Oliveira, e seus 37 anos, não vejo problemas, pois temos Cazares, Alex Silva, Yago, Leonam, Bremer etc., todos próximos dos 20 anos, e o que mostraram em campo: NADA! Vamos dar uma chance ao cara.
Prezados colegas Atleticanos. estamos nas vésperas do natal de 2017. Depois de um ano melancólico e altamente frustrante, somente nos resta a esperança de um 2018 melhor.
Quanto à gestão que se finaliza, não tenho condições de tecer críticas de forma generalizada por desconhecer grande parte dos aspectos que envolvem um gestão de um clube do tamanho do Atlético: não sei como o Senhor Daniel Nepomuceno recebeu as fianças do Clube e nem quanto a sua gestão foi eficiente em administrá-la ou deixá-la mais gigantesca; não conheço como andas as finanças do clube. agora que no futebol sua gestão foi um fiasco, não há quem possa desmentir isso. Agora vem outra administração, em momento que a esmagadora parte da torcida pede por uma reformulação séria do elenco e com seu providencial rejuvenescimento. No entanto, o que vimos até o momento, sinceramente não me empolga, mas já me dá bastante aflição quanto ao futuro do galo em 2018.
A defesa do time que não tem um padrão de qualidade mínimo já há uns quatro anos para as tradições do Atlético parece que terá alterações para pior , pois um dosw poucos jogadores que tem potencial de melhora e condições de produzir algo positivo para a equipe estão querendo envolvê-lo em troca - o Marcos Rocha - o problema da defesa está na zaga e na proteção da entrada da área.
Quanto ao meio campo fraquíssimo do ano passado, não ouvi dizer nada- parece que vai continuar com a mesma formação deficiente.
E o ataque? Contrataram o Ricardo Oliveira sem ter uma destinação certa e concreta para o Fred, que é um jogador de alto custo e que para ele o o Atlético seria salutar sua mudança para outro clube. O pedadala vai embora e não vejo isso como uma perda, pois não creio que a dupla Robinho e Fred poderão melhorar e acrescentar algo mais do que fizeram em 2017 para o time.
O momento é de redução de despesas , pois embora não tenha conhecimento, as sinalizações são de graves problemas financeiros para o Atlético. Assim se não há elenco para ter a quase certeza de conquista de títulos para que ter jogadores de alto custo? Portanto, tenhamos um elenco razoável e barato, de forma que, em pouco tempo, se possa equilibrar as fianças e partir então para a formação de uma equipe de fato vencedora. Será que a miopia futebolística dessa diretoria não melhora?
A par disso, desejo a todos os atleticanos, ao Eduardo e um feliz e santo natal e que Deus abençoe nosso time em 2018
Faço minhas suas palavras ITA. Isto sim é uma análise da gestão daquele bundão!!!!!! Esqueceu apenas do contrato com a DryWorld... A empresa usou o Galo... já estava praticamente falida e sem condições de atender ao mercado qdo fechou com o time. Ninguém se preocupou em pesquisar a situação da empresa. Qdo vc faz um contrato vultoso daqueles, o mínimo que se faz é verificar a sanidade fiscal do contratado.
Caro Viana, vejo que você é da oposição e quer mudanças drásticas, mesmo sabendo que o ex presidente ta deixando o clube com atrasos de salários e com os cofres vazios, sem dinheiro para muito investimento. Surgiu a notícia que o flamerda fez proposta para tirar o Fred e de acordo a imprensa o Fred aceitou. Aí surgiu o nome de Ricardo Oliveira, goleador nato, que fez 71 gols em 140 jogos disputados com a camisa do Santos, pretendido por mais 2 times grandes da série A, sem nenhum ônus para o Galo, mesmo o jogador ter 37 anos, mas que se cuida muito, é responsável, tem uma condição física muito boa e deixa muito a jogadores novos para trás, você não o contrataria? Para contratar um jogador novo e que venha para resolver o nosso ataque, vai ter que desembolsar muito dinheiro e a grana tá escassa. Acho que o Ricardo Oliveira vai ser muito útil e produtivo para o time, mesmo com a idade dele e vai queimar a língua de quem ta sendo contra. Não venha me chamar de jabazeiro, kkkkkkk, pois estou longe disso. A diretoria tá procurando fazer o que pode, principalmente a redução da folha salarial, que é a mais importante. Saudações Atleticanas!
Entrou para o restrito hall dos piores presidentes do Clube Atlético Mineiro. Moleque mimado, não fez nada como vereador, é um secretário ausente e como presidente do Galo conseguiu perder tudo de relevante que disputou, tendo um dos elencos mais caros do futebol sul americano.
Brincou de ser presidente com o dinheiro alheio, foi o cara que mais dispensou treinador e fez as piores contratações possíveis. Trouxe Carlos Eduardo, Fred e Robinho, teve a brilhante ideia de vender o Pratto parcelo ao São Paulo e ficou com o Fred custando 1 milhão por mês.
Daniel vá pra pqp, suma do Galo!!!
Mestre das contratações marketeiras, típicas de alguém sem visão, sem conhecimento, sem estofo, sem ousadia, sem completa noção do que está fazendo. Estagiou como presidente de clube na presidência do Galo efetivamente
Cardenas, essa aí me deixou com uma pulga atrás da orelha preocupamente, pq contratar ex-carrasco de um jogo só, onde o galo pedia pra derrubar o técnico, me soou como pura enganação... e foi.
Robinho e Fred, nada mais fácil do que abrir a porteira e despejar uma dinheirama em medalhões. no caso do Fred, chegou para disputar vaga com um cara que era considerado ídolo POR TODOS e fico imaginando o ambiente de "lealdade" institucional que isso não proporcionou no vestiário (isso aqui não é video game)
Mesmo que seja melhor, o Pratto era ótimo, raçudo e seria muito melhor ter contratado alguém do nível do Fred para outra posição do ficarem disputando vaga, como se o elenco já estivesse completo e como se fossemos um grande time europeu com orçamento infinito. Uma burrada GIGANTESCA...
Usaram a atleticanidade do Rafael Moura para seduzir e iludir a torcida que adora um auto-elogio
Ignorou solenemente os reclames para a transição da zaga, já que Leo Silva não tinha companheiro a altura e ele mesmo não conseguiria jogar todos os jogos.
Os discursivos vazios, as desculpas repetitivas, cobranças de uma tia velha que nenhum sobrinho dá mais atenção alguma.
A saída fácil e covarde de trocar treinador atrás de treinador sendo o elenco claramente tripudiava com nossa cara
O cidadão que transformou o SEGUNDA MAIOR CARGO DE MINAS em uma mera co-secretaria da PBH. Usou pra fazer política e aí daquele atleticano que falar ao meu lado q votará nesse cidadão para Senado ou cargos afins.
Não tivesse dinheiro para contratar fico imaginando onde estaria o galo dependo de sua presidência de fato.
Diferente de outros tempos onde era triste e sofrível torcer para um galo depauperado de recursos, esse últimos 2 anos foram os times mais tristes q já vi no galo com toda a estrutura e material humano q tiveram.
Disse tudo.
Democracia é liberdade de expressão... Você foi muito bonzinho com esse incompetente Nepomuceno... Como você disse, presidir o Galo requer dedicação total, não, ser, ao mesmo tempo, vereador e secretário da prefeitura de uma cidade problemática como BH. Não fez nada na Câmara Municipal, nem na secretaria que ocupou e destruiu com sua incompetência o que havia de bom no Galo. Que se vá para sempre, que seja exonerado da prefeitura e nunca volte a ocupar cargos públicos... Bem, atualmente a ideia básica era diminuir a média de idade do time, por isso, Arouca, Ricardo Oliveira e Léo Silva... Huahua
Daniel na cova dos leões
Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo, então salgado ficou doce
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços
E ainda leve, forte, cego e tenso
Fez saber
Que ainda era muito e muito pouco
Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor
E insistir em usar os remos
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos
(Legião Urbana )