Haja ansiolítico pra aguentar

É difícil dizer qualquer coisa. O sentimento é desolador. Sinceramente, a impressão que esse time vem passando ao sofrido Torcedor é a de que abdicou da competição de 2016. Buscando na memória, lembrei-me de uma partida similar, quando vencíamos o Santos – no litoral paulista –, com folga, e entregamos a partida.

Foi a mesma coisa, ontem, em Recife. Depois de um primeiro tempo cadenciado pelo Robinho, as substituições provocaram uma queda no time, que acabou cedendo o empate, apesar dos dois gols de vantagem. Em dois minutos, tomamos dois gols, inacreditáveis. Se Robinho, pedalando ou não, vinha sendo o nome do jogo, ao sair entregou a orquestração da partida a Diego Souza.

O ex-jogador do Galo, de péssima recordação, parece que só joga quando tem nosso time pela frente. Desde os tempos do Palmeiras, passando por outros clubes, até chegar ao Sport esse jogador só mostra futebol quando enfrenta o Galo. E pensar que numa partida, daquelas lá em Sete Lagoas, a direção do Galo deu a ele a camisa número 1, mesmo sendo ele jogador de linha. Coisas para serem esquecidas.

Pra dormir só mesmo entupindo de remédios, pois o que esse time tem feito com o Atleticano é de arrebentar. Taquicardia, falta de ar, tudo que altera o funcionamento do corpo e da cabeça. Só mesmo à base de ansiolítico para sobreviver ao péssimo momento do Galo no Brasileirão. Seis jogos e sete pontos, com todo respeito, é vergonhoso. A torcida tem feito sua parte, mas os reservas – em alguns casos até reservas dos reservas – não correspondem em campo.

Esse tal de Carlos Eduardo – que coisa: nome composto formado pelo do meu pai e o meu – até hoje não justificou o investimento feito na sua contratação. Jogou poucos minutos e foi horroroso. Não vamos nos assustar se ao retornar dessa viagem, se hospedar novamente no Departamento Médico. Ele e outros nunca saem de lá. Temo pelo público domingo, no atual clássico mineiro. Atual, pois no passado os clássicos já foram com o Villa Nova e o América, sempre tendo o Galo como destaque.

O juiz desta vez, em que pese a anulação de gol legitimo do Patric, até que foi razoável e a ele não podem ser creditados os pontos jogados no ralo. De todos os que atuaram até agora nas seis partidas do Galo, qualificaria o carioca Rodrigo Nunes de Sá como o segundo melhor. O paulista  Flávio Rodrigues de Souza, que apitou o jogo com o Atlético do Paraná foi o melhor de todos. Os demais – todos – um lixo. Mas, reitero, apesar de anular gol legitimo, quem entregou a partida foram os jogadores, que não souberam segurar o resultado.

Assim, caros, o caminho para a quinta Copa Libertadores consecutiva vai ficando apertado. Com esse futebolzinho que o Galo vem mostrando, só se der muita sorte na Copa do Brasil. A distância para os primeiros colocados – empate a empate – vai ficando cada vez mais alongada.

Meu último alento é recorrer ao nosso passado histórico. Entre os anos 80 e 90, quando disputamos a competição com times medianos, era incrível uma coincidência. Todo vez iniciávamos a competição, como agora, com péssimos resultados. Era só jogar com o adversário do próximo final de semana e, via de regra, vencíamos e tomávamos um embalo na competição. Agarrei nesta agora.