Foi exatamente o retrato do time em toda a temporada. Vergonha! Pífio! Descomprometido! O Torcedor Atleticano fez sua parte no período, brilhou e apoiou enquanto teve fôlego. No jogo de ontem, até sair o segundo gol adversário ainda cantava e tentava levar o time à reação. Repetiu isso, quando o Galo marcou seu gol, acreditando talvez em pelo menos um empate. O que seria injusto, pois o Grêmio deu um vareio de bola e mereceu um placar ainda mais elástico.
Em minha concepção, apenas Victor e Pratto se salvaram. Gabriel, bastante elogiado (mais pelo nosso único gol), também – talvez pela fragilidade da defesa – não me iludiu. O goleiro e o centro-avante, não, ao contrário dos outros sentiram o golpe. Os demais, até o Leão Donizete, não parecia, incomodados com o sofrimento do Torcedor. Sem contar que tem alguns que merecem ter sua situação avaliada. Carlos César (vive de lampejos e é horroroso), Erazo (nada mais que um razoável reserva), Júnior Urso (sua apatia desmotiva o time. Teve o empate aos seus pés quando o placar ainda era de um gol, mas faltou-lhe tesão para concluir), Hyuri (só jogou ao lado de Sedoorf) e o caríssimo Clayton (outro que dá sono) não têm perfil de jogador do Galo. Aqui é raça!
Cazares, este merece uma consideração isolada dos demais. É, inegavelmente, craque. Porém, a exemplo de tantos outros que já vimos, é completamente descompromissado com o seu próprio futuro. Indolente, chega a sugerir até mesmo certa irresponsabilidade com uma carreira que tinha tudo para ser bastante promissora. Sua expulsão, da maneira que aconteceu, na última partida pelo Campeonato Brasileiro, deveria determinar uma punição branca. O equatoriano nem poderia ter entrado numa partida tão importante quanto essa da decisão. Aliás, ele está se transformando numa modesta opção para ser lançado durante o segundo tempo.
A partida estava truncada até que o Grêmio, numa bola perdida infantilmente pelo Cazares, achou o gol. Daí para frente tomou conta do jogo e administrou, fazendo ainda o segundo e o terceiro gols. Enquanto o time gremista dominava, demonstrando ter estudado o time Atleticano, os nossos jogadores pareciam um amontoado de jogadores que nem foram apresentados um ao outro. Seguramente, treinador e jogadoresn ão viram a partida do time gaucho nas semifinais. Se tivessem assistido, a postura deveria ter sido diferente.
A bem da verdade, diferentemente de 2014, chegamos à final por um caminho curto e ainda assim bastante sofrido. Naquela ocasião superamos Palmeiras, Corinthians e Flamengo, os dois últimos em jogos inesquecíveis, até chegar a uma final com previsão de título que acabou se confirmando com duas vitórias sobre time doméstico. Desta vez foi diferente. Passamos pela Ponte Preta, Juventude e o time reserva do Internacional (cujo time principal está quase rebaixado no brasileiro) a duras penas. Com bico quebrado, diria. Desta maneira, em que pese a dor do resultado, nenhuma surpresa podemos registrar. Bassols, embora tenha sido como sempre um Bassols, nem merece consideração. O carioca que apita por Pernambuco é fraco.
Já o Galo, num ano que me brindou com dois belos presentes, fecha a temporada de maneira melancólica. Triste mesmo. Um dos brindes Atleticanos a este blogueiro foi o convite do UAI assinar este nosso espaço, genuinamente do Galo. O outro foi decorrente deste blog. Ainda assim, em meio a toda essa comemoração pessoal, o time em campo me faz voltar pra casa e não conseguir dormir. E foi assim que levantei nesta manhã, exausto e com sono, para cumprir o compromisso de levar ao leitor Atleticano a ressaca da nossa péssima atuação.
O Galo pode até reverter o placar no jogo de volta em Porto Alegre. Nada é impossível, mas, ainda que acontecesse, não apagaria o péssimo ano de 2016. Um revolvimento interno se faz necessário para a próxima temporada. Jogadores e/ou qualquer outro membro do comando Atleticano, seja administrativo ou da comissão técnica, deveriam colocar seus cargos e contratos à disposição para serem reavaliados. Não é possível começar 2017 com essa mesmice.
Se na Copa do Brasil é esse desastre que estamos vivendo e ainda com as imagens na cabeça, no Campeonato Brasileiro não foi diferente. Virando o turno na segunda colocação, depois de uma excepcional recuperação, o time Atleticano foi cedendo gradativamente sua posição para adversários diretos. Entregou a vaga direta, que seria do G2, que depois virou G3, presenteando Santos e Flamengo as duas posições. Agora, ainda mais depois do vexame na Copa do Brasil, terá de participar daquela fase preliminar da Copa Libertadores.
Repito, uma vergonha!
Quem diria! Confesso que, depois do terceiro gol alinhado a entrada do Kardec, não desliguei…
O Galo relacionou 31 jogadores em condições de jogo para hoje no Maracanã. São todos…
Num momento tão especial, finalista de duas importantes Copas, temos uma oportunidade de escrever páginas…
Assim como na canção da banda Blitz, o Atleticano está a dois passos (duas taças)…
Definido adversário para a final da Libertadores e imediatamente entrando na preparação para a primeira…
Com grande atuação do time todo, destacaria a zaga – Bataglia e Alonso – e…
View Comments
Verdade. Antes mesmo de a bola rola, quando o Atlético e o Grêmio se classificaram para a grande final, um radialista gaúcho tratou o Galo como "marrecas mineiras" e isto deu uma bafafá danado. Todavia, parece que o clube, a comissão técnica e os jogadores não ligaram para a provação, pois aquele amontoado de jogadores que disputaram a primeira partida não marcaram a saída de bola; não desarmaram a equipe adversária com essa detinha a posse de bola e/ou quando a disputava pelo alto; muito menos atacou com vontade e eficiência. Ou seja, o Galo pode não ter sido aquela marreca mineira, mas o Atlético foi pato do grêmio tanto no Horto, pelo Campeonato Brasileiro, quanto no Mineirão, pela Copa do Brasil. E, isto eu presenciei. Fui, vi e perdi...
Como acompanhei todos os jogos do Galo, pelo Brasileirão e Copa do Brasil, esta última assistir todos os jogos no estádio, pensei em escrever uma crônica esportiva sobre a trajetória e as atuações do Galo nessas competições. Porém, desisti. Não vale a pena, pois concordo contigo, foi um ano perdido. Para que perder tempo em falar de um time inexistente, pois foi isso que o Atlético Mineiro foi, um sujeito oculto, apagado, previsível, raso. Apesar de algumas estrelas brilharem e fazerem a diferença em algumas partidas diante de adversários medíocres, não temos nada a comemorar a não ser a classificação para as fazes preliminares da Copa Libertadores. Muito pouco para um elenco tão caro. Assim, faço minhas as suas palavras e encerro este comentário, pois, a julgar pela pífia primeira partida da final da Copa do Brasil, nem a fé e o folclore do EU ACREDITO vale para o atual time do Galo. Um detalhe, seria cômico em acreditar no título, mas nem esse suposto bicampeonato salvaria o ano do Galo. Acreditar nisso, é acreditar que o Atlético poderia vencer o consistente e bem armado time do Grêmio por uma diferença de três gols e todos eles marcados pelo reserva dos reservas mais conhecido por Hyuri. Eu desacredito.
Como mineiro, embora vivendo fora de Minas há mais de 40 anos, acompanho todos os jogos do
Galo. Continuo sem entender como um time, com um elenco tão caro, possa entrar em campo,
contra o Grêmio, tão desmotivado. A defesa é de provocar pânico em qualquer um. A continuar dessa deforma, amargaremos novos dissabores em 2017. A meu ver, dificilmente conseguirá uma vaga para a Libertadores. Esqueçamos 2016 e miremos 2017 com novas esperanças.
Acho que está havendo um exagero! Chegar a final da Copa do Brasil e não estar brigando para não cair no Brasileirão, já é mais que se poderia esperar desse time.
Sou cruzeirense mas estou torcendo para o título ficar em Minas, com o Galo! O jogo de volta é difícil mas não impossível reverter essa vantagem! O Galo tem elenco, mas tem um buraco naquela defesa que dá licença! Não sei quantos gols já levou no brasileirão mas, para um time que quer ser campeão de qualquer coisa, tem que pensar em fazer gols e levar o mínimo possível de gols! Mas parece que isso não acontece no Galo tamanho é a quantidade de gols que o time leva! No jogo de ontem subia todo mundo e não recuava ninguem, a zaga estava sempre aberta! Pô, prá formar uma boa defesa tem que ter os dois zagueiros e os dois laterais cobrindo também! Dá prá reverter, mas se não fechar o buraco da defesa, ai vai é levar outra surra!
Vexame Nacional no horário nobre da Globo
Vexame Nacional em horário nobre da Globo com Galvão Bueno e tudo mais. Isso é que é exposição negativa. Mesmo que aconteça um Milagre, ou seja, que aconteça aquilo que ninguém acredita que vai acontecer em Porto Alegre, mesmo assim, temos que rever tudo, tudo mesmo: preparação física, médica, tática, técnica, motivacional, psicológica, plantel, administrativa, enfim tudo. Não é possível que ainda existam "torcedores" que acreditem que esse time caríssimo ainda tenha salvação depois dos numerosos vexames proporcionados em 2016. O custo/benefício é altíssimo, muito custo (muitos milhões gastos e investidos e uma enorme dívida) e pouco benefício (só a classificação da pré- libertadores). Temos muitos jogadores envelhecidos que não conseguem mais acompanhar os jovens e muitos jovens com péssima qualidade técnica, além da ausência total de tática, estratégia e planejamento. Precisamos de uma mudança profunda e já, a começar pelo Técnico, precisamos renovar com qualidade e dentro de uma filosofia de jogo pré- definida, deveríamos nos preparar para 2017 agora. Galo sempre.
"Cazares, este merece uma consideração isolada dos demais. É, inegavelmente, craque". Desculpe-me a franqueza, Eduardo, mas declarações desse tipo só colaboram para que continuemos no mesmo lugar.
Dessa vez, nós pagamos com juros e correção monetária a gozação em cima do outro lado da lagoa, já que gozamos antes , a famosa ejaculação precoce! Esquecemos de olhar pra nosso próprio umbigo e acreditamos que tinhamos um time, que era o melhor elenco, caímos no conto do vigário chamado mídia, nunca tivemos time sabe por quê? Um time de verdade começa com planejamento, para isso é preciso ter um bom presidente, um excelente diretor de futebol que entenda do riscado, vejam o Alexandre Mattos, bicampeão aqui e já vai conseguindo o segundo título com o Palmeiras, até há pouco um time desprestigiado devido ao bi-rebaixamento.Um bom time começa com um DM exímio que recupera os jogadores machucados em tempo hábil e não sirva de cabide pra jogador chinelinho que fica fazendo cera para ser vendido. Um time de verdade começa com uma defesa segura, nós só temos um excelente goleiro e mais nada, não temos zagueiros, o nosso melhor foi vendido e não houve reposição à altura, não temos laterais, o esquerdo é experiente mas tá velho, o direito não sabe marcar e os reservas são muito piores e não temos volantes, apenas um, velho, chamado de General, único que marca, mas não sabe passar, e por fim temos um senhor ataque que marca muitos gols mas perde o mesmo tanto e não ajuda em nada na recomposição. E ontem nem isso tivemos, pois Robinho não jogou nada e Pratto só lutou, mas também não produziu, um time que faz gol de zagueiro e jogando com Júnior Urso de centrovante (oi?) vai ganhar de quem? Ano de vexames: não ganhamos uma partida do rival, perdemos o Mineiro pra outro rival pior ainda, entregamos o Brasileiro, tomamos gols de time rebaixado e ainda fomos goleados por Tricordiano e outras babas! Agora, já que também não acredito no título, embora no futebol não seja impossível, que este time que não honrou sua camisa, honre pelo menos sua dignidade, suas calças e joguem com vontade e raça em Porto Alegre, agora sem MO, vendendo cara a taça. É o mínimo que todos nós merecemos e exigimos!
MO saiu. Que o presidente se humilhe pro Levir ou traga o Roger. Nao vejo outras opções.
Não sei qual é a novidade! O Galo esse ano nunca teve padrão de jogo, nunca se impôs perante às outras equipes, nem na Libertadores, nem no Brasileiro. Copa do Brasil foi chegando aos trancos e barrancos e o Brasileiro, bem, o Brasileiro já era esperado pela instabilidade da equipe num campeonato longo. Mas muito da mídia continuou tapando o sol com a peneira. A própria torcida continuou com o mantra "eu acredito", que já deu - marcou a Liberta 2013 e a Copa Br 2014, mas já deu!
Também esperei muito do Marcelo Oliveira, após a já esperada decepção com o Aguirre. Mas a torcida prefere achar que caras como eu, q frequentam o Mineirão pelo menos desde 1980, são modinhas, q não são verdadeiros torcedores, só porque são céticos quanto ao desempenho do time.
Vamos lembrar que temos Pré-Libertadores ano que vem e de novo o Torneio da Flórida, que só serviu pra desgastar a equipe, apesar de ter sido lucrativa para o marketing do clube.
E espero que não usem a construção do estádio como desculpa para resultados ruins em 2017.