Final precoce de temporada intensa

O título, aparentemente, dúbio é proposital. Afinal, entre todos os times brasileiros – seguramente – foi o Galo que fez maior número de partidas neste ano de 2025. Concomitante a isso, encerramos sem realizar os três jogos pelo Mundial. Esse é o Galo que conheço desde os anos 60, que me credenciam nessa condição de pitaqueiro – quase profissional – com a concordância de uns e a discordância de outros.

Estar ainda blogueiro faz dessas coisas. Nunca tive a pretensão de ser palmatória do mundo e avaliar opiniões com a minha régua. Desde a primeira postagem, já se vão tempos, assumi a condição de “estar blogueiro”, abrindo espaço ao contraditório de maneira respeitosa. Diria que o balanço até aqui foi de extrema alegria e realização. Fui agredido, incompreendido, demorei a tomar a necessária rédea pela boa convivência. Sempre que possível.

Alguns poucos abandonaram essa confraria Atleticana, teve – acreditem – quem disse que era ele quem deveria estar nessa condição de assinar o blog. Sugeri na ocasião que procurasse o UAI com currículo e se apresentasse para a missão. Nem sei se o cidadão o fez, mas sabemos que permaneço por aqui. Criticando e elogiando, sempre em consonância com o meu pensar, privilegiando – ainda que incomode a poucos – a nossa razão maior que nos une. Galo e Atleticanidade.

Pois bem, como disse lá no alto da página foi uma temporada cheia de emoções e grandes decepções ao final. O que, por mais triste e alguma dor, não altera minha devoção, paixão e fé pelo Galo. Ainda tenho um tantinho de folego para me levar aos jogos, vou avaliar sobre dedicar diariamente de formas diferentes ao que faço sistematicamente. Decisão pessoal e unilateral, não por pressão de quem quer meu lugar e tampouco por ação de quem não tolera ser criticado.

Por isso, já disse, não tenho imagem no entorno e outras similares. Tenho cara aqui no Canto do Galo. Diferente de alguns poucos que tentam confrontar aqui mesmo. Zezinho do fulaninho, Tiãozinho localização tal, Manezinho das letrinhas. Enfim mostrar a cara, nome e sobrenome tem seus ônus. Mas, reconheço, muito mais bônus. Desconhecidos por quem opta por agredir e longe daquilo que imaginam.

E é com esse espírito e pedigree Atleticano que vou lá hoje no último compromisso da temporada. Não como blogueiro, mas com jornalista sempre credenciado, acompanhar o que o Galo nos reserva. São 27 combinações de resultado, de acordo com a arte acima, apenas duas delas com o terrorismo desejado por gente que conspira contra nossos desejos. Sai pra lá, zica. Fora elas, entre as 25 outras a definição sobre ficar no limbo ou classificara para a Sula. Nada confortante esse fim de ano. Seja o que Deus Atleticano nos reservar.

Sempre adotei a resignação e a resiliência em meus desejos pessoais. E o nosso Galo se enquadra neles. Até amanhã, que entre as possibilidades não sei se entristecido, à margem dos extremos ou comemorando – com sorriso amarelo – uma habilitação pequena diante da expectativa vivida. Qualquer delas, sigo Atleticano. Não serei diferente aos 67 anos de vida, quase sessenta deles vivendo essa invejável condição de torcer pelo Clube Atlético Mineiro. Ainda que com donos capitalistas!

Em tempo: Não disse nada sobre o jogo de logo mais. Dizer o que? Só espero que: 1) Lucas Gonçalves escale jogador nas suas posições de origem; 2) Como pediu desde ante ontem o Domingos Sávio, não utilize aqueles bois cansados que estão de saída; 3) Ainda e por respeito a história e tradição do clube, quem jogar atue com amor à camisa preta e branca; 4) Fechando que vença e assegure a vaga na Sula, Z4 nem pensar. Mínimo de dignidade e comprometimento. Só isso!

*imagens: 1) Flickr Atlético; 2) Daniel Teobaldo; 3) das redes sociais