Em busca da primeira de duas decisões

Faltando nove jogos para o encerramento da temporada, o Galo tem dois deles como primordiais. Da Libertadores, dia 30 em Buenos Aires, frente ao Botafogo; e hoje, em casa e com a Torcida, contra o flamídia. Como disse ontem, êxtase ou tristeza. Quero evidentemente a primeira, mas se for a outra não será a primeira e tampouco a última vez que vou voltar pra casa dessa maneira. O que não vai alterar, reafirmo, é que permanecerei Atleticano.

Estou confiante, mesmo consciente da enorme dificuldade, mas tudo é possível. Já vencemos partidas memoráveis por três, quatro, cinco e até seis gols. Igualmente já formos derrotados. Não fosse assim, o futebol e a magia de ser Atleticano, seria muito previsível. Meu estado de espírito, via de regra, é de otimismo e total apoio ao meu (nosso) time do coração. Não rasgo mais nada do Galo e nem mesmo faço doação de camisas quando estou P da vida. Tudo passa!

Só espero duas situações no jogo de hoje. A primeira nossa, que o time entre ligado sem afobação desde o início, jogando em casa diferente da partida no Maracanã. A outra é que o dono do apito, Raphael Clauss, de quem tenho péssimos registros atue com a isenção que se espera de um árbitro de futebol. Ele, em algumas oportunidades, colocou em dúvida se merecia o destaque que lhe é confiado pela comissão de arbitragem. Que é outra que também me tem total desapreço. E é de tempos, não recente esse pé atrás. Domingo passado, até o outro que assina Rafael Klein, fez mais do mesmo. Pênalti ignorado ao final do jogo.

Deixando esses sujeitos de lado, o Milito tem de motivar nossos jogadores para a importância dessa decisão. Não por ser o soberbo e protegido da cbf/tv, mas pela relevância da conquista e até a vaga na próxima Libertadores. Afinal, foi ele e o comando do Galo que privilegiaram as Copas em detrimento das vagas pelo Brasileirão. É aquele famoso ditado: quem pariu que o embale. Temos duas grandes chances de conquistas, não vá nos decepcionar. A primeira é hoje, se confirmar, embala até para a seguinte. Imagina, três semanas por conta de usar os jogos do BR como preparação para essa grande final continental.

O treinador argentino tem praticamente todo o elenco à disposição. Quem tá no DM não figura entre os principais jogadores do momento. Sem suspensões e convocações, poderá utilizar a melhor formação dos últimos tempos. Só jogar, na nossa casa e com a presença da Massa, como atuou nos confrontos com o fluminenC e River Plate. Ah! O adversário é outro, dizem alguns que já jogaram a toalha, ora pouco importa. Estamos no nosso território e precisamos impor essa condição.

Não me arrisco em adivinhação. Mas Éverson, Bataglia, Alonso, Arana, Alan Franco, Scarpa, Paulinho e Hulk estão assegurados. Para as outras três vagas temos Saravia, Lyanco, Otávio, Zaracho e com menos chances ainda Bernard, Vargas e Alan Kardec para começar a partida. Seja como for, que entrem em campo com raça, determinação e comprometimento, afinal aqui é o time do “eu acredito”. De viradas épicas e goleadas, inclusive sobre o próprio adversário de hoje. Quem não se lembra dos seis a um (2004) lá em Ipatinga? Entre 2010 e 2020 três vezes quatro a um e duas outras por quatro a zero. Ano passado, até com o melancólico Felipão, três a zero lá no Rio. Reafirmo que eu acredito!

*fotos: Pedro Souza/Atlético