Em busca da Libertadores perdida

Conforme era meu desejo, cá estou de volta em casa e ligado no assunto que nos une que é o Galo. Três dias de repouso absoluto até um total de sete para voltar à vida quase normal. Vale dizer, como jogamos hoje fora de BH, no próximo (28 de setembro com os porcos) estarei no Mineirão em busca da vitória e dos pontos para a vaga na Libertadores.

Após dez dias do nosso último jogo, outro tropeço no Brasileirão, temos pela frente o Avaí. O time catarinense, agora sob o comando do falastrão Lisca – que usa o codinome de Doido, mas sabe dirigir e motivar times pequenos – já assumiu botando banca. Ao dizer que conhece muito bem o elenco Atleticano, não demonstra nada diferente de qualquer outro treinador e até torcedor brasileiro. Todos conhecem o Galo e sua força.

Mencionar que determinado jogador, no caso o Ademir, começou a jogar com ele é hilário. O tal fumacinha, em que pese ter se destacado no coelho, chamou a atenção quando a Patrocinense voltou para a primeira divisão do Mineiro. Foi objeto de interesse de outros clubes, como o Palmeiras, mas acabou vindo para o Galo por indicação do Cuca.

Até o momento nos nove jogos do treinador, uma única vez não foi acionado (Paranaense, por suspensão. Nas cinco ocasiões que entrou como titular, foi substituído em todas elas (Internacional, América e Bragantino pelo BR e nas duas partidas com o Palmeiras pela Libertadores). Em três ocasiões entrou com o jogo em andamento (Coritiba, Goiás e Atlético GO). Fez gol apenas no empate com o Bragantino.

Fato é que seja o adversário treinado pelo Lisca, por Abel Ferreira ou quem quer que seja, nosso Galo tem de recuperar os pontos e posições perdidas ao longo dessa competição. Considerando que as duas Copas – Brasil e Libertadores – e que a segunda era nosso objeto de desejo em 2022 já estão na finalíssima e tampouco chegamos às semifinais, agora é reagir e viver um final de ano mais leve e sonhando com a próxima temporada.

Tenho lido, ouvido e mesmo proseado com muitos amiGalos sobre esse G6 ou G8 para a Libertadores. Como prefiro a zona de segurança, sigo obcecado é pelo G4. Esse sim, pelo regulamento, assegura vaga direta na fase de grupo. Tudo bem que as finais dessas duas Copas serão disputadas por times que estão à nossa frente, abrindo vagas pela classificação do Brasileiro. Se já entendo ser lamentável brigar só por vaga na Liberta, mais ainda com esse tipo de projeção.

Nosso elenco, pela qualidade, tem potencial sim para brigar por títulos. Se o que nos resta, o Brasileiro, ficou tão distante lutar pelas primeiras colocações e a consequente classificação é questão de honra e brio. Para tanto, hoje, lá me Santa Catarina, só tem um resultado que interessa. A vitória. E que seja com uma atuação digna de quem veste essa camisa preta e branca. A mim não interessa se o Avaí está no Z4 e na próxima rodada vamos enfrentar o líder e praticamente já dono do título. Quero seis pontos nos dois jogos.

Ao que imagino, pelos jogadores que Cuca relacionou e por suas últimas escolhas, acredito que deve manter a base que vem utilizando. Queira muito Jemerson e Pavón desde o início, mas não têm sido opções do treinador. Prefiro também o Dodô, lateral de ofício, no lugar do Arana. Vamos esperar qual deve ser a formação para essa difícil missão de buscar a vaga. Diferente de alguns, acredito que com 50% de aproveitamento, assegura essa classificação.

Por fim, quero agradecer às várias manifestações de força, fé e carinho recebidas aqui no espaço e em mensagens reservadas. Fiquei menos de 24 horas no Vila da Serra, numa cirurgia que até recentemente era muito delicada (tumor na próstata), sendo liberado com muito otimismo por toda a equipe médica que participou do procedimento. Não foi esse embate que me desanimou. E já é o segundo. Assim como o anterior, no intestino, foi diagnosticado em exames precoces. Que venham mais e muitos títulos do nosso time do coração. Ainda quero comemorar CB, BR, CL e Mundial. Sigamos!

Aqui é Galo, preto e branco, po##@!

*fotos: Pedro Souza/Atlético