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Elias Kalil Puxou a Perna do Ferreira

Ricardo Galuppo

Hoje não vou falar de Brasileirão nem de Jorge Sampaoli. Preciso contar um segredo e peço que ele fique entre nós: Não fui eu! Explico: passei sete anos de minha vida certo de que, sem a ajuda de ninguém, eu puxei a perna do paraguaio Ferreira, do Olímpia, na final da Libertadores de 2013. Aos 38 minutos do segundo tempo, invadi o gramado e impedi que ele marcasse o gol que provavelmente nos tiraria o título. Depois, cumprimentei o Victor e saí de lá sem que ninguém me visse. Cheio dessa certeza, sempre me considerei um dos heróis daquela conquista. Bastou, porém, que eu me atrevesse a revelar esse segredo para ser acusado de querer me apropriar da obra alheia. 

Meu irmão, Rogério Galuppo, zombou de mim! Ele tem certeza de que nosso pai, Serafim Mozart Fernandes, resolveu o problema. Surgiu no campo, derrubou o paraguaio e retornou em paz para o descanso eterno, feliz por ajudar o Galo. Minha prima Adriane nem quis conversa. Para ela, foi o pai, Geraldo Galuppo, que tirou aquela bola. Afonso Borges escutou a história e logo mudou de assunto. Quem afastou o perigo, garante, foi nosso amigo Roberto Drummond, com as mesmas calças vermelhas e o mesmo par de tênis All Star que usava para bater pernas na Savassi. 

Nem precisei pedir a opinião de Edmar Campos. Ele tem certeza de que seu pai, o presidente Nelson Campos, derrubou o Ferreira. Para Cláudio Utsch, discutir esse assunto é perda de tempo: foi o doutor Fábio Fonseca! Emerson Maurílio assegura que foi Heraldo Santos, o tio que o levou pela primeira vez ao Mineirão. O titular deste espaço, Eduardo de Ávila, é outro que não me dá razão. Para ele foi Fausto Barbosa, o cunhado que o transformou nesse atleticano que é, quem deu o chega para lá no Ferreira. 

ESPINHO NO CORAÇÃO!

Tudo bem! Cada atleticano tem alguém para homenagear com aquele lance e bobo fui eu de me julgar merecedor de tanta glória! Mas, juro: eu estava lá! Mas não estava sozinho, reconheço: éramos milhões! Cada atleticano do mundo, desta ou de outra dimensão, fez sua parte para impedir a tragédia que parecia inevitável. Coitado do Ferreira, não teve a menor chance! 

Sou, no entanto, obrigado a reconhecer, sem querer diminuir a importância de nenhum dos que participaram do daquele lance, que havia alguém entre nós com mais motivos do que os outros para derrubar o paraguaio. Naquela hora, todos que estávamos ali demos licença para o ex-presidente Elias Kalil ser o primeiro da fila. Marcelo Costa Braga, outro atleticano de nascença, é preciso ao descrever a cena: “foi ele que puxou a perna de Ferreira”. “E puxou com força”, completa Gilmar Cosenza.

Elias tinha não uma, mas três razões para estar ali. A primeira era idêntica à de todos os atleticanos: de onde quer que estivesse, ele não teria economizado forças para afastar a ameaça. Além disso, e essa é a segunda razão, ele faria tudo para não ver seu filho, Alexandre, viver os mesmos dissabores que ele experimentou. Alexandre Kalil presidia o Galo em 2013 e Elias certamente não permitiria que o filho fosse obrigado, como ele foi nos anos de 1980, a explicar a perda de um título que era do Galo por direito. 

A terceira razão era, talvez, a mais nobre de todas. O que estava em disputa naquele momento era a Libertadores da América, um título que ficou encravado como um espinho no coração de Elias desde o dia 21 de agosto de 1981. Essa foi a data da indecência encenada por José Roberto Wright (por questão de higiene, lavo a boca a cada vez que pronuncio esse nome) no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Depois da partida, o “Flamengaço”, sempre beneficiadaço pelo apitaço, prosseguiu no torneio e se apropriou de um título que o apito desonesto cuidou de levar para longe da sede de Lourdes! 

PRESIDÊNCIA FULGURANTE

O juiz da partida contra o Olímpia, o colombiano Wilmar Roldan, era um homem honrado e nunca teria se rebaixado a fazer o papel de serviçal que coube a Wright (opa! Lá vou eu lavar a boca outra vez!). Mas outros, antes dele, teriam aceitado de bom grado fazer a sujeira. Certamente foi Elias Kalil que inspirou Alexandre, assim que terminou a fase de grupos do torneio, a ir até Assunção, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol, organizadora da Libertadores. Uma vez lá, vetou a tramoia que já vinha se desenhando para que árbitros brasileiros apitassem as partidas da fase seguinte, a primeira do mata-mata, contra o São Paulo. Se não tivesse agido, certamente o Galo nunca tivesse visto a cor da taça. 

Alexandre apenas se preveniu contra sujeitos que usam o apito para conquistar empregos como comentaristas de TV e que, por perseguirem esse objetivo, sempre cometem “erros” que invariavelmente beneficiam os times preferidos da emissora. Se tivesse feito o mesmo em 1981 e vetado aquele roedor no apito, Elias talvez tivesse evitado o pior. Motivo para agir ele tinha: meses antes, no Maracanã, outra criatura de baixo extrato, um tal José de Assis Aragão, já havia prejudicado o Galo e destruído a própria reputação (se é que ele tivesse alguma preocupação com isso) para dar o título brasileiro ao mesmo “Flamengaço classificadaço”, protegido meses mais tarde pelo tapir do Serra Dourada. 

Ninguém aqui está querendo se queixar da sorte nem se fazer de vítima nessa história. Os títulos se foram! Tchau! O que não dá é para ficar calado diante de tramoias tão evidentes. Denunciá-las é  a forma que temos de fazer justiça à memória de Elias Kalil. Se o Galo tivesse levantado o Brasileiro de 1980 e a Libertadores de 1981, certamente que a passagem dele pela presidência teria sido mais fulgurante do que foi. Mesmo sem essas taças, no entanto, ele é merecedor de um lugar de honra entre aqueles que contribuíram para a grandeza do Clube Atlético Mineiro. 

A passagem de Elias Kalil pela presidência foi fundamental para dar ao atleticano a dimensão da grandeza do clube. Ele jamais teve medo de enfrentar, nem de chamar pelos nomes que mereciam, aqueles que tentavam diminuir o Galo. Enquanto esteve no comando, não apenas resistiu como denunciou todas tramoias dos que queriam manter o futebol brasileiro como território privativo dos que sempre se beneficiaram dele. E quando ele falava, todos escutavam.

AMBIENTE HOSTIL

A implicância da cartolagem com o Galo é anterior ao mandato de Elias Kalil. Ao assumir o clube, em 1980, ele já sabia que encontraria um ambiente hostil pela frente — e um inimigo habituado a cometer todo tipo de golpe baixo para não abrir espaço a quem se recusasse a aceitar sua pouca vergonha. Desde a tramoia que levou à exclusão de Reinaldo da decisão do Brasileiro de 1977, os “donos do futebol” tinham perdido a vergonha de demonstrar suas preferências. E essas preferências, não incluíam o Galo. 

Isso ficou claríssimo em 1979, quando impuseram para a fase final do campeonato brasileiro uma tabela nitidamente feita com a intenção de beneficiar seus protegidos. Em três partidas, o Atlético não teria um único mando de campo (talvez os cartolas estivessem tremendo diante da força da torcida, vai saber!…). O presidente Walmir Pereira denunciou a armação, exigiu mudanças e, como não foi atendido, simplesmente não pôs o Galo em campo na reta final de um brasileirão que tinha tudo para vencer. 

Sim. O Galo não mandou o time a campo e foi declarado perdedor por W.O. A coragem de Walmir deixou os cartolas melindrados e, como covardes que eram, passaram a agir na surdina e fazer tudo o que estivesse a seu alcance para prejudicar o Atlético. Com aquele gesto, porém, Walmir deixou claro que não pretendia compactuar com o jogo sujo. Atenção: muito clube por aí já andou esperneando contra as medidas tomadas para facilitar a vida dos parceiros preferenciais da cartolagem. Mas o Atlético foi o único (repito: ú-ni-co!) que teve coragem de levar a briga até o fim. Em público, os cartolas deram os faniquitos de sempre e ameaçaram excluir o Galo das competições, como uma forma de puni-lo pela insubordinação. O que faltou a eles foi coragem. Quem é covarde nunca é capaz de enfrentar quem age às claras.

POR SUA PRÓPRIA CONTA

Era esse o ambiente que Elias Kalil encontrou quando assumiu a presidência do Galo. O problema é que, se os cartolas esperavam alguém que não tivesse disposição para a briga, passaram a conviver com um osso tão duro de roer quanto Walmir Pereira. Talvez até mais! Seja como for, quem é covarde é covarde e o gesto desafiador dos presidentes do Galo, com certeza, foi um dos ingredientes que ajudaram a criar o ambiente desfavorável no ano seguinte. 

Para os cartolas, tão importante quanto assegurar que seus aliados preferenciais vencessem era garantir que o Atlético perdesse. Na base do apito, garantiram a vitória do “Flamengaço Classificadaço” no brasileiro de 1980. E, no ano seguinte, colocaram aquele sujeito (não vou dizer o nome para não precisar lavar a boca outra vez) para apitar o jogo no Serra Dourada. Ali, ficou claro para todo mundo que, se o Galo quisesse um lugar entre os grandes, teria que conquistá-lo por sua própria conta. 

Kalil e os troféus conquistados na Europa: o Atlético não é menor do que nenhum time do mundo
RESPEITO PELA GRANDEZA

Elias Kalil não se calou diante da pouca vergonha. Voltou a incomodar a cartolagem com críticas que outros não tinham coragem de fazer. Mostrou a cara na TV Bandeirantes, em rede nacional, para denunciar o que todos tinham visto: a tramoia contra o Atlético no Serra Dourada. Outros, no lugar dele, teriam baixado o cangote e ficado caladinhos da silva. Ele, não! Com recursos limitados na comparação com os dos adversários, ele partiu para uma briga que, sabia de antemão, seria desigual. 

Essa era, com certeza, uma de suas características mais marcantes: nunca se calou diante de quem ousasse prejudicar o Galo. E sempre fez questão de olhar para a frente e tentar ampliar os horizontes do clube. Naquele momento, antes que o futebol se tornasse internacionalizado como hoje, o Atlético era o único (insisto: ú-ni-co!) clube brasileiro que assinava com antecedência os contratos para participar dos torneios internacionais no verão europeu.

Esses torneios, na época, eram a porta de entrada das equipes sul-americanas para o velho continente. Durante a presidência de Elias, o Galo conquistou o torneio de Málaga (1980), de Paris e de Bilbao (1982) de Berna (1983) e de Amsterdã (1984). 

Os adversários eram clubes como Ajax, Barcelona, Real Madrid, Fiorentina, Napoli e outros desse porte. Na gestão de Kalil, o Atlético fez 42 partidas no exterior (fora as que disputou pela Libertadores). Venceu 26 e perdeu oito. Marcou 102 gols e levou 59. Acima desses números e do dinheiro que o obtinha com essas viagens, o presidente fazia questão de que o Atlético fosse respeitado por sua grandeza. 

Num desses torneios aconteceu um episódio pouco conhecido, mas absolutamente verdadeiro. Quando chegou à cidade espanhola de Cádiz para disputar o torneio de La Línea, em 1985, o presidente Elias soube que a delegação do Galo dividiria o hotel com um de seus  adversários, o Barcelona. Soube também que a suíte presidencial tinha sido destinada ao mandatário do clube catalão. Ele ficou uma fera! Fez barulho, esbravejou e exigiu que o Atlético recebesse o mesmo tratamento. 

A direção do hotel finalmente o atendeu. Quando isso aconteceu, quiseram instalá-lo na suíte presidencial. Elias Kalil se recusou a mudar de quarto. Não queria a suíte para seu conforto pessoal, mas para deixar claro que o Atlético não aceitaria, em nenhuma circunstância, ser posto em inferioridade a qualquer outro clube. A suíte ficou à disposição do Atlético pelo tempo que a delegação permaneceu ali.

Campo e estrutura dos vestiários do CT, em contrução na época de Elias Kalil: muitos pensam que a Cidade do Galo brotou sem o esforço de ninguém
DINHEIRO PARA TUDO?

Me lembro com clareza do único diálogo que tive com Elias Kalil, na porta da sede do Galo, já perto do final de seu mandato. Do alto de seu 1m95cm (ele era cinco centímetros mais alto do que o filho, Alexandre) e carregando uma maleta James Bond, ele parou para dar atenção ao estudante de jornalismo que o abordou na calçada com perguntas sobre a situação financeira do Atlético. Detalhe: Elias, a despeito da fama de turrão, reagiu com extrema cortesia à abordagem. Elogiou a imprensa e me deu uma atenção que me surpreendeu. A imagem que guardei daquele encontro pessoal que tive com ele foi a de um homem extremamente afável. 

Minha curiosidade foi motivada pelas obras do CT, iniciadas por ele às margens da estrada para Pedro Leopoldo. Ele não apenas me convenceu sobre a importância daquele empreendimento para o futuro do Galo como teve a gentileza de me mostrar o croqui do projeto. Apontou com o dedo onde ficariam os campos, o vestiário, a cozinha e o departamento médico. Perguntei de onde sairia dinheiro para fazer aquilo tudo e, ao mesmo tempo, manter o time competitivo que a torcida vinha cobrando. 

Ele sorriu sem mostrar os dentes. Abriu a porta do Opala vermelho estacionado em frente à sede, guardou lá dentro sua pasta, e antes de se despedir com a mesma cortesia com que havia me tratado desde o início, disse que faria o que estivesse a seu alcance para dar conta de tudo. Mas que não seria fácil, deixou bem claro. Falou, também que, se dependesse só dele, o Galo publicaria balanço todo semestre para mostrar a situação financeira à torcida — e que esses balanços tinham que ser auditados para que todos acreditassem neles.

EU ACREDITO!

Esse encontro aconteceu no final de 1984 ou no início de 1985, não me lembro com precisão. Ao manifestar a intenção de publicar o balanço e dar clareza aos números do clube, talvez Elias Kalil estivesse querendo dizer que já estava cansado de se queixar de dificuldades financeiras para todos os que lhe faziam aquela pergunta. E mostrar que o Galo precisava fazer escolhas: as decisões tomadas hoje refletiriam no que o clube seria no futuro. 

Em 2002, sob a presidência de Ricardo Guimarães  o Atlético se tornou o primeiro (vou repetir: pri-mei-ro!) clube brasileiro a publicar seu balanço na imprensa. Também foi Ricardo que concluiu a obra do CT e, como Elias Kalil, também, não teve dinheiro para investir na infraestrutura e no time ao mesmo tempo. Foi cobrado e criticado por muita gente, mas a verdadeira história de sua passagem pela presidência ainda está para ser contada. 

Elias Kalil não viveu o bastante para ver o Galo abrir seus números nem para ver concluída a obra que, por muito tempo, ele defendeu sozinho. E que se transformaria, no futuro, numa estrutura igual às dos centros de treinamento que ele conheceu em suas viagens pela Europa, com o  time do Atlético. A Cidade do Galo, idealizada por ele, é hoje o melhor CT do Brasil e um dos melhores do mundo. Muita gente, no entanto, se refere a ela como se tivesse brotado do chão da noite para o dia, sem exigir o esforço de ninguém. 

O presidente, é claro, pensou em voltar para concluir sua obra. Quando expressou essa vontade, em 1993, a saúde o traiu e ele foi surpreendido pelo diagnóstico do câncer que o mataria no dia 21 de setembro daquele ano. Tinha 63 anos. Cerca de 20 anos depois, estaria conosco no gramado do Mineirão, puxando a perna de Ferreira e completando outra de suas obras que ficaram inconclusas: a conquista da Libertadores! Falta o brasileirão. Isso está perto de acontecer e, nessa hora, podem ter certeza, eu estarei na arquibancada, com o espírito disposto a entrar em campo se for necessário. Afinal de contas, sou atleticano e, como bom atleticano, eu a-cre-di-to!

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  • Bom dia, MASSA!!!!

    9ALOppu, desculpe pelo atraso em comentar mais esse belíssimo texto histórico.

    Naquela final eu estava morando em Cavalcante-GO, Chapada dos Veadeiros. Eu assisti ao jogo sozinho, pois minha esposa, torcedora da portuguesa, assim como a família toda, e minha filha, 9ALUXA, mas não fervorosa, não quiseram assistir comigo. Então sozinho torci, sofri, chorei e, o importante, é que emoções eu vivi. Rsrsrsrs....

    No momento desse lance quase enfartei, bambeei o corpo todo e só não apaguei por que eu vi o grande chefe "Elias Kalil", entrar em campo e puxar a perna do Ferreira. Eu tinha certeza no que tinha visto. Era ele. Era ele, mesmo. Em seguida saiu correndo para não atrasar o jogo. A partir dali eu sabia seríamos CAMpeões, pois ele continuaria a nos ajudar. O resultado sabemos qual foi.

    Dias após, já em Goiânia, fazendo uma caminhada por um dos parques da cidade, uma pessoa passou por mim e me disse que quem havido puxado a perna do Ferreira teria sido Dom Serafim. Putz, na hora veio a dúvida: Será que eu confundi Dom Serafim com Elias Kalil?

    Até hoje eu tenho dúvidas de qual dois que foi. Com esse seu texto, tendo depoimentos de diversos 9ALUXOS, aí que fico mais em dúvidas ainda. Mas nem faço esforço para saber, pois provavelmente foram todos eles e mais um mundo de gente formada pela nossa torcida, e tb por aqueles que no momento estavam do nosso lado, que puxou a perna daquele sujeito.

    Obri9ALO, por mais um texto histórico. Que o Eduardo permite que vc nos presentei com suas histórias por muito tempo.

    VVVAAAAMMMÚUUUU 99AAAALLLLÔOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!

  • Eu estava angustiado no Mineirão naquele dia pelo gol salvador que não chegava nunca e o tempo acabando quando vi o Ferreira driblar o Victor. Por um milésimo de segundo lembrei da angústia de ver o Riascos indo para a bola. Agora sem goleiro. Nem deu tempo. O Ferreira escorregou. Aliviado, falei brincando, embora tenso, para meu irmão ao meu lado que 'foi o Elias Kalil que derrubou ele'. E ele riu da 'coincidência' dizendo que tinha pensado o mesmo. Depois do jogo e nos próximos dias, na euforia do título, fiquei impressionado de ouvir a mesma coisa, às vezes como brincadeira, às vezes sério, de várias pessoas diferentes. E o personagem era sempre o Elias Kalil. Comecei a acreditar que aquilo não era brincadeira, não. Nem 'força de expressão'. Ele estava ali mesmo. E se não empurrou, jogou uma casca de banana bem no lugar que o Ferreira iria pisar.

  • Boa tarde. As melhores negociações feitas pela atual diretoria do NOSSO GALO foram as saídas de Otero, Cazares e Fábio Santos. Pena que demorou muito.

  • Boa tarde!
    Primeiramente quero expressar minha frustração com esse texto porque até hoje eu tinha certeza que era o meu saudoso pai que tinha puxado a perna daquele jogador.

    "Segundamente" eu quero dizer que não sou mais nem menos atleticano que ninguém, mas com certeza a partir de cada texto de Galuppo eu me torno ainda mais atleticano. Obrigado Galuppo!

    Eu estive presente (pelas ondas da Rádio Inconfidência e ou Rádio Guarani) em todos aqueles torneios que o Galo disputou na Europa. Em um deles a torcida adversária aplaudiu de pé o grande Toninho Cerezo!

    Pra terminar, eu imploro ao grande Eduardo Ávila que não publique (pelo menos neste post) nenhum texto de maria tremedeira caloteira. Afinal esses textos sobre a memória de grandes atleticanos como o de hoje, Elias Kalil é território sagrado e não pode ser emporcalhado por gente da série B/C.

    Por falar em séries inferiores, enchiam a boca pra dizer que time grande não cai. Na verdade, time grande é o que cai e se levanta fortalecido, de crista alta e campeão. Já os pequenos, vão caindo, caindo, caindo...

  • Sem dúvida o maior presidente do Atlético de todos os tempos, e o próprio filho Alexandre fala isso, um homem acima , igual tem os super craques dentro do campo q pensão na frente , ele foi um presidente q pensava muito a frente dos outros , a prova disto é o CT de Vespasiano, q ele enxergou a nescesisade de ter um centro de treinamento de primeira muito antes dos outro clubes , construiu o Labareda deixando um patrimônio belíssimo para o clube e seus sócios , levou o Atlético a Europa inúmeras vezes para mostrar aos times Europeus o tamanho e a qualidade daquele timaço q ele presidia , não ganhou um brasileiro e a libertadores por que foi roubado literalmente por aquele juiz q eu não vou sujar a minha boca para falar o nome dele , e peitou a CBF como poucos peitaram na história, e quando alguém falar da família Kalil no Atlético , lavem a boca e respeitem uma família q entregou a alma a este clube para ele se tornasse um dos maiores clubes do Mundo ...

  • Duas passagens que lembro do Elias Kalil foi a contratação do volante Chicão, que na decisão de 77 pisou na perna quebrada do Ângelo . A torcida ficou indignada com a contratação. Só que em um clássico pelo Mineiro, com gol de Cerezo encobrindo o goleiro Luiz Antônio, Chicão foi expulso e fez um hora danada para sair de campo- tirou a chuteira, o meiao e ofereceu para o árbitro. Chicão foi ovacionado pela massa.
    Outro episódio foi na decisão do Mineiro de 1984, o Galo vinha de um hexacampeonato e o time azul já estava cansado de apanhar do Galo. Na primeira partida da final eles ganharam de três ou quatro a um. Foram para segunda partida com a festa pronta. Só que o Galo ganhou de um a zero e o Elias não deixou eles fazerem a festa. O regulamento dizia que o campeão seria com dois resultados iguais e o Kalil disse que o cruzeiro não tinha o dois resultados iguais. O Kali não deixou nem desfilarem no caminhão do corpo de bombeiros. Lembro do time do Cruzeiro num caminhão caçamba e o centro avante deles, Carlos Alberto Seixas, reclamando que o Kalil mandava na Cidade, até no corpo de bombeiros.

  • Bom dia,

    Excelente o texto.
    Por falar em ter representatividade na CBF, está semana começou um movimento pela Globo e São Paulo com relação a erros de arbitragem contra eles neste ano.
    E ontem vimos o próprio São Paulo colhendo os frutos, o trio de arbitragem juntamente com o VAR cometeram dois erros capitais a favor do São Paulo.
    Espero que a diretoria não permita que nosso Galo seja prejudicado como já foi inúmeras vezes no passado.
    Esta existindo um movimento sinistro entre a Globo e algumas equipes que querem mudar o líder e levar esta liderança para outro lugar.
    Olho neles!

    Bom domingo a todos.

    • Obrigado Ávila, por nos proporcionar por meio do Galuppo e Caldeira, textos que nos contemplam assuntos que elevam cada vez mais o nosso amor pelo clube atlético Mineiro. Parabéns Galuppo pelo excelente texto. Toda semana ficamos à espera dos comentários que nos conduzem, sempre, textos que nos levam a rememorar tempos passados mas sempre interessantes e presentes em nossas memórias. Tive o privilégio de conviver com vários personagens mencionados na sua brilhante narrativa. Abraços.
      Sarememorar tempos

      a espera de textos

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