Vivemos num momento que nos apresenta essas situações frequentemente. Até mesmo no âmbito pessoal, seja de que ordem for – profissional ou emocional – nossas reações variam de acordo com o momento e circunstâncias. Com o tempo e amadurecimento, moldando nosso jeito de ser, muitas convicções sobrepõem ao modo reativo imediato e irracional. Meio delirante essas considerações, eu sei, mas o Galo faz com a gente exatamente isso. Já experimentei toda espécie de impulso em momentos diferentes que o time me proporcionou. Juras de amor e afirmar – como definitivo – afastar dessa condição de Atleticano.
Com o tempo fui me moldando e entendendo que não consigo viver sem acompanhar o nosso time do coração. Carrego na memória, que ainda resiste ao tempo e às e emoções, lembranças de grandes euforias e também algumas frustrações. Essa medição que faço – grandes e algumas – sem aferição analógica e nem digital, sugere que valorizo muito mais os tempos de alegria que sofrimento. Conheço muita gente que, contrário a essa minha opção, registra sua condição de Atleticanidade privilegiando o lado negativo. Azar! Prefiro me agarrar no lado bom de ser Atleticano.
Não quero com isso dizer que aceite sem resistir a elencos, treinadores e gestores que não correspondam a expectativa do Torcedor. Ao contrário, sou até bem afiado nesse quesito. Agora, sem jogos, vou ter um tempo para refletir se me mantenho como sempre fui ou – sem jamais deixar a Atleticanidade – dosar a adrenalina. Em tempos passados, depois de temporada como essa (some-se o ano passado), nem conversava sobre o assunto nos primeiros dias sem futebol. Depois ia, pouco a pouco, me empolgando com as contratações anunciadas. E o resultado são esses tempos – décadas – de completa e total devoção ao Galo.
Mas, qual a razão desse devaneio, se o que nos traz aqui diariamente para essa resenha é falar de Galo? Divergências e convergências! Ontem, terceiro dia pós encerramento da temporada, tivemos a apresentação do novo C sei lá o que pela saf. Tenho lido pouco, me inteirando mais pelos recortes postados e comentários de amiGalos. O que não me impede de ver alguns aspectos estimulantes e outros preocupantes no que vem sendo anunciado. Não vou entrar no mérito das dispensas, algumas que a mim se justificam e outras nem tanto, aguardando sim em relação ao elenco. Reafirmo que 10, 12 ou até 15 jogadores deveriam tentar a sorte com outra camisa. Mas existem questões contratuais a serem solucionadas e não cabe a um torcedor – embora cornetarista de blog – essa definição com nuances que extrapolam a minha capacidade.
Enquanto aguardo essa lista de dispensa ser efetivamente cumprida, comemoro algo que já venho defendendo aqui neste espaço faz um bom tempo. A lista dos garotos que chegou a nove me agrada muito, acompanhei um cadinho no segundo semestre as divisões sub 17 e 20 (essa depois da limpeza realizada, como precisa ser feita no profissional) e serão oportunizados entre os profissionais. Tenho certeza que vai dar um caldo bom essa safra. Luiz Gustavo (lateral direito/19), Pascini (lateral esquerdo/17), Samuel (zagueiro/19), Vitão (zagueiro/17), Igor Toledo (volante/19), Cissé (volante/18), Índio (meia/17), Murilo (atacante/19) e Cauã (atacante/17). Anotem! E tem mais meninos bons de bola que ainda permanecerão na base. Adoraria se o Henrique Teixeira fosse promovido, Zago não, confiando repetir o Barbatana dos anos 70.
Aguardando como os acontecimentos irão se desenhar, tento agora unificar as três declarações dos linhas de frente do Galo. Sampaoli, do “ambiente apaixonado”, falou em chegada de jogadores que assegurem um salto de qualidade no time. Já o novo cartola – Pedro Daniel – apresentado ontem, em sua entrevista coletiva, foi mais cauteloso e disse que o aporte financeiro (fundamental para contratações) ainda vem sendo debatido. De seu lado, o filho de Rubens (Rafael), a exemplo do que fez meados desse ano que está no final, indica sobre novos recursos para a saf. Não quero, ainda, entender que existam contradições e/ou afirmações contraditórias entre treinador, gerentão geral e os caras do dinheiro. A aguardar, diria Ernest Soares. Eu quero é time competitivo no gramado, independente se eu vou ou não ao estádio do Califórnia. Para não ser bipolar, contraditando o que defendo, depende mais deles que da minha paciência e devoção.
*fotos: Pedro Souza/Atlético
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