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Bola dentro do novo Sérgio

Sérgio Coelho (esquerda) e José Murilo Procópio vão comandar o Atlético (Foto: Divulgação/Atlético)

Em meio a diversos Sérgios dirigentes, tanto da A quanto da B, – alguns falastrões – eis que surge entre eles uma voz serena e conciliatória. O novo presidente do Galo, Sérgio – que por acaso assina Coelho – ainda é uma incógnita a este blogüeiro. Não o conheço suficientemente para qualquer tipo de afirmação ou projeção.

Mas a exemplo de governantes – tendo ou não minha preferência – torço – e muito – para que dê certo. Ao que me lembre dele, foi vice-presidente do Nélio Brant e Ricardo Guimarães. Agora foi alçado à presidência por uma coalisão que evitou o enfrentamento entre Sette e Kalil, tendo como avalistas os 4Rs, que enxergaram no empresário da SRM Veículos o perfil de gestão ideal para o Galo no próximo triênio.

Fiz essa curta digressão para chegar onde pretendo com o título deste texto para outro 24 de dezembro de nossas vidas. Nada melhor que datas, especialmente o Natal, para elevar pensamentos e gestos em busca de equilíbrio e paz. O futebol, ao meu sentir, deve ser movido pela paixão de cada um com seu clube – entretanto – sem os conflitos e as cenas lamentáveis que os tempos recentes tenham nos oferecido. Dentro e fora de campo.

Já mencionei aqui, por diversas ocasiões, que o sarro entre torcedores deve se limitar às pessoas amigas e de mesmo relacionamento. Faz parte. Fui debochado em várias ocasiões – como agora – com o afastamento da possibilidade do título da série A. Sofri, mesmo estando presente em todos os jogos, quando o Galo experimentou o rebaixamento. Voltamos incontinenti na temporada seguinte.

E é assim que me encontro no momento. Quais adversários, entre as pessoas do meu relacionamento, preferem ver o capeta do que a minha vasta barba passando por perto. Desde a Barbearia Freitas na Savassi até diversos amigos e parentes que não são Atleticanos. Tudo isso, com respeito, como foi na ocasião da nossa desgraça do rebaixamento. Fora isso, mesmo provocado por desconhecidos, evito passar recibo.

Foi aí que o presidente Sérgio, o Coelho, me confortou. Em entrevista à Rádio 98 – que ouvi casualmente dentro de um carro de aplicativo – chamado a provocar o adversário, ele foi muito feliz. Discorreu sobre trabalhos assistenciais e de filantropia que participa desde tempos atrás.

Ouvindo suas colocações, fui – imediatamente – comparando com dirigentes recentes de clubes brasileiros, especialmente de Minas Gerais. Já comentei aqui sobre ex-presidente – que tinha acesso – que queria provocar adversário com expressões usada por torcedores. Similar aos tempos que nos chamavam de “cachorrada” e que nós reagíamos de acordo com os costumes da ocasião. Até entendo que hoje isso ficou muito chato, pois nem somos cachorros e tampouco o adversário aquela pecha. Mas isso entre torcedores, nunca por dirigentes.

Na gestão do atual presidente, que passa o cargo daqui poucos dias, por algumas vezes permitiu-se utilizar das redes sociais e até de foguetório na sede para comemorar a desgraça de terceiros. Acho errado e deprimente. Pois o novo presidente foi taxativo na entrevista, negando qualquer tipo de provocação pessoal ou institucional para debochar de clubes adversários. Foi além, deixou claro – como eu também penso – que esse tipo de atitude se reflete em ações de vandalismo pelas ruas das cidades.

Ponto para o Sérgio Coelho!

*fotos: Atlético

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