Atleticano: o Torcedor herói

Foi mais uma, entre mais de uma dezena, de partidas horrorosas do Galo neste 2018. Vencer o Paraná, por um minguado um a zero – adversário já rebaixado – com um a menos desde os 30 minutos do primeiro tempo e com apenas nove jogadores durante todo o segundo tempo é de lascar.

O jogo, que se junta aos quatro confrontos com a Chapecoense, duas vezes frente ao Vasco e também com o Ceará, Fluminense no segundo turno e a tantas outras “peladas” na temporada, mostrou o que foi o Galo no primeiro ano de uma nova diretoria. Capitaneado por um presidente que iniciou falastrão, depois se mostrou arrogante e agora optou pelo silêncio, o time é uma lástima em campo.

Disse recentemente e repito, já vivemos situações – que aparentemente – piores que a atual, mas nunca percebi o Torcedor tão deprimido quanto agora. Ainda assim, resistimos e sonhamos com a participação na próxima Copa Libertadores, ainda que precisando passar na fase preliminar. Até acredito na vaga, mas – reitero – que com isso que estamos vendo será vexame. A diretoria tem de contratar e dispensar algo em torno de 80% disso que tá na Cidade do Galo.

A ficar com essa equipe, não vejo possibilidade de passar para a fase de grupos daquela competição, que levantamos o título em 2013. O time, até disse que contra o Palmeiras não achei lá essas coisas, voltou a ser medíocre frente ao Paraná. Victor quase nem trabalhou, exclusivamente pela fragilidade do adversário que teve dois jogadores – justamente – expulsos. O goleiro no lance da penalidade, que decretou a nossa vitória também merecia tomar o vermelho.

Se o nosso Victor pouco trabalhou, o resto do time tocou a bola e foi ineficiente, inoperante, covarde, sem vergonha e sem vontade para chegar ao segundo e outros gols. Era a chance de chacoalhar e fazer saldo, até porque em igualdade de pontos com o Atlético do Paraná, perdemos no saldo de gols.

Entre os que atuaram, faço considerações sobre alguns poucos.

Emerson, em que pese à seleção de base, muitas vezes parece doidão e afobado.

Demora demais a definir a jogada e quando resolve levantar a bola na área adversária erra na calibragem do cruzamento. Lembra o ex-lateral Bruno dos anos 90.

Patric entrou em seu lugar e manteve a regularidade. Ou seja, ineficiente para cruzar uma bola na área adversária.

Elias erra passe de dois metros.

Bruninho, filho do Bruno citado acima, parece ter um toque fácil na bola, porém, ontem foi lento, disperso e – talvez o defeito mais terrível num jogador profissional – um verdadeiro barbantinho.

Significa que não serve aos seus companheiros próximos (dar passe), optando por tentar seguir na jogada até perder a posse e o domínio da pelota.

Em Alerrandro ainda mantenho alguma esperança que vai deslanchar, mas Denílson que entrou em seu lugar deveria servir de indenização ao ex-diretor Alexandre Gallo e aos agentes de tantos jogadores inúteis que enfiaram no nosso time. Terans, aquele do DVD, nunca repetiu aquelas apresentações e Levir ainda insiste com esse jogador. Os demais, sequer merecem qualquer consideração.

Foi duro, agora é esperar o Bahia e ver se esse time toma vergonha na cara e mostra algum futebol. Alcançando três pontos no sábado, daremos passo importante em busca da vaga na pré-Libertadores. É o título de 2019, o que nos resta neste triste ano depois de tempos dourados vivido entre 2012 e 2014.

Em tempo: caríssimas e caros, a partir de hoje, buscando melhorar as falhas que estamos sofrendo e percebendo junto aos leitores, vamos postar às 8h30m. Será uma experiência para tentar retornar a normalidade que vivemos por quase três anos e que nos últimos tempos tem incomodado ao leitor e ao blogueiro.