Astral favorece por novos rumos

Mesmo com a conquista do mineiro, pela quarta vez consecutiva e o 48º título estadual, o Atleticano – com razão – acendeu o farol de alerta. E não foi por acaso, afinal ainda comemorávamos aquela conquista e concomitante três estreias em diferentes competições, com atuações desastrosas. Pela Libertadores, derrotas para Libertad (três dias antes da conquista do estadual) e Paranaense, a segunda aceitável, porém a de estreia – em casa – deslanchou e encaminhou toda essa desconfiança.

Logo após a confirmação do campeonato regional, com duas vitórias contundentes e inquestionáveis sobre o rival América, venceu – sem convencer – o Brasil de Pelotas pela Copa do Brasil. Na sequência, derrota para o Vasco (que ontem foi derrotado pelo poderoso Bahia dentro do Rio), também em Belo Horizonte pela primeira rodada do Brasileiro. Se na Libertadores, vamos para a terceira partida com a obrigação de vencer, na CB classificamos – fora de BH – com empate no Rio Grande do Sul. E no BR, depois do Vasco, empate em Santos com a equipe do mesmo nome, depois a vitória sobre o Paranaense, saindo do Mineirão para o Horto. E amanhã, de novo, será no Independência.

Em síntese, dois jogos pela Copa do Brasil, uma vitória e um empate frente a uma equipe que ficou em sétimo lugar no gaúcho e disputa a série D nacional. No Brasileiro, com quatro pontos, vitória sobre o Paranaense e derrota para o Vasco, ambas como mandante, além do empate fora com o Santos. Libertadores, duas derrotas, uma aqui e outra fora. Somando são sete jogos, com três derrotas, dois empates e duas vitórias. A última partida, ao que sinto, pode devolver a confiança e a simbiose entre arquibancada e gramado. Vencer amanhã é fundamental para manter essa expectativa. A responsabilidade disso, é do treinador, tanto pelo desempenho do time em campo quanto pela repercussão negativa daquela infeliz entrevista na derrota para o Libertad.

Fiz essas considerações, para ir de encontro ao título proposto na resenha de hoje. O ambiente, a atmosfera sentida e percebida nas ruas e mesmo pelas redes sociais – até mesmo no noticiário que sempre é cruel com o Galo – é muito favorável. Na partida com o Paranaense, que vencemos e tivemos uma boa atuação (o placar poderia ter sido maior, não fossem os tais gols perdidos – acorda Paulinho ainda confiamos no seu desempenho), ficou comprovado que nosso elenco – embora pequeno – é muito qualificado.

Jogadores como Edenílson, que fez sua melhor apresentação com a camisa do Galo; Rubens, que aqui mesmo foi criticado mostrou reação; Hyoran, este já vem crescendo tem alguns jogos, o grande diferencial Atleticano – Hulk – ao lado dos demais acalentaram a alma Atleticana. Para amanhã, com os problemas médicos que ainda estão em recuperação como Arana, Rabello, Allan e Kardec, ainda temos Mariano e Paulinho suspensos, some-se as dúvidas de Saravia, Lemos, Jemerson e Patrick. São dez jogadores, sendo seis definitivamente fora da partida e quatro deles dependendo da revisão médica.

Entretanto, a necessidade de vencer e seguir na competição, será determinante e aliada ao bom astral que a vitória de sábado trouxe de volta à Cidade do Galo, carinhosamente chamada por Belo Horizonte. Vencer e/ou vencer, será assim que a Massa vai para o Horto em busca de levar o time a mais essa vitória. Aquela máxima de que tudo no Galo tem de ser sofrido é preciso ser exorcizada. Quero, como em 2021, ir aos jogos – daqui a pouco tempo no Estádio do Galo – e voltar pra casa soltando o grito: “E o Galo? O Galo ganhou”. E também: “O Galão ganhou mais uma vez, ai credo!”

*imagens: Pedro Souza/Atlético