Ansiedade em dose tripla

Além do time, que já deverá mostrar a cara do Felipão, o Atleticano vai lotar o Mineirão preocupado com o gramado daquele extinto estádio de futebol. Ontem, numa rodinha de Atleticanos, anunciei que para esse jogo tinha duas preocupações. Todas/os afirmaram acreditar que a segunda seria relacionada a SAF. Sobre essa, no post de ontem, debatemos e avançamos no assunto. Até sua efetiva concretização, ainda vamos ter outras oportunidades de um bom debate. Aprecio argumentos, seja favorável ou contrário, desde que bem fundamentados e sem agressividade.

Pois bem, desejo e quero entrar no estádio encontrando um belo visual do antigo tapete verde daquele gigante da Pampulha, que um dia já foi orgulho dos mineiros. Desconfiado, quero, mas não acredito. Ainda bem que estamos por pouco mais de um mês para assumir a nossa casa. A gestão do Mineirão, entregue a grupo privado, não tem qualquer preocupação com o público.

Desde esse piso, roçado e com terra à vista, até no excessivo – quase extorsão – preços nos serviços prestados. Estacionamento, 40 reais, pagos antecipadamente e nos bares. Dias atrás, optei por um jantar numa das churrascarias próximas. Ficou mais barato que o lanche lá dentro em jogo anterior. Sigamos, afinal, salvo melhor juízo, breve vamos ter a Arena do Galo em pleno funcionamento. Daí a Casa de Shows, pode seguir a sua proposta e desvirtuando a verdadeira vocação do Mineirão, construído para jogos de futebol.

E o time? O que será que o Felipão está preparando para hoje, depois de três jogos e péssimos resultados, sem o nada saudoso Chacho no comando da equipe? Minha expectativa é de um time totalmente diferente daquilo que vinha condenando o Galo a ser coadjuvante nas duas competições que nos restaram na temporada. O treinador argentino foi embora e a sequência de partidas – todas fora de BH – não deram tempo de o novo treinador mostrar suas credenciais.

Agora, não, desde terça-feira o elenco está por conta de treinamentos. Se Felipe Scolari, que optou por manter a formação que recebeu, agora pode – caso queira – promover alterações. Tanto de nomes quanto de filosofia de jogo. Ao que penso, considerando que no momento ainda não se pode falar em reforços, com esse elenco é possível escalar onze que representem a nossa história e tradição. Galo é raça!

Sendo assim, em relação ao último confronto – pela Libertadores lá no Paraguai – imagino que faria uma única alteração. Claro, a mesma que o Torcedor imagina e – em sua maioria – deseja. Igor Gomes no lugar de Edenílson, embora Pedrinho esteja liberado. Com isso, creio, será Éverson; Mariano, Lemos, Jemerson e Arana; Bataglia, Zaracho e Igor Gomes; Pavón, Hulk e Paulinho. Vencer esse clássico regional é fundamental para recuperar a queda brusca de posições nas duas últimas rodadas. Saímos do G4 para a décima colocação. Reação, já!

Em tempo: Para quem imaginou que o blogüeiro estava atacado por alguma lesão, segue a terceira dose de emoção. Depois de 55 anos de bons serviços prestados ao Galo, nosso Belmiro – Bel para a Massa – está pendurando as chuteiras.

Nos meus 65 de idade, desde que aqui cheguei já no distante ano de 1974, a imagem dele faz parte do cenário dos jogos e se mistura com a história do Clube Atlético Mineiro. E é um tremendo boa praça!

Belmiro será homenageado de uma maneira muito especial. Um patch, com sua imagem nas camisas dos jogadores nessa partida de hoje. Valeu! Belmiro foi um gigante e será sempre lembrado pela Massa. ObriGalo!

*fotos: Pedro Souza/Atlético