Adeus Galo Velho

Termina hoje o duro ano de 2016 para o Atleticano. Começamos conquistando, de maneira brilhante, a Florida Cup, uma competição amistosa com um regulamento maluco, mas que reuniu grandes clubes do futebol mundial. A conquista agitou a massa e passamos a acreditar em uma grande temporada. Até a imprensa nacional mencionava o Galo com a equipe brasileira mais qualificada para a temporada.

Pois bem, a sinalização do fiasco que acabou acontecendo veio muito antes do que era esperado. Perder o título mineiro para o medíocre time do América não foi suficiente para sinalizar que dias depois, dentro de casa, seríamos eliminados da Copa Libertadores para o fraquíssimo time do São Paulo. E o pior, conforme foi admitido depois, com um treinador que já estaria até demissionário. Aguirre deixou em poucos dias duas decepções para a massa Atleticana.

Depois desse baque, as esperanças se renovaram com a contratação do treinador Marcelo Oliveira. Nome identificado com o Galo, desde os tempos de jogador e assumidamente Atleticano, o treinador recentemente conquistou três títulos nacionais. Dois brasileiros por equipe mineira e uma Copa Brasil por time paulista.

Ele assumiu o Galo com grande índice de aceitação pelos Torcedores. Suas primeiras partidas sinalizaram, entretanto, que a solução não seria com ele. Sua primeira vitória só aconteceu depois da oitava partida sob seu comando. Até então, derrotas e empates frustrantes e o time na zona da degola. Superado esse momento difícil, o Galo se recuperou e foi ganhando posições, brigando na virada do turno pelas primeiras colocações.

Veio o segundo turno e a rotina de resultados pífios voltou a incomodar ao Atleticano. Assim, o time foi perdendo posições. Saiu da segunda para a terceira, depois caiu para a quarta colocação e só não desceu mais ainda porque a distância para o pelotão intermediário era enorme. Pelo menos a classificação final assegurou vaga direta na Copa Liberadores do próximo ano.

Paralelamente, a disputa da Copa Brasil, em princípio, não animava o Atleticano. Nas duas primeiras disputadas, ambas fazendo a primeira partida em casa, o Galo decepcionou com a Ponte Preta e Juventude. Classificou-se fora de Belo Horizonte, com empate em Campinas e na disputa de pênaltis em Caxias do Sul. Nas semifinais, praticamente selou sua passagem para a final, vencendo os reservas do Internacional em Porto Alegre na primeira partida. Diga-se, foi a última vitória do ano.

No jogo de volta, outro drama. Por pouco seríamos eliminados em casa para os mesmos reservas do time gaúcho. Enfim, chegamos à final. A primeira partida, em Belo Horizonte, definida num suspeito sorteio na sede da CBF, mostrou a nossa dura realidade. Derrota vergonhosa e o título ficou praticamente nas mãos do Grêmio. O jogo final, com o empate em um gol, só deixou o alento do bonito gol do inconstante Cazares, sinalizando – para alguns – o que poderá ser a próxima temporada. Desde que sejam feitas, naturalmente, contratações precisas para recompor a equipe.

Enfim, estamos fechando o ano de 2016, uma temporada para ser esquecida. Amanhã serei mais otimista.