Conforme matéria publicada no Portal UAI nesta ultima quarta-feira, o Conselho Deliberativo do Atlético, agora sob o comando de sua nova mesa-diretora, presidida por Ricardo Guimarães, presidente, e Renato Salvador, vice-presidente, se reunirá após o fim do Brasileiro para votar pautas fundamentais e prioritárias para o clube. E são elas o orçamento de 2023 e a transformação do clube em SAF. Esta reunião deverá acontecer na segunda quinzena do mês de novembro.
É de se imaginar que, em relação à peça orçamentária, o comando atleticano espera que se repita o que vem acontecendo nos últimos anos, i.e., que este orçamento seja também aprovado por unanimidade. Segundo o Portal Uai o orçamento de 2022 prevê superávit de R$ 4 milhões, com receitas totais de R$ 802 milhões – já considerando a venda do shopping Diamond Mall.
Mas, esta não é e nem será a principal pauta dessa reunião, indiscutivelmente a mais emblemática e mais importante da história do Glorioso. Ao aprovar a criação da SAF atleticana, o conselho estará dando o passo mais radical e transformador da vida do clube, vez que, para o bem ou para o mal, o Atlético como o conhecemos até hoje deixará de existir, seja qual for a forma adotada para a constituição da Sociedade Anônima do Futebol alvinegra, seja qual o investidor que a controlará e sejam quais forem os seus propósitos e filosofia diretiva.
Nada mais será como antes, a começar do próprio orçamento que for aprovado nesta reunião. Com a SAF e a chegada do seu “dono” e qualquer que seja o aporte, multimilionário como esperado e desejado ou não, tanto para a contratação de atletas como para melhorias nas categorias de base, a planta orçamentária do novo clube-empresa será algo completamente diferente desta que será colocada para a apreciação e aprovação dos conselheiros.
Embora seja um assunto árido para uma parcela significativa de sua torcida que prefere e só tem olhos para as notícias e fatos ligados diretamente com o time e com o que acontece dentro de campo, preferindo especular sobre quem deve ou pode estar saindo, quem deve e quem pode estar chegando e alimentar aquelas insidiosas e destrutivas caças às bruxas, insisto em remar contra a correnteza e, mais uma vez chamar a atenção para o fato de que o clube dos nossos corações está prestes a passar pela mais radical e importante transformação da sua história.
E, por isso, todo o cuidado é pouco, frase surrada e repetida à exaustão, mas não sem razão, por este escriba. Não é preciso muito esforço para depreender que a maior e mais importante jogada do Atlético em toda a sua história não pode ser decidida por aclamação e nem acontecer sem ser precedida de debates e análises profundas. Cada conselheiro deve estar imbuído de sua responsabilidade e consciente de que o clube estará dando o maior e mais importante passo de sua história. Não é, portanto, votar a favor ou contra esta ou aquela diretoria, a favor ou contra o colegiado gestor ou qualquer de seus membros. É VOTAR, SEJA APROVANDO OU NÃO, A FAVOR DO ATLÉTICO.
Não é possível votar nem sim e nem não sem conhecer todos os meandros da Lei 14.193 que instituiu a SAF no futebol brasileiro e sem antes ter aprovado um novo estatuto que contenha todas as salvaguardas necessárias ao clube para que este, como associação originária do novo clube-empresa, preserve a sua identidade, seus interesses maiores e seus direitos inalienáveis que deverão estar explicitados também no contrato da Sociedade Anônima do Futebol como clausulas pétreas.
Também não se pode votar sem ter em mente que nenhum modelo estatutário, associativo ou empresarial, é garantia de sucesso absoluto. A qualidade da gestão é o pulo do gato. Da mesma forma, o fato do investidor ser multibilionário e “case” de sucesso em sua área de atuação não é garantia de êxito no futebol. Nunca se deve esquecer que o futebol, ainda que seja hoje um negocio multibilionário e com isso sofra todas as influencias, negativas e positivas, do mundo corporativo, exige de seus gestores uma expertise que nenhum outro segmento empresarial ou organizacional demanda.
Portanto, definir o perfil de quem deve assumir o controle da SAF, conhecer e alinhar seus objetivos com os interesses nobres do clube são obrigações compulsórias e irrenunciáveis dos gestores alvinegros e cuidados obrigatórios e intransferíveis dos conselheiros. E qual é o papel dos torcedores? Se informar, conhecer em profundidade tudo sobre SAF e sobre como o Atlético esta gestando a sua Sociedade Anônima do Futebol, vigiar 24 horas por dia, acompanhar à exaustão todo o processo, cobrar e criticar sempre que necessário.
AH! E, claro, não continuar embarcando nessas noticias panfletárias que visam tirar o torcedor do foco, i.e., que buscam afastar e deixar o torcedor atleticano à margem da maior e mais importante jogada do Atlético em toda a sua história. Mudança do nome da Arena, quem está de saída ou em sua opinião deve sair e quem está vindo ou no seu entendimento deve vir são, dentre outras, pautas de menor ou de nenhuma importância diante da complexidade, da relevância, da magnitude e da dimensão do passo que o clube está prestes a dar. Cobra-se muito do clube um planejamento consistente para a próxima temporada. Esquece-se, porém, que este planejamento passa obrigatoriamente pela constituição da SAF e, óbvio, pelas ideias e pelos propósitos do investidor que a controlará.
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Parabéns pelo conteúdo, o torcedor merece saber o que pode estar por vir. E as reflexões deixadas aqui nos comentários completam ainda mais o tema, e fica uma informação vasta, e só posso acrescentar aplausos a todos que fez e agregaram a informação.
Emerson Florencio
A geral do Mineirão tinha capacidade de público do Independência e atendia a uma parte de torcedores que hoje não tem lugar nos estádios. Foram colocadas cadeiras para gerar mais lucros.... É o padrão Fifa imposto a um país que ainda não atingiu a igualdade social. Frequentei a Geral por alguns anos por não ter condições de ir a outros setores e sei da importância que ela teve. Hoje poderia ter umas 5 cadeiras, mas sei da importância que tinha a Geral, não posso deixar de ter empatia com os torcedores com dificuldades financeiras, que precisam de um lugar no estádio, que seja acessível as suas condições.
Quanto ao engarrafamento será mais um ponto de tumulto para cidade , sendo que já possui dois estádios com dinheiro público, mas por interesses de governantes foram destinados a favorecer bons negócios a empreiteiros, como disse o kalil. Segundo o Toledinho, representante do América no Alterosa esporte e que reside no bairro Camargos, algumas obras viárias não serão realizadas e outras foram pactuadas em outros pontos da cidade e externou que os moradores dos bairros no entorno do estádio estão muito preocupados com o tumulto que poderá ocorrer.
O que você explanou é a confirmação de que o capital sem coração, que só visa lucros venceu. Estão moldando os torcedores a serem consumidores.
O Galo poderia ter caminhado com as próprias pernas, mas preferiu terceirizar sua gestão ao capital.
Bom dia Max e Atleticanos.Concordo plenamente com a explanação do Soares.É o início do fim do Maior e mais Amado das Minas e das Gerais. SAFado,aniquilará o que restou do CAM.Graça aos banqueiros,que somente visam ao lucro e nada mais.Abraços
O Atlético já não é do povo há muito tempo, e se for olhar nos últimos trinta anos, gestões com um mínimo aceitável de competência foram exceção. Estivemos na mão de políticos de segunda categoria, como o playboy filho de desembargador, pessoas que não entendiam absolutamente nada de futebol como o 7C, pessoas mais preocupadas em fazer cavalgada e levar sopão pra praça enquanto o Turco e o Caetano jogavam o ano no lixo.
Por mim, se for pra se livrar dessa turminha de canalhas aproveitadores já vale a pena. Aquela que prometeu que 2022 ia ser "ainda melhor", e aí fechou completamente a torneira, deixando a prestação do Nacho atrasar na Fifa, ao mesmo tempo que queima dinheiro com a inépcia de Rodrigo Caetano (Fabio Gomes manda um abraço) e Turco (o técnico do curriculo Power Point). Que mexeu, mexeu e mexeu na base, e hoje ela parece pior do que nunca.
Uma coisa que me preocupa muito é se estamos realmente vendendo a SAF para a melhor proposta ou para o que o Menin acha que é a melhor proposta considerando também os interesses dele. O capanga da família disse coisas meio estranhas no Twitter. É conhecimento público que o Grupo City tentou nos comprar por 1bi por 50%, está nos principais portais, mas eles não quiseram.
Vamos esperar o fim da história. Mas ficar pior do que está é muito difícil. Quem quer que seja o louco que vai pagar 1 bilhão na nossa SAF, ele não vai aceitar o projeto ridículo do Rodrigo Caetano, nem vai ficar discutindo renomear o estádio em um momento que o time periga não pegar nem pré Libertadores.
SAUDAÇÕES
Se vai ser para o bem ou para o mal, não sabemos mas uma coisa é muito certa no futuro próximo... a tal SAF Atleticana!!!
Que venha então um "dono" que entenda tudo e mais um pouco de futebol, tipo os caras lá do Manchester City, aí até o Guardiola vai querer vir trabalhar aqui, rsrsrs!!!
Caros,
Pedaço mal acabado da PÉSSIMA lei dos SAFs, Lei nº 14.193 (leizinha)
Art. 9º A Sociedade Anônima do Futebol não responde pelas obrigações do clube ou pessoa jurídica original que a constituiu, anteriores ou posteriores à data de sua constituição, exceto quanto às atividades específicas do seu objeto social, e responde pelas obrigações que lhe forem transferidas conforme disposto no § 2º do art. 2º desta Lei, cujo pagamento aos credores se limitará à forma estabelecida no art. 10 desta Lei.
Vcs viram a palavra EXCETO na cabeça desse artigo, fala uma coisa, fala outra, mas fala?. FALA!...exceto e INCLUIR FORA é a mesma coisa...
A SAF não responde pelas obrigações, EXCETO qnt às ATIVIDADES específicas do seu OBJETO SOCIAL e etc...
\Ora, minhas bolas!, A atividade principal da SAF do GALO qual vai ser? ..., e todas as outras SAFs do Brasil vão cuidar de q? Do jogo de PETECA? de bom Volei igual lado de lá?...será VENDER VENDER VENDER???
CUIA (NÃO é só aquele q veste a CARAPUÇA!)...CUIA, vá catar coquinho ou plantar bananeira no asfalto > pare de VENDER ilusões, LEIA A LEI, pare de fazer CAMPANHA POLÍTICA disfarçada de economês no Canto, e vamos FALAR DE GALO!!!
Saf, para o torcedor é um assunto qnt qq outro q diz respeito ao NOSSO GALO, ñ tentem VENCER soluções onde elas não estão!!!
GALO É FUTEBOL DENTRO DE CAMPO e TOMANDO CONTA DOS BASTIDORES (esse negócio q fizeram no BR desse ano de ficar soltando NOTINHAS e mandando OFÍCIO pro Rio de Janeiro NÃO FUNCIONA!!!...
...tem é q ir lá e PAGAR O CAFEZINHO pros caras e levar, de preza, um bom PÃO DE QUEIJO...é ASSIM Q FUNCIONA!!!
FOI ASSIM q NOSSO GALO voltou FORTE E VINGADOR, deixou de ser COADJUVANTE, mero figurante, procurando vaga em torneios aqui e ali, e PARTIU para as CONQUISTAS... (é por isso q DEFENDO as administrações pós KALIL, O FILHO, (começando com ele, óbvio)...com altos e baixo, RETOMAMOS os caminhos da NOSSA TRADIÇÃO!!!
NÃO precisa estatística...é IMPORTANTE VENCER o nosso bom e TRADICIONAL MINEIRO!!!...O Br já era...se NOSSO GALO ñ ficar em 7, 8º lugar num brasileiro, NÃO MERECE NADA!...
Vaga em Libertadores é OBRIGAÇÃO!!! Ñ deve ser motivo de COBRANÇA...devemos COBRAR isso, sim, CONQUISTAS, levantar TAÇAS...VAMOS nos acostumar com isso q é o MELHOR q tá tendo e q tá por vir...
Já tá havendo uma DESMOBILIZAÇÃO pro MINEIRO (não vale nada e blá blá blá )e não pode HAVER de jeito nenhum...QUEM não cuida do PRÓPRIO Terreiro...lado de lá dizendo q vão passar o trator!!
A TRADIÇÃO tem q ser RESPEITADA, e ele ñ tá numa época determinada, é TODA A HISTÓRIA, com suor, sofrimento e ALEGRIA também!!!
E cá estamos nós a pagar dívidas e dívidas a esse André Cury. O galo não está quebrado, está triturado. O bando de administradores fuseram c o clube. Vamos irar chacota, com uma casa de festas onde seremos garçons. Bando de fdp.
Quanto a SAF, não vejo outra saída e quer saber? Se um dia voltarmos a vencer ninguém vai se lembrar da Saf.
"... não pode ser decidida por aclamação ..."
" ... nem acontecer sem ser precedida por debates e análises profundas ... "
Agora conta a do papagaio .
O Sr. Ricardo Guimarães faz o que quer com o Clube .
Não existe mais espaço para ILUSÕES .
Fim de papo : o Atlético virou um Coimbra 2.0 !
Bom dia Massa e Guru
E a fábrica de más notícias anda a todo vapor. Já não basta as entrevistas dos jogadores e técnico querendo justificar o péssimo momento, a declaração estapafúrdia do diretor de futebol avisando que não fará a renovação que a torcida clama, na parte administrativa tivemos mais um bloqueio do imbróglio André Cury.
Aliás até quando esta diretoria vai ficar jogando esta dívida pra debaixo do tapete? Eles até hoje não sabem quanto devem e para o empresário não há nada de melhor, pois os juros vão a cada dia aumentando e enriquecendo este aproveitador, que nos empurrou goela abaixo, jogadores como: Erasmo, Zé Welison, Di Franco, Leandrinho, Denilson e Mansur.
Com todo respeito às opiniões contrárias, mas ainda tem gente que torce o nariz para a SAF. Pergunto tem outra saída?
Que venha 2023 logo!
Pelo que já estudei, li, ouvi e, principalmente, INTERPRETEI, embora não seja um especialista, a Lei 14.193 de 6/8/2021 se sustenta sobre 4 pilares básicos: 1) Estelionato Fiscal através da Isenção de Impostos (vetada pelo Governo Federal, mas aprovada pelo Congresso Nacional - irresponsavelmente, na minha opinião); 2) Estelionato Esportivo (criam-se "novos "times" com novos CNPJ, mas as atividades não se iniciam nas Séries C regionais e na Série D Nacional, como prevê a legislação esportiva, além de serem mantidas todas as conquistas das Associações, apesar de o dispositivo dizer que as SAF não são sucessoras das Associações - uma piada, obviamente, que, espero será derrubada nos tribunais superiores... ou não); 3) Institucionalização do Calote (Como as SAF não são sucessoras das Associações - a tal piada já citada no item 2 - elas não têm obrigação, imediata, de saldar os débitos da antecessora. Pelo dispositivo as dívidas serão quitadas em até 6 anos, com prorrogação de mais 4 anos... mas, e se depois de 10 anos as dívidas não forem quitadas?); 4) Transferência do patrimônio das Associações para as SAF (Como assim? Se a SAF não é sucessora da Associação, como pode a SAF "ficar" com o patrimônio da Associação? Essa "doação" do patrimônio das Associações só serve como garantidora do investimento. Conclusão: a SAF é um excelente negócio para o investidor, cujo risco é ZERO. Além do exposto, se a SAF, ao longo de 10 anos vender todo o patrimônio das Associações -e ela pode fazer isso - e não pagar as dívidas; QUE VOLTAM PARA A ASSOCIAÇÃO, como ficarão os credores? Volte no item 3 - Institucionalização do calote). CONCLUSÃO: com o calote institucionalizado (o que, de início, é bom para as Associações) e o risco é zero, continuaremos vendo as Associações serem "quebradas" para aderirem à SAF. Ou alguém tem dúvida disso? Apesar do exposto, para reflexão de todos, pergunto: Alguém é ingênuo ao ponto de acreditar que as Associações não têm "donos"?