Já se vão dias, mais de dez, sem jogos do Galo. Nem mesmo as festas natalinas e a proximidade do ano novo, nada disso, conseguem aliviar minha falta de ver o nosso time do coração. Essa abstinência me causa um misto de saudade e até mesmo, creiam, alívio na minha rotina.
É que, calejado pelos tempos – meio século – de dissabores temia que algo ainda fosse acontecer. Durante esse tempo, nós mais vividos, pudemos experimentar toda espécie de decepção. Algumas causadas pelo desempenho do nosso time e muitas delas, nunca vou perdoar, por ação nefasta e desonesta da organização da competição.
Fato é que, quanto mais se aproximava da confirmação dos títulos neste mês de dezembro, meu judiado coração temia por alguma catástrofe que pudesse adiar novamente nossos sonhos. Pois que, agora diante dessa nova, irreversível e – confio – duradoura fase Atleticana, sofro com a falta do nosso time em campo.
Nos tempos recentes, jogos aos domingos às 16hs, me sugeria sair de casa em torno de 11hs. É que o estacionamento, sempre lotado, abre exatas quatro horas antes do início das partidas. Nem mesmo o absurdo e escorchante valor cobrado pela Minas Arena, que na última partida ainda extrapolou a racionalidade, impediram a opção em ir de carro para o Mineirão.
Tampouco e igualmente os valores, sempre crescentes, dos ingressos para o acesso ao estádio. Começamos pagando no meu caso de sócio torcedor Galo Forte, 35 reais; para os não sócios, 100 reais. Ao final, no mesmo setor – Roxo Superior – esses valores chegaram ao absurdo de R$ 249,55 e R$ 713,00. Essa variação se aplicou também aos demais setores. Vermelho, laranja e amarelo. Uma aberração. Ainda assim, a fiel e apaixonada Massa bateu recordes de público e renda no Brasil.
Tomara que, agora com orçamento previsível, essa estripulia administrativa e arrecadadora tenha melhor senso e tratamento com o Atleticano. Vou repetir dois momentos marcantes do resultado disso na arquibancada. Frente ao Cuiabá, saímos atrás no placar (gol contra) e viramos no grito do Torcedor. Já na eliminação frente ao Palmeiras, com a vitória parcial nas mãos, ao tomar o gol de empate que nos tirou da final, a torcida morreu. Valores do setor onde frequento. GNV: R$ 94,50 e R$ 217,00. Não sócio: R$ 270,00 e R$ 620,00. Minha leitura é que o Torcedor raiz, que faz o time reagir no embalo da sua garganta, ficou fora da arquibancada quando sua presença seria fundamental.
Seja qual for a maneira, opto pelo valor acessível à presença da Massa, sem –entretanto – desconsiderar a priorização nas compras ao sócio torcedor, o Galo está fazendo falta aos nossos finais de semana. No próximo domingo, como hoje pelo Natal, vamos estar vivendo a ressaca do réveillon, mas é dia de ver nosso time em campo. E destruindo adversários, como foi a tônica dessa temporada de 2021.
Já não aguento mais esperar a quarta-feira, dia 26 de janeiro, uma quarta-feira à noite, para sentir a presença do Galo em campo. E será lá em Nova Lima, onde pretendo estar presente. Estamos todos ansiosos por ver o time Atleticano em campo, seja no salão de festas da Pampulha – até que o Estádio do Califórnia fique pronto – ou na condição de visitante. Igualmente aguardando a definição de quem sai e quem chega. Alguma eventual reposição para 2022, tem de ser com profissional acima da qualidade daqueles que forem liberados. Queremos novamente o Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil e ainda a Supercopa, Libertadores e Mundial.
Saudade de te ver meu Galão!
*fotos: Pedro Souza/Atlético
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Tempo de volta e meia dar uma olhada no YouTube ver ouvir o Caixa,o Roger Luís da rádio da massa,o Eduardo Madeira da 98,o narrador da Inconfidência com o seu sorriso sarcástico a cada gol do Galo ( e foram tantos e tantos) e pra quem gosta de merda ,ouvir aqueles narradores do eixo rasgando a tanga a cada gol do Galo.
E por falar em rasgar a tanga,que as marias fiquem definhando entre as séries B e C durante muitos e muitos anos até alguém ter misericórdia e desligar os aparelhos.
Barata, Futebol raíz morreu . O Vila Nova de Isaac não existe mais. Hoje virou barriga de aluguel do Coimbra. Perdeu a identificação com o povo de Nova Lima. Esse campeonato mineiro devia ser extinto. Jogar contra equipes semiadoras acrescenta muito pouco. O futebol de competição começa em abril , mineiro servirá como pré-temporada. Só espero que o jogo contra o Cruzeiro seja levado a sério, pois em 2021 foi o que já sabemos
Quer dizer que será dia 26 a volta do futebol raiz ?
No Alçapão do Bonfim ?
Torcedor "trepado" no alambrado , gritando no ouvido do bandeirinha?
Bicudo na bola que passa por cima do muro e caí na rua ?
Placar anunciando "visitantes" e sendo trocadas as papeletas em cada gol pelo "menino do placar", em cima de uma escada ?
Eita , que beleza !
De saco cheio de "arenas" e controle
de acesso a um campo de futebol .
A manutenção da espinha dorsal do Galo é fundamental. Como repor hoje, nomes como Arana e Zaracho? Onde teria tais jogadores à disposição, que outros times não os tenha comprado? Até mesmo um jogador com as características do Allan, no elenco e no mercado não tem. Disponível. Então, e esses são os titulares que parecem ter mais mercado, mantê-los será um bom começo.
Lógico, vai precisar vender algum jogador, mesmo pra ter espaço pros reforços pontuais, que vejo necessários ao elenco. Mas tomara que seja num nível de: Rabelo, Vargas, Hyoran, Nathan meia e até mesmo o Rafael ( merece tentar ser titular em algum outro time).
Também lógica, à mim ao menos, é a devolução do Tchê Tchê. Espero que o Cuca não o segure, nem force a titularidade dele até maio. E ainda, vamos ver quem da base poderá ser integrado ao elenco, sendo que o Neto, já considero do profissional.
Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
Quer dizer que a volta será no leão do bom fim? Ainda bem que o estádio, que conhecia bem, a arquibancada não é de tábua. Se fosse, seria um tal de gritar: senta que o leão é manso, reza a piada!
Domingo sem galo não é domingo e ,pelo visto, ficaremos ainda sem muitos Domingos.
Sem o galo em campo, perdemos o nosso norte.
Hoje e sempre, galo!!!
Hoje e sempre galo!