2013 outra vez

Irrepreensível! Não tem o que questionar sobre a partida na Bolívia. Nossas discussões sadias se confirmaram e, com isso, podemos concluir certas coisas, sem precipitação. Temos um bom elenco, ainda assim um zagueiro e um armador são peças bem-vindas. Se chegarem, que venham brigar por vaga e não para compor banco de reserva. Para a temporada, estamos bem de volantes.

Enfim, treinador e Torcida afinaram o discurso. Resguardar nossos jogadores mais desgastados para a decisão de domingo foi decisão acertada. Além de poupar Fred, Gabriel, Maicosuel e Robinho, o Galo se deu ao luxo de substituir Leonardo Silva, Marcos Rocha e Rafael Carioca ao longo da partida. Isso nem de longe ameaçou a goleada imposta sobre o Sport Boys, dentro de sua própria casa. 2013, na fase de grupos, vencemos um adversário de cinco, aqui e lá. Bons presságios!

O cartão de visitas veio com menos de um minuto. A bola de Otero na trave anunciava a que o time viajou. Com poucos minutos, dois gols no placar. Ao final da primeira etapa, para não fugir da normalidade, o adversário balançou as redes, com penalidade discutível. No lance seguinte, numa jogada similar na área do Sport Boys, o árbitro “não viu” e deixou seguir. A transmissão boliviana não mostrou os lances nos ângulos adequados.

O segundo tempo começou sem alterações. Nossa equipe retomou o comando de jogo, marcando e perdendo gols. Fizemos cinco, mas poderia ter sido muito mais. Vamos aguardar o confronto de hoje à noite, entre Godoy Cruz e Libertad, para montar a estratégia visando o último compromisso, frente aos argentinos, em Belo Horizonte. Acredito na primeira colocação. Nosso deslize foi no Paraguai, quando perdemos para o fraco time do Libertad. Aquele brejo de campo não justifica o desempenho aquém. Já estamos na próxima fase, pois não acredito em zebra nesta fase de grupos.

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

Na Bolívia, além de preservar vários titulares, o treinador experimentou uma situação que vinha sendo pedida pelos Torcedores. Leonardo Silva ao lado de Felipe Santana. Gabriel, destaque no clássico, nem ficou no banco de reservas. Sinceramente, a fragilidade do Sport Boys não permite melhor avaliação da dupla. Destaco a boa qualidade do ataque com Cazares, Rafael Moura e Otero. O equatoriano marcou duas vezes. He-Man fez o seu e mostrou que em pouco tempo de Galo já fez mais que Clayton em um ano. Otero, por sua vez, deixou o seu e lutou até o último minuto de jogo.

O elenco está bem estruturado. Temos cerca de 20 jogadores em condições de começar as partidas como titulares, fato que flexibiliza e facilita o trabalho de Roger. Vejam como o Galo soube planejar e buscar o resultado. Desde o voo fretado, a escolha de jogadores, até o retorno em tempo necessário para boa regeneração. Na semana seguinte, pela mudança de datas da Copa do Brasil, o time terá uma semana inteira de preparação para a estreia no Campeonato Brasileiro.

Para não dizer que tudo foi tão louvável, parece que quando o Galo não complica, o juiz caseiro faz a obra e o enredo. Depois também tudo ficou fácil. Não questiono os gols perdidos, comemoro os cinco feitos. Sem intenção de polemizar, pois dormi sossegado essa última noite, me perdoem os ídolos, mas estamos tomando cartão amarelo de graça. Fred e Elias, em jogos anteriores, ontem, Carioca (já vai cumprir suspensão) e Otero. Este por não usar a tornozeleira obrigatória. Poupe-nos! E a outra queixa: que coisa é essa de colete “blue” para os jogadores no banco de reservas? O Atleticano rejeita essa cor, oras!

Como em Belo Horizonte e em estádios pelo Brasil, a Torcida Atleticana predominou na arquibancada boliviana. Estamos dominando o mundo, conforme intuiu e antecipou o presidente de um time mineiro. Só se via e ouvia a Massa. Santa Cruz de La Sierra também é Galo.

Blogueiro

View Comments

  • Só quero que nossos atletas não entrem nessa onda de que no independência o jogo está no papo.
    Futebol, minha gente, se ganha é no campo, com vontade, raça, respeito, luta...luta...luta.
    Entrem em campo nesse domingo, meus caros, com isso na cabeça, e ganhe o jogo por nós, a Monumental Massa de Torcedores do Galão das Alterosas.
    Maior torcida, na expressão verdadeira da palavra, do Brasil.
    Da-lhe GALÔÔÔÔÔ!!!

  • Gostei do time ontem. Dominamos o meio de campo com o Adilson e aí tudo flui mais fácil inclusive facilita para os laterais.

  • Precisamos mais do que nunca ser impecáveis. Primeiro, não podemos nem pensar em perder um título dentro de nossa casa jogando por um empate. Mas precisamos ser impecáveis porque além de todos os percalços de um jogo vamos contar com um apito inimigo, e eu voltei aqui para expor o que penso, sem choradeira nem prejulgamentos. Apenas fatos, considerando que somos humanos. Um árbitro é humano: se ele não gosta de determinada coisa, ele não vai deixar de desgostar dela pelo fato de ser árbitro. Mesmo sendo honesto, é um perigo determinada entidade ficar à mercê de quem não a aprecia...
    Vou exemplificar de modo simples, assim: se eu fosse juiz de futebol, eu não gostaria do Cruzeiro do mesmo jeito que não gosto sendo torcedor. Apenas trabalharia para exercer minha imparcialidade. Mas lá no fundo gostar do Cruzeiro eu não gostaria... Eu apitando o último clássico, expulsaria o Fred sem o menor vacilo. Ponto. Mas agora, atenção: eu de novo apitando, desta feita América x Cruzeiro, Rafael Sóbis, que eu pessoalmente detesto, enfiando o pé no zagueiro do Coelho. Cartão vermelho na hora... O Benevenuto contemporizou, pediu calma... Agora vejam: um terceiro juiz, neutro de verdade, nem passaria em branco nem daria vermelho: o lance não foi para tanto... Aplicaria o cartão amarelo e ponto.
    Entenderam aonde eu quis chegar? Não é choradeira nem insinuação antecipada. Não. O Atlética não devia ter deixado o Clube nas mãos de um homem que visivelmente "ama" o Cruzeiro e consequentemente...
    Eu apitando um jogo do Cruzeiro buscaria o tempo todo ser honesto, como sou e não insinuo que ninguém o seja de fato... Só que seria um perigo para aquela agremiação, ela nas minhas mãos, ainda que eu estivesse e viesse muito bem intencionado... Desde quando eu ia deixar o Ábila levantar os dois pés à altura da cabeça do nosso Testa de Ferro? O juiz do último jogo deixou, o lance seguiu... Onde eu ia permitir Mimimi Menezes na beira do campo querendo apitar pra mim, Rafael Sóbis pedindo cartão o tempo todo pros outros?... Marcos Rocha chegou atrasado na jogada? Falta. Cartão? Pra que, se eu posso conversar com ele, pedir calma...
    Temos que ser impecáveis. Precisamos ser. Queremos ser.
    Aqui é Galo!
    Saudações Atleticanas

  • Maicossuel sobre a decisão...
    "Eu acho que tem que ser diferente, e vai ser diferente. Jogando dentro da nossa casa, onde é muito difícil de bater a gente. A gente sabe que o Cruzeiro tem uma transição boa, e a gente tem que minar isso. Então vamos tentar marcar pressão - completou Maicosuel."

    Se isso realmente se aplicar no jogo de Domingo, com marcação sob pressão, vai ser sensacional! Pra cima delas Galo!!!!

  • ... com essa dose absurda de "otimismo" explicito, ser realista, hoje, realmente é muito complicado!
    Pelo menos deixaram meu xara jogar ... e como não conheço nenhum xara meu ruim de bola ... o cara é craque!!! ... hehehe

  • Jorge Nicola disse hoje, no BB Debate, que o Roger quase dançou. Não duvido. O cara, enfim, fechou esse meio do Galo, numa solução óbvio. Só cego para achar que Rafael Carioca é primeiro volante. Até o Gabriel melhorou, e eu queimei minha lingua com ele. Mas antes eu queimar minha língua do que ele entregar a rapadura. Roger, vê se orienta. Estamos de olho...

  • Boa tarde Eduardo e amigos!
    Valeu o treino de LUXO. Deu tudo certo, o placar deveria ser até maior, mas foi muito bom o que vi e já serve de preparativos para o clássico de domingo.
    Sem querer cornetar, mas já cornetando, não gostei da apresentação do Adilson. Não foi o "cão de guarda" que esperava. Futebol disperso e sem pegada. É só rever o lance do gol que tomamos: a bola foi perdida no meio campo e o Sr. Adilson simplesmente não combateu o adversário, preferiu sair caminhando até à grande área e assistindo todo o lance de longe. Eu depositava muita confiança nele; não sei se exagerei nas minhas expectativas.
    Felipe Santana continua um trapalhão, perdido em campo e repudio também os cartões amarelos tomados de bobeira.
    Domingo é dia de volta olímpica. EU ACREDITO.

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