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Resposta:
Querida leitora, esse é um caso típico de adoecimento psicológico, no meu humilde modo de entender. Quando digo adoecimento, não se trata de procurar um diagnóstico nos manuais de Psicologia e Psiquiatria, como Depressão, Transtorno Bipolar ou outro qualquer. Refiro-me a algo que atravessa a vida da pessoa de tal forma, que faz com que ela fique aprisionada num quadro neurótico. Você mencionou que o pai dele faleceu quando ele tinha apenas um ano de idade. Ou seja, era um bebê. Diante de tal fato, tudo indica que o sentido da mãe passou a ser o filho, e que ele foi, inconscientemente, o substituto do marido falecido. Agindo assim, ela simplesmente se fechou para outras possibilidades de relacionamento afetivo e acabou elegendo o filho como seu objeto incondicional de amor. Ao fazer isso, obviamente, passou a mensagem que bem entendeu para o filho. Ou seja, a de que ele teria de ocupar o lugar do pai.
Como a formação da nossa personalidade vai até por volta do seis anos de idade, é provável que a influência da mãe tenha sido decisiva para que ele incorporasse esse papel e, o pior de tudo: passasse a achar natural o fato de desempenhá-lo. Com o passar dos anos, os dois desenvolveram essa relação que, convenhamos, não é nada saudável. Sentir-se culpado por deixar a mãe em casa – que não tem nenhum problema de saúde – e depois ter de fazer com ela, o mesmo programa que fez com a namorada, beira o absurdo. Chamar a mãe de amor, dormir de conchinha com ela na cama etc., não são condutas adequadas. Todos nós desempenhamos papeis na vida. Isso é típico da sociedade civilizada. Papeis de filho, de mãe, de pai, de amigo, de aluno, de profissional, entre outros, exigem comportamentos compatíveis a eles de acordo com nossa cultura.
Achei bastante interessante você ter mencionado seu desconforto com ele e ambos terem buscado tratamento psicológico. Além disso, fiquei impressionado com o que ele disse após ter tomado consciência de tudo, em seu processo de psicoterapia. O fato dele não querer mudar, porque a relação com a mãe era “gostosa”, nestes termos, mostra o quanto ficou enraizado nele e nela, a relação inadequada, na qual seu ex-namorado é filho e marido ao mesmo tempo, da mesma forma que ela é mãe e esposa. Diante de tamanha mescla de papeis, não seria de se espantar se, mais cedo ou mais tarde, uma relação incestuosa acontecesse. Parece bizarro mas, não seria o primeiro e nem o último caso registrado na humanidade. O tipo de situação que você relatou, com bastante clareza, demonstra que eles desenvolveram uma simbiose nociva para ambos, embora não julguem assim.
Dicas pra você: querida leitora, você não tem de se sentir culpada por ter sido ciumenta e intolerante. Pra falar a verdade, acho até que sua relação com ele durou muito tempo. Não percebo precipitação de sua parte, principalmente, pela clareza do seu relato. Compreender a força dessa relação, como você disse, não pode ser sinônimo de concordar com algo que é psicologicamente adoecido. Por mais que você goste dele, o que é necessário compreender é que, optando por manter essa relação, teria de dividi-lo com outra mulher. Creio que esse não seja seu objetivo, não é mesmo? A mulher que quiser ficar com ele, terá de se sujeitar a essa situação absurda e, felizmente, você não o fez. É possível manter um relacionamento afetivo com qualquer pessoa, desde que ela te faça bem e seja equilibrada. Isso não tem a ver com o fato do indivíduo ser ou não filho único, ou ser filho único de mãe viúva. No caso que você descreveu, a mãe criou o filho para ela. Aliás, pior. Criou-o para ser marido dela. Penso que você acertou ao ter saído desse emaranhado familiar, sobretudo, porque ele afirmou categoricamente que não irá mudar. Sei que está triste mas, diante disso, não há o que ser feito. Pare de se culpar e siga sua vida. Seguramente, mais dia, menos dia, surgirá alguém interessante e que valerá a pena. Fique bem e sucesso pra você!
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
Consultório: (31)3234-3244
www.douglasamorim.com.br
Instagram:@douglasamorimpsicologo
Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
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Meu namorado tem um apego muito grande pela mãe dele,acho isso muito bonito por que ele faz tudo pela mãe, mais as vezes acho um pouco exagerado,não falo nada por que fico com medo de estar pensando errado, ele chora se a mãe comenta em morrer algum dia,chora horrores,quando a gente vai fazer alguma coisa ele chama a mãe pra ir seja no cinema ou em qualquer lugar,ele não consegue pensar em ter um futuro cmg,fala q a mãe ja teve vários relacionamentos q não deu certo oque e verdade e que tem medo de ser abandonado,ele fala que não vai ter filhos entra em desespero so de falar no assunto fala que não quer sair de casa,ele tem uma casa mais não pensa em morar nela tem uma condição financeira boa mais mesmo assim fora que eu me sinto desconfortável por que ele conta tudo pra mãe dele eu me sinto excluída da vida dele eu sempre sei as coisas pela minha sogra e fico chateado e me sentindo culpada talvez por ele não me contar, fico com medo do relacionamento sempre ser assim e eu ta com uma pessoa q vou me decepcionar cegamente a gente fez 2 anos agr e ele so consegue compartilhar as coisas cmg quando eles brigavam antigamente agora eu nunca fico sabendo de nada
Eu vivo uma situação muito parecida. Ele age exatamente como nesse relato, como se fosse marido da mãe, e ela própria fica me dizendo que eu tenho que aceitar que ela é praticamente a esposa dele. A diferença é que eu engravidei dele e nós casamos. Mas ele não aceita viver sem ela e eu não aguento mais esse casamento a três. Estou com 7 meses de gravidez e pensando seriamente em me separar porque minha saúde mental está muito prejudicada com essa situação toda, estou ficando muito deprimida.
Eu passei 4 anos com um filhinho da mamãe. Apenas 40 dias q terminamos, estou muito decepcionado por ter tentado tanto. Mas, eu me sentia amante dele e a esposa era a mãe. Nesse caso, ele tem 50 anos, nunca casou, só teve relacionamentos complicados e a distância. A mãe sempre foi traída é ignorada pelo marido, os filhos não casaram, se relacionam de forma turbulenta, ela perturba tanto q as candidatas desistem. Muito doentio, muito triste ter perdido tanto tempo, muito ruim gostar de alguém é perder assim. Perder o q não tinha né?
Aí é bronca, fez bem, procure um boy magia independente e seja feliz.
Olha passei por uma situação parecida so que ele tinha 32 anos e fazia todas as vontades da mãe uma pq a mãe dele foi traída acho que isto ajudou nessa situação agente namorava e a mãe dele me julgava me criticava e ele la tentando ser feliz mais todas as vezes ela falava mal de mim até que ele estourava e agente termianava e foi assim durante 3 anos termianava e voltava por causa da mãe dele foi complicado .... até que terminamos tudo e ele não aguentou mais
E vc ainda sente falta dele? meu deus!! Imagino o peso q esse homem seria na sua vida!! além de mulher, c o tempo ele faria de vc a mãe.... Já pensou???
Se ele fosse realmente um grande amor, você lutaria por ele com toda a sua força. Como tudo indica que não era esse o caso, você fez bem em terminar.
Ola... acredito que nesse caso nem um grande amor compensa... estou passando por isso por um grande amor que tem uma simbiose doentia com a mãe... e no final de 4 anos estou exausta de "lutar", no início eu não entendia, mas com o passar dos anos vi que aquilo nunca foi exatamente normal, então eu repito, nem por um grande amor compensa, o que compensa é investir em relações mais saudáveis... isso sim, se amar primeiro, estar livre, podendo compartilhar momentos a dois sem essa energia intromissiva, invasiva... obrigada pelo espaço!
Muito obrigada Douglas. Mandei sem esperança de resposta e você se manifestou tão rápido! Surpreendente!
Olá, querida leitora! Procuro responder a todos, o mais rápido possível. Nem sempre consigo, mas, eu tento! Obrigado por acompanhar o blog! Abraços!
O mais engraçado é o fato de 99,99% da mulheres tem o mesmo perfil do "cara" citado e isso absolutamente normal. Quando a história é com homem está tudo errado. Quando é com mulher está tudo bem.
Vivi uma situação parecida, mas no meu caso eu namorava a mãe e posso afirmar categoricamente que você fez certinho em terminar, bola pra frente...