”Douglas, tudo bem? Sou casada há quatro anos, sou cristã, canto na igreja, meu marido também é cristão e músico. Nos conhecemos pela internet. Ele estava afastado da igreja, pois tem dois filhos de dois relacionamentos distintos que teve no passado. Eu resolvi esquecer esse passado e em nove meses namoramos, noivamos e nos casamos. Eu casei virgem, me guardei para o casamento e, desde então, minha vida virou de pernas para o ar. Ele me incentivou a ter meu negócio próprio e eu abandonei meu trabalho estável, de 8 anos. Quando isso aconteceu, eu passei a ser controlada, humilhada e ridicularizada pela família dele. Ele, aos poucos, foi se mostrando insensível e duro, totalmente diferente de quando nos conhecemos. Sofremos dois furtos, o que nos desestruturou financeiramente. Mas eu continuei lutando e ele estagnou. Minha pequena empresa cresceu e é dela que vem o sustento da nossa família. Ele se acomodou, a empresa dele não se sustenta sozinha, o pai dele é quem paga as despesas da empresa e eu todas as despesas de casa. Ele nem sequer pergunta sobre e quando eu preciso de ajuda. Quando a questão financeira entra em discussão ele distorce a conversa, se faz de vítima, emburra e fica dias sem falar comigo. Eu desenvolvi fobia social depois de tantas humilhações que passei com a família dele. Estou com depressão profunda, tenho que implorar para ele me ajudar nas tarefas de casa, esquece meu aniversário e outras datas importantes pra mim. Me deixa em casa sozinha final de semana para ficar na casa da mãe sozinho ou com os filhos, sem ao menos saber se tenho o que comer. Almoça quase todos os dias na mãe dele e me agrada só quando quer sexo. Na rua e na frente das pessoas é a pessoa que conheci e me apaixonei: extremamente educado, amoroso, atencioso. Em casa, só fica no celular jogando joguinho, quer tudo na mão, não me ajuda em nada e larga tudo jogado. Eu tenho crises de pânico, choro e sofro só de pensar em ter que ver os parentes dele. Já tive vontade de dormir e não acordar mais. Estou tomando medicação, fazendo tratamento com psicólogo e psiquiatra. Vivo essa dificuldade financeira com ele desde que casei. Ele nunca bancou tudo sozinho. Às vezes eu não tinha recursos para uma conta ou outra, mas sempre ajudava. Essa situação de eu bancar tudo tem mais de um ano, e quando falo para ele arrumar um bico, ou outra renda qualquer, tem discussão. Ele se faz de vítima. Eu não sei mais o que fazer. Não quero viver isso pra sempre. E sei que se me separar dele vou ter que abandonar a igreja, meu ministério, que é o que mais amo na vida, e também não estou bem psicologicamente para viver isso. De tanto ele me obrigar a ir a lugares que eu não queria, usar o castigo do silêncio, gritar comigo, apontar o dedo e me chamar de falsa, fingida e mentirosa, e dizer que eu não tenho depressão nada, eu estou em frangalhos. Não sei o que fazer.”
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Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
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Vivo numa situação parecida. de quase 7 anos. Marido não trabalha, banco toda a casa e ainda assumo praticamente todas as tarefas. Ele não ajuda nas despesas e nunca nem me perguntou se preciso de ajuda ou de algo. Temos um Filho de 3 meses, ele nunca comprou um pacote de fraldas pra ele e nem pergunta se falta alguma coisa.
Você já sabe o que fazer, já sabe o preço que vais pagar. A pergunta que você deve fazer e para você mesmo. O que eu quero de verdade? O que de fato me faz feliz? O que eu não quero continuar?
Nós pagamos um preço por decidir ir, decidir ficar ou, simplesmente ficar em cima do muro. Resta você saber, por qual você está disposta a pagar.
Muita luz pra você.
larga esse cara logo mulher
Mais uma vez, conheço um caso em que uma esposa é feita de escrava, e ainda questiona se deve separar do marido. Percebo que é um caso clássico onde a mulher sustenta a casa, trabalha duramente para isto, exerce sozinha a função de arrumar a casa, cozinha, é mal tratada pelo marido e ainda por cima se vê obrigada a fazer sexo com ele. Tenho visto tantos casos semelhantes que acabo pensando que nossa sociedade tem que evoluir muito, para dar à essas mulheres a dignidade que elas merecem.
Filha sou cristã e acredito que o senhor tem coisas grandes e melhores para nós.
Esse relacionamento é tóxico e pode ter levar a morte, mas quando falo em morte não é morte de morrer e ser enterrada num cemitério, eu falo de morte em vida… É o homicídio dos sonhos, dos projetos, dos futuros filhos, da saúde e do bem estar… Sei que você ama o seu ministério e a igreja não vê com bons olhos o divórcio, pois Deus condena o divórcio, mas acredito que o Senhor em sua grandeza e bondade, volta atras da palavra dele para beneficiar um filho seu… Nós humanos, meros mortais quando um filho pede algo e não tenho condições de dar e falamos que não, temos a humildade de fazer um bico e comprar “aquilo” que o filho pede, só para vê-lo feliz… Imagine Deus?! Ele vê a sua dor e sua luta e tenho certeza que ele quer te ver feliz. Seja sábia e opte por você… Esse homem te tirou tudo (emprego, estabilidade financeira e emocional, bem estar e saúde)… Não vale a pena viver dessa forma… Pelo seu bem, pule fora desse casamento, que pra mim, não é casamento, é uma junção de conveniência para ele e sua família. No inicio será dificil mas depois as coisas voltarão para o lugar… Quem te ama de verdade irá entender seu sofrimento, e se não entenderem se afaste deles… O mais importante é recomeçar e recomeçar é para os corajosos. Seja corajosa, Deus tem uma pessoa melhor pra você… Não se culpe por ter casado rápido, tem namoros de anos e mesmo assim não conhecemos o outro, só conhecemos alguém quando comemos um quilo de sal com a pessoa. Casei com dois meses de relacionamento e a seis sou casada, isso é muito relativo. Seja feliz. Pelo seu relato você é muito guerreira e merece alguém a altura. Deus te abençoe e restaure suas forças.. Um abraço!
“Levante-se, limpe os olhos, e vá governar!” – não se permita ser a coitadinha… aja, imponha-se.
Vc é uma mulher de Fé,acredita em Deus,se liberte desse mal,essa relação não está te fazendo bem,e pelo jeito ele não vai mudar,vá viver sua vida,antes só que mal acompanhada!