“Boa Noite. Li uma resposta no blog Pergunte ao Psicólogo, do Dr. Douglas Amorim, referente à homossexualidade. Fiquei com uma dúvida e gostaria de um esclarecimento, se possível. Um homossexual pode desenvolver depressão pelo fato de não revelar sua orientação sexual aos seus familiares? Até que ponto isso poderia causar um distúrbio emocional?
Obrigada por poder enviar minhas dúvidas”.
Resposta:
Querida leitora, como escrevi no post anterior, a homossexualidade não pode ser considerada doença. Tampouco podemos falar de opção sexual. Nenhum de nós, num dado momento da vida, faz esse tipo de escolha. Será que todos os heterossexuais tiveram uma fase na qual pensaram sobre sua sexualidade e decidiram por qual direção seguir? Certamente isso não ocorreu. O mesmo acontece com a homossexualidade ou bissexualidade. Por isso não usamos a expressão opção sexual. Inclusive, porque seria muito estranho alguém escolher pela homossexualidade e por todas as dificuldades que ela implica.
A homossexualidade já foi considerada doença, coisa do diabo e, até mesmo, questão a ser tratada em tribunais. Felizmente, a sociedade vem evoluindo e entendendo que, o que é diferente do padrão, não necessariamente é obra do demo, ou algo parecido. Por outro lado, ainda vemos a questão ser percebida com uma dose alta de preconceito, sobretudo pelos mais velhos (as novas gerações parecem lidar com isso de forma bem mais natural), isso sem falar de alguns países nos quais os homossexuais são condenados à pena de morte.
Mas, voltemos à realidade brasileira. A forma como cada homossexual lida com sua orientação varia muito. Alguns nunca irão revelá-la a ninguém. Outros a um grupo seleto de pessoas. E há ainda, aqueles que não irão se esconder e farão questão que o mundo saiba. Qual delas é certa? Eu diria que depende. Mas depende de quê? Da condição psicológica de cada pessoa. Já atendi pessoas que escolheram uma das três e se deram muito bem, dentro de suas possibilidades emocionais. E também, muitos outros que, sem refletir sobre as possíveis consequências de suas escolhas, agiram impulsivamente e sofreram de maneira absurda.
Você me perguntou se um homossexual poderia desenvolver depressão, por não dizer à família sobre tal orientação. A princípio, é preciso dizer que qualquer pessoa pode desenvolver um quadro depressivo, independentemente de sua orientação sexual. Pode-se desenvolver depressão por uma série variada de motivos que vão, desde circunstâncias genéticas, às do dia a dia como questões afetivas, familiares, financeiras, profissionais, sociais e diversas outras. Portanto, a resposta é sim. Pode desenvolver depressão por esse motivo. A ressalva a ser feita é: todo homossexual, que não comunicar sua condição à sua família, desenvolverá depressão? Neste caso, a resposta é não.
Dica pra você: Quando nos perguntam se o homossexual deve contar para a família sua orientação, muitas vezes somos tentados a dizer: claro! Ninguém tem nada com isso e não há motivo pra se esconder! Eu também gostaria que tudo fosse assim tão simples, tão leve… Mas, uma série de sentimentos que podem atravessar essa situação como medo, culpa, vergonha, raiva, rancor, indiferença etc, tornam a questão muito complexa pra várias pessoas. O mais importante nesse tipo de situação é avaliar o quanto faria bem dividir essa intimidade com a família. Por vezes, tomar essa decisão não é tarefa das mais fáceis. Se você conhece alguém que está nessa condição e não sabe qual o melhor caminho a ser seguido, seria muito valioso aconselhá-lo a buscar uma psicoterapia para orientá-lo.
Se você quiser enviar alguma pergunta, basta escrever para: perguntaUAI@gmail.com
Não identificamos os autores das perguntas
Um abraço,
Douglas Amorim
Minha primeira transa foi com Homem e colega de faculdade! A questão na formatura foi depois de 4 anos, sermos namorados e tao intimos, manter o social heteronormativo lá! Imagina apresentá-lo como namorado à familia, souberem que ele foi noivo de mulher e exercia a exemplo do meu pai: a mesma profissão e como autônomo! Nesse caso, não diria ter havido depressão, mas num evento em comum, nosso, termos que sermos Indiferentes ao nosso namoro!!! O pai dele, que sabia do nosso namoro, lamentava das mães não viverem o momento de namoro do filho! Quando fui morar sozinho e um dos meus irmãos me telefonava, disse que talvez tivesse sido o unico irmão a perceber feminilidade num corpo tao masculino, razão até de saber que poderia me ligar, conversar mesmo assuntos “enfadonhos” sobre o dia de trabalho e, se me ligasse antes de morar sozinho, nossa mãe diria se ele não tinha esposa!
Olá, Aurélio. Obrigado por sua leitura e comentário. Se essa é sua avaliação, penso que tem todo direito de tê-la. E cabe a cada um que ler a sua história, chegar às suas próprias conclusões, apesar de eu não concordar com o que você disse.
Creio que homossexualismo é um comportamento, desenvolvido ao longo da vida da pessoa, que é passível de reversão, caso a pessoa queira, inclusive pelo profissional Psicólogo, porém, os que defendem está prática são atualmente impedidos e hostilizados de prestar está ajuda as pessoas. Lamentável está ditadura que estamos vivendo…
Não defendo nenhum tipo de violência aos LGBT e creio na eficiência e eficácia de outro “método” de reversão de qualquer comportamento, condição ou situação. Eu mesmo, felizmente, vivi esta transformação através de Jesus Cristo e do “manual de vida” que ele nos deixou, a Bíblia.
Para saber mais entre em contato:
aurelio.lino@hotmail.com