Depois de quase quinze anos de Universo Cinematográfico Marvel, com os personagens mais famosos devidamente apresentados (e os menos também), sobrou para aqueles que só os fãs hardcore conhecem. Esse é o caso do Cavaleiro da Lua (Moon Knight), que ganhou uma série curtinha no Disney+. O sexto episódio chega esta semana e encerra a jornada. O diretor, o árabe Mohamed Diab, garante um retrato fidedigno do Egito.
Variando um pouco do que se conhece dos quadrinhos, a série é a primeira a contar uma origem na TV. Ao menos em termos: Marc Spector já é o vigilante Cavaleiro da Lua, enquanto Steve Grant passa a ser ele. Ou seja, é origem apenas para um deles, que acompanhamos para descobrirmos o que está acontecendo. O mais estranho é que Marc e Steven são a mesma pessoa.
Enquanto Marc parece uma versão de James Bond com superpoderes, Steven é um pacato atendente na lojinha de brindes de um museu. O problema é que os dois descobrem ocupar o mesmo corpo, e descobrem também serem doentes mentais. A divisão entre as personalidades é tão absurda que um fala com sotaque americano e o outro, britânico. O que torna o trabalho de Oscar Isaac fascinante, uma escolha acertada para o papel.
Protagonista de grandes blockbusters, como a franquia Star Wars e Duna, e longas independentes, como The Card Counter (2021), Isaac é uma ótima adição ao MCU. E, com um (anti) herói desse nível, o vilão não poderia ficar atrás. Para combater o avatar do deus da Lua, foi convocado Ethan Hawke (de Juliet, Nua e Crua, 2018), que vive uma espécie de fanático religioso que serve a outra deusa. Ou seja: uma mistura mitológica que pode dar um nó na cabeça dos incautos.
O principal porém de Cavaleiro da Lua é exatamente ter grandes atores nos papéis principais. Como é costume da Marvel, o personagem dificilmente coloca a máscara para atuar como o herói que todos esperam. Na maior parte do tempo, temos o rosto de Isaac, e Hawke não usa nenhuma fantasia, apenas uma bengala (e, aparentemente, uma dentadura).
E um porém coadjuvante é a “viagem” (no mau sentindo) a respeito de deuses egípcios e seus representantes humanos, seus poderes, obrigações e tarefas. E sem os efeitos especiais necessários, que parecem ter sido guardados para o final. Gastaram o orçamento com o elenco e pouparam com o resto. Inclusive, houve uma participação especial do astro francês Gaspard Ulliel, falecido tragicamente num acidente de ski. May Calamawy, nascida no Bahrein, proporciona diversidade e uma dose de realidade, além de ser boa de serviço. E temos o veterano F. Murray Abraham (de Vozes e Vultos, 2021) provendo seu vozeirão ao deus Konshu.
Depois de WandaVision, Falcão e o Soldado Invernal e Loki, as expectativas para mais uma série Marvel eram altas. Se o elenco atingiu com honras, o roteiro deixou a desejar, num ritmo lento e um nível de fantasia modorrento. Torçamos para Isaac seja melhor utilizado em um filme de grupo, ou que tenha uma aventura solo à altura de sua competência. Seja no Cinema, seja na TV.
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