O mundo dos esportes é recheado de lendas. No automobilismo, um nome pode ser alçado a esse título com muita facilidade: Michael Schumacher. O piloto de Fórmula 1 está desde 2013 afastado da vida pública graças a um grave acidente de esqui que sofreu no final daquele ano. Desde lá, toda notícia sobre seu estado de saúde e condições físicas é um segredo guardado a sete chaves por sua família. Como se o nome de Schumacher já não fosse suficiente, essa situação elevou ainda mais as expectativas para o documentário da Netflix sobre o piloto.
Lançado no dia 15 de setembro, com o aval da esposa Corinna e dos filhos Mick e Gina-Maria, a obra mostra a carreira do piloto desde os tempos de kart até o seu acidente nas montanhas francesas. Com foco maior em sua entrada para a principal categoria da modalidade, a F1, o documentário mostra o piloto da maneira que o fã desse esporte o conhece: determinado, profissional e bem reservado na vida particular. Mas de maneira bem chapa branca.
Para os brasileiros, a obra já começa bem interessante, mostrando um início da rivalidade com o piloto Ayrton Senna e como o fatal acidente na curva Tamburello, em Ímola, em maio de 1994, moldou o alemão para o futuro. Os depoimentos e imagens da época são bem ricos, com relatos de pessoas que estavam por trás da vitoriosa carreira de Schumi. Os fãs do esporte certamente se sentirão saciados ao se lembrarem de sua passagem vitoriosa pela Benetton, o difícil início na Ferrari e as batalhas épicas envolvendo outros grandes pilotos, como Damon Hill, Mika Häkkinen e David Coulthard.
Aliás, é aí que entram as polêmicas mostradas pelo doc. Interessante ver que os diretores mostram um lado do piloto que muitas vezes não é lembrado: o quanto Schumacher se envolvia em acidentes – muitas vezes causados pela desportividade. A falta de calma em outros lances polêmicos também e retratada, como o embate com David Coulthard em um acidente sob a chuva na Bélgica, em 1998. Schumi perdeu a calma e partiu para cima do piloto rival nos boxes.
Ainda que mostre bem a jornada e os percalços do alemão, quem acompanhou bem a carreira de Schumacher deve sentir falta, principalmente, do período de dominância do piloto na F1. Acontece que o foco do documentário é até o primeiro título dele pela Ferrari – o seu terceiro na carreira. A partir daí, a obra resume sua carreira até a sua primeira aposentadoria, em 2006, e seu retorno em 2010.
Schumacher ganhou sete campeonatos mundiais, e não foi sem grandes polêmicas envolvendo acidentes e troca de posições controversas. Como em 2002, na Áustria, quase que em cima da linha com o brasileiro Rubens Barrichello – o que o documentário não mostra. Aliás, o brasileiro foi determinante para a Ferrari nessa época, ajudando a equipe a dominar o campeonato de construtores. E, claro, por ajudar o alemão, mesmo que indiretamente, nesses outros quatro títulos não visitados pela obra. O fã aqui do Brasil certamente sentirá falta de Rubinho, que aparece apenas em imagens de arquivo – e ainda assim, bem pouco.
O documentário foca, portanto, nos grandes desafios que Michael Schumacher teve em sua carreira na Fórmula 1 e praticamente descarta os momentos em que ele sobrou na categoria. E tenta justificar algumas das dezenas de polêmicas em que se envolveu, ignorando outras. Não deixa de ser, ainda assim, uma bela homenagem a um nome que é quase uma unanimidade no automobilismo mundial.
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