por Marcelo Seabra
Pela primeira vez em sua carreira, o diretor Gore Verbinski faz juz ao seu nome e vai à loucura com um filme de terror. Com A Cura (A Cure for Wellness, 2016), ele chega mais longe que em O Chamado (The Ring, 2002), compondo uma obra que deixaria a produtora Hammer orgulhosa. Bebendo em clássicos do Cinema B e misturando temas caros ao gênero, como o cientista maluco, casas assombradas e conspirações, o diretor consegue surpreender o público dando algumas viradas loucas na história. Podem não gostar dos rumos tomados, mas ninguém pode dizer que seja previsível. Ou que faltou coragem.
Quanto menos for dito sobre a história, melhor. Trata-se apenas de um jovem executivo americano que deve viajar aos Alpes Suíços para trazer de volta um dos diretores da empresa para que uma fusão seja autorizada e todos ganhem muito dinheiro. O tal veterano foi para um resort caríssimo em férias e decidiu não voltar mais. O que teria acontecido lá? Seria esse lugar como o Hotel California, da música dos Eagles, de onde “você pode fazer o check out, mas não consegue sair”? O título original completo dá uma ideia do que fazem por lá: uma cura para o bem estar.
Como protagonista, temos Dane DeHaan, que viveu James Dean recentemente, em Life (2016). O trabalho do ator é bem competente, mudando de postura de um momento para o outro, e é complementado por uma boa maquiagem. Outro que está em boa forma é Jason Isaacs, o cientista da série The OA. No filme, ele vive o diretor do instituto, alguém que acredita no uso das faculdades medicinais da água local para o tratamento de diversas doenças. Como todos os demais, ele sempre tem um jeito suspeito, e alguns funcionários chegam a ser caricatos. A qualquer momento, Vincent Price poderia aparecer. Ou Bela Lugosi, Peter Cushing… Completando o clima de estranheza, temos Mia Goth (de Evereste, 2015), uma garota que mais parece uma assombração.
Como ponto negativo de A Cura, podemos apontar a duração. É uma história que poderia ser mais simples e divertida se fosse mais objetiva, com muito menos que suas duas horas e 26 minutos. Mas não deixa de ser interessante que Verbinski tenha conseguido um orçamento de US$40 milhões, e nem foi na Universal, estúdio que vem à mente quando se pensa em filmes de terror – caso de Arraste-me para o Inferno (Drag Me to Hell, 2009). Vamos ver se a Fox consegue reaver seu investimento.
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Como falha de gravacao, pode-se perceber que o protagonista perde um dente de um lado e nas cenas posteriores o dente ausente mudou de lado.
Ah, agora vou ter que assistir de novo só para me atentar pro dente 23! hehehe Abraço, Gustavo!
Como chama que tuca no Pub na máquina de som???
Henrique, o artista é Bilderbuch e a música chama-se Spliff.
O dente , também reparei lol mas é visto no reverso do espelho como dentista