por Marcelo Seabra
Enquanto aguardamos o lançamento da segunda temporada de Demolidor, série bem sucedida que deu ao herói o tratamento merecido, o Netflix nos presenteia com aventuras de outro personagem, esse ainda mais obscuro: Jessica Jones. Acertadamente apostando numa protagonista feminina, o serviço de distribuição de filmes e séries segue firme na parceira com a Marvel e os treze episódios já estão disponíveis.
Vivida por Krysten Ritter (de Cala a Boca, Philip, 2014), Jessica Jones é uma ex-heroína que passou por episódios traumáticos e decidiu seguir como investigadora particular. Vamos descobrindo a história dela aos poucos, com detalhes sendo revelados em momentos estratégicos. Assim como em Demolidor, a série tenta manter os pés no chão, acompanhando a difícil realidade de Hell’s Kitchen, bairro pobre e perigoso. Mas, da mesma forma que Matt Murdock tem seus sentidos aguçados, Jessica é superforte e praticamente indestrutível. E ela ainda conhece um sujeito com características parecidas que fãs de quadrinhos vão logo identificar: Luke Cage (Mike Colter, de The Following).
O fio condutor da trama, que une os casos de cada episódio, é o vilão: envolto em certo mistério, logo conhecemos Kilgrave (David Tennant, uma das encarnações de Dr. Who – na ilustração acima). O sujeito tem o poder de convencer as pessoas a fazerem o que ele quiser, basta uma ordem. E a temporada vai se desenrolar em torno do jogo de gato e rato entre Kilgrave e Jones. Outros personagens interessantes são apresentados, como a amiga de Jessica, a apresentadora Trish Walker (Rachael Taylor, de Prazeres Mortais, 2014), e a advogada Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss, a eterna Trinity de The Matrix), que emprega a investigadora com seus casos mais difíceis. Essa variedade enriquece a série sem perder o foco, histórias diversas que se encontram em Jessica.
O Netflix segue mostrando o comprometimento com a qualidade em suas produções originais. Um bom elenco, uma parte técnica impecável, com fotografia, trilha e caracterização muito competentes, e o mais importante: o envolvimento de gente que sabe o que está fazendo, como os produtores Kevin Feige, Stan Lee, Jeph Loeb e Joe Quesada, além da criadora da atração, Melissa Rosenberg (da finada Birds of Prey). Sexo e violência não são
problemas aqui, a exemplo do que fazem a HBO, AMC, Starz, entre outros.
Possivelmente, o que mais conta pontos para Jessica Jones é a falta de informação que o grande público tem da personagem, o que torna tudo uma surpresa e não há a cobrança de fidelidade à fonte. As pequenas citações ao que aconteceu em Nova York – eventos vistos em Os Vingadores (The Avengers, 2012) – mostram que os responsáveis olham adiante, amarrando todo o Universo Marvel, não importando a mídia. Isso mostra que um crossover entre Jessica e Demolidor não é nada difícil, pelo contrário. Eles, além de Luke, já estão alistados para uma nova série, Os Defensores (The Defenders), que reunirá um grupo de supers para o combate ao crime em NY.
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Opa! Muito bom, teremos a Safira no Netflix.
É, Fred, mas muita água rolou desde os tempos de Safira... Abraço!
Gostei muito de Jessica Jones, os personagens são ótimos e o Kilgrave é melhor ainda. David Tennant tá demais!
Mariana