por Marcelo Seabra
É claro que, depois de tantos anos, a sequência de Mad Max era aguardada com muita expectativa. E o ator que fazia o vilão do primeiro filme, lá de 1979, voltou para assombrar novamente, num outro papel. Quem não volta é Mel Gibson, dando lugar a Tom Hardy como o guerreiro das estradas quase mudo que chega para salvar o dia. Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, 2015) lembra os primeiros filmes da série, com violência exagerada e um visual fantástico, e deve agradar aos fãs do diretor e roteirista George Miller.
Max Rockatansky (Hardy, de A Entrega, 2014) é levado como prisioneiro a uma comunidade que segue ordens de um líder ancião forte, Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne, o Toecutter do original, que aqui parece uma versão idosa do Bane de Hardy). Quando uma das líderes de confiança de Joe, a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron, de Branca de Neve e o Caçador, 2012), decide tomar outro caminho na estrada, todos já desconfiam de sua lealdade e partem em sua busca. Ela leva para longe as garotas que servem como parideiras para Joe, aquelas que trarão ao mundo os filhos fisicamente perfeitos do líder.
Com esse fiapo de trama, Miller aproveita para dar nova vida a seu universo e apresenta Max a novas gerações, ganhando fôlego para uma franquia de vida longa. O problema é que Max, um anti-herói desde sua origem, um policial que perdeu sua família trucidada por bandidos, parece cada vez mais preocupado em ajudar os próximos, mesmo que mal saiba quem são. Ele não passa de um detetive do Cinema Noir, aquele que parece egoísta e durão, mas não passa de um sentimental. E é assombrado pelos fantasmas daqueles que não conseguiu salvar e passa seu tempo fugindo dos vivos e dos mortos. A trama dá a impressão de se passar antes de Além da Cúpula do Trovão (Beyond Thunderdome, 1985), já que a cronologia de Max não é muito clara.
Ignorando o clima de Goonies (1985) de Cúpula do Trovão, uma aventura besta que nunca define seu tom, Estrada da Fúria busca voltar ao estilo cru de seus antecessores, recuperando o histórico trágico de Max. Pena que ele seja muito fácil de ser convencido, já que topa ajudar sem que ninguém precise apelar com afinco. A Imperatriz Furiosa, vivida pela linda Theron, tem sua beleza escondida sob um visual de guerreira, com cabelo curto e sem nada de feminino, além de um braço faltando, e a atriz mostra muita força e carisma. Com a desculpa de busca pela redenção, os dois acabam concordando em uma mesma missão, indo rumo a um certo Vale Verde, onde teriam paz e prosperidade.
A vantagem do pouco destaque a Max no início é que sobra tempo de participação para todo mundo, das beldades encabeçadas por Rosie Huntington-Whiteley (de Transformers: O Lado Oculto da Lua, 2011) a Nicholas Hoult (o Fera dos X-Men mais novos), que vive um dos garotos da guerra que acaba ajudando os rebeldes. E Max permanece chegando do nada e indo para o nada, sempre prestes a encarar uma nova aventura.
O Disney+ lançou Music by John Williams, documentário que O Pipoqueiro já conferiu e comenta…
O Pipoqueiro preparou um pacote de filmes de terror ou suspense para este Halloween e…
Confira o resultado de uma hipotética disputa entre DC e Marvel, já que ambas as…
Confira a segunda parte do especial do Pipoqueiro para M. Night Shyamalan, com um punhado…
Armadilha, mais recente longa de M. Night Shyamalan, chegou aos cinemas há pouco e O…
Brats é um documentário escrito e dirigido por Andrew McCarthy, ator destaque nos anos 80…