por Marcelo Seabra
Tudo começou em 2009, com um bando de amigos querendo comemorar o casamento de um deles. Uma droga depois e eles precisam refazer o caminho percorrido para lembrarem o que houve e onde foi parar um deles, que está desaparecido. Em 2011, é outro quem vai se casar, a despedida é num país exótico, a Tailândia, mas a história é a mesma, só o nível de apelação é bem mais alto. Para fechar a “saga”, mais dois anos de intervalo e temos Se Beber, Não Case! Parte III (The Hangover Part III, 2013). Este último episódio não chega perto da inovação e criatividade que o primeiro representou, mas fica bem longe da ruindade do segundo, que bate recordes de mau gosto.
Dessa vez, os três “adultos” do “bando de lobos” (como eles se chamam) são convocados para acompanharem Alan a uma clínica em outro estado para uma longa temporada. Doug (Justin Bartha) é o cunhado que sempre some, e Phil (Bradley Cooper) e Stu (Ed Helms) são os responsáveis por conduzir a trama. Numa participação especial, John Goodman (de O Voo, 2012) rouba algumas cenas, e Heather Graham volta como a ex-prostituta Jade, agora uma pacata dona de casa. Melissa McCarthy, aquela aberração de Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, 2011), aparece mais contida, e não chega a comprometer – como ela faz normalmente.
A trilha sonora, apesar de não muito original (como nada no longa), é bem interessante e funciona nos momentos que pontua. Músicas como Everybody’s Talkin’ (com Nilsson), I Got a Name (Jim Croce), N.I.B. (Black Sabbath) e Evil Ways (Santana), para não mencionar A Garota de Ipanema, sempre aparecem no Cinema, o que não tira o valor delas. Billy Joel tem uma “importância” maior, duas canções são citadas (My Life e The Stranger) e até um show histórico serve como mote para uma conversa romântica. Mr. Chow cantando Hurt, do Nine Inch Nails (e regravada por Johnny Cash), é engraçadinho. Também é necessário cobrir cenas mais bobas, e temos MMMBop, dos Hanson, para isso.
Pensando no hilário Dias Incríveis (Old School, 2003), era de se esperar mais do diretor, produtor e roteirista Todd Phillips. Mas, pensando melhor, os trabalhos ruins superam os bons, como é o caso de bobagens como Escola de Idiotas (School for Scoundrels, 2006), Caindo na Estrada (Road Trip, 2000) e o próprio Se Beber II. Por esse ângulo, essa parte III é até boa, ou ao menos poderia ter sido bem pior. Vamos aguardar para ver se a trilogia se encerra aqui mesmo ou se alguém não vai resistir e inventar uma nova desculpa esfarrapada para reunir o bando de lobos.
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A lógica contida no segundo parágrafo é pertinente e temos os mesmos sentimentos em relação à série, exceto talvez que não goste tanto deste "fim", não é engraçado, não é arriscado e nem é épico como queria ser. É um meio-termo incômodo e medíocre que só saí da inércia nos créditos finais.
Então empatamos, Márcio. Essa terceira parte só ganha da segunda, e isso não é muito...
Abraço!