por Marcelo Seabra
Cinco amigos vão passar um fim de semana em uma cabana na floresta, passam a ser assediados por demônios e logo percebemos que eles não vão viver por muito tempo. Com essa premissa, Sam Raimi juntou um grupo de conhecidos e a mixaria de dinheiro que tinha para realizar The Evil Dead, chamado aqui de A Morte do Demônio (1981). A empreitada deu tão certo que duas sequências foram realizadas e em 2009 começaram os planos de Raimi para produzir uma refilmagem. Para a direção, foi convidado um jovem uruguaio, Fede Alvarez, que acabava de lançar seu quarto curta-metragem, Ataque de Pánico! Assim, começavam os preparativos para o novo Evil Dead – A Morte do Demônio (2013), que chega esta semana aos cinemas brasileiros.
Com a ajuda de seu fiel colaborador Rodo Sayagues, Alvarez teve carta branca para escrever o roteiro e fazer as alterações que se fizessem necessárias. A essência do original está lá, com diversas homenagens, mas a nova obra é bem melhor. Ações e reações são mais compreensíveis, os personagens demonstram ter mais bom senso e as situações são melhor amarradas. Os clichês habituais não se destacam, sendo usados discreta e apropriadamente, e os recursos visuais, mesmo simples e críveis, estão a anos luz do que foi visto em 1981. E, apesar de ser uma refilmagem e estarmos em uma época em que parece que tudo já foi feito, o filme realmente consegue surpreender, o que é um grande feito!
O problema começa quando eles encontram um livro maldito que traz algumas invocações a demônios milenares que não sossegam até levar todas as almas possíveis. Mia, com histórico de drogas e doença mental na família, é a vítima perfeita para uma possessão, já que ninguém acredita nela. É então que o sangue começa a jorrar, fazendo a felicidade de quem procura por este tipo de filme. Não faltam ferimentos, enquanto David continua afirmando que “ficará tudo bem”. O mesmo espírito do original, que estabeleceu Ash (vivido por Bruce Campbell) como um herói do gênero terror. Campbell, aqui, entra como produtor, mantendo seu laço com a franquia.
O fato de não existirem regras definidas sobre o funcionamento do livro e dos espíritos possessores deixa o futuro nas mãos dos roteiristas, que podem manipular a ação de acordo com a necessidade. O próprio livro já é estranho: para que trazer as palavras de invocação se ele ensina também a combater o mal? Mas aí seria se prender a detalhes. O prólogo estabelece os rumos e o clima da história e os 90 minutos que se seguem são de pura diversão.
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bem superior, hahahhahhahhahaha, só pode se zuera, o original é bem melhor