por Rodrigo “Piolho” Monteiro
Lançada no Brasil diretamente para o mercado de homevideo, Batman: O Cavaleiro das Trevas – Parte 2 (Batman: The Dark Knight Returns, Part 2, 2013) fecha a obra animada que adapta para a telinha a revista homônima criada por Frank Miller (texto e arte), Klaus Janson (arte-final) e Lynn Varley (cores) nos anos de 1980 para os quadrinhos e que redefiniu a figura do Homem-Morcego desde então. Essa segunda parte adapta a terceira e a quarta edições da minissérie, sendo que as duas primeiras foram o foco de Batman: O Cavaleiro das Trevas – Parte 1, animação lançada ao fim de dezembro de 2012 (leia aqui).
Nesse mesmo momento, há um conflito maior se avizinhando, na medida em que as tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética crescem e tudo leva a crer que uma guerra nuclear se aproxima. É bom lembrar que, na época em que a obra fora publicada, havia uma guerra ideológica entre EUA e a extinta URSS, a Guerra Fria. Enquanto os soviéticos aportam armas nucleares na ilha de Corto Maltese – quase uma versão de Cuba aqui – os EUA mobilizam sua maior arma visando encerrar o conflito rapidamente. Essa arma atende pelo nome de Superman.
Logo as coisas saem de controle em ambos os lados. Enquanto o Superman parte para guerra contra os soviéticos, Batman e Robin encaram o Coringa enquanto tentam se esquivar da polícia. A violenta sequência em que o vilão e o Cavaleiro das Trevas se enfrentam é uma das mais gráficas da minissérie e a transposição dela para as telas foi bastante satisfatória, mantendo uma fidelidade ao original que é difícil de se ver nesse tipo de obra, já que público-alvo geralmente é mais jovem. Aqueles que conhecem o original podem imaginar. Para aqueles que nunca leram os quadrinhos, basta dizer que há bastante ação e mais sangue do que o esperado.
Com ambos os problemas superados – as situações entre EUA e URSS e entre Batman e o Coringa – é hora de amarrar as pontas soltas até então. Outra subtrama se desenrola, dessa vez envolvendo o ex-comissário Gordon: o presidente dos EUA, Ronald Reagan, recebe um pedido de ajuda de Gotham para que ele envie seu “policial superpoderoso” à cidade para cuidar do problema chamado Batman, já que há uma lei em vigor nos EUA que forçara todos os ditos heróis (super ou não) e vigilantes a se aposentarem compulsoriamente. Batman claramente está desafiando essa lei.
No final das contas, ambas as partes de Batman: O Cavaleiro das Trevas se tornam animações muito atraentes que mostram que, apesar das falhas na tela grande, no mercado de desenhos animados a Warner continua a milhas de distância da concorrente, a Marvel Comics. Seria, na verdade, interessante ver como ela se sairia se lançada diretamente no cinema, aproveitando a alta que Batman tem tido nesse meio graças à trilogia de Christopher Nolan. Os produtores, no entanto, fizeram a escolha certa, já que as concessões que precisariam ser feitas no que diz respeito ao tom e mesmo à duração da obra – mais de 140 minutos em conjunto – tornariam-na algo muito diverso do original e isso provavelmente traria mais danos do que ganhos.
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Assisti agora aqui. Achei a animação excelente!