por Marcelo Seabra
Tatum vive Michael Lane, um sujeito bem ativo que se divide entre criar móveis e consertar telhados de dia e tirar a roupa à noite, quando ele assume a persona de Magic Mike. Em uma obra, Mike conhece Adam, um garoto sem rumo que ele acaba levando para a boate, sob sua tutela. Dallas, o chefe, o aceita e logo o coloca em uma espécie de treinamento. Adam passa, então, a ser mais uma atração da casa, que conta com outros três ou quatro fortões. Paralelamente, Mike, que tem um caso esporádico com uma bela psicóloga, começa a se interessar pela irmã mais velha de Adam, o que o faz pensar na vida que leva e em suas metas.
Soderbergh vem pulando entre gêneros e se alterna entre projetos de grande orçamento e outros mais discretos, mas é possível ver temas voltando à mesa. Alguns elementos de Magic Mike foram discutidos em Confissões de uma Garota de Programa (The Girlfriend Experience, 2009) e até na turma de Danny Ocean na trilogia do Segredo. Os personagens começam envoltos em glamour, com o tempo seus dilemas são mostrados e percebemos que aquilo pode funcionar por um período, não para sempre. A ideia é fazer um pé de meia e investir onde realmente se tem interesse. O diretor tenta ser realista e evitar clichês, o que às vezes é possível. Mas falha em não conseguir criar uma conexão entre personagem e público e entrega um longa emocionalmente distante. Depois de algum tempo, você quer mais é que Mike e os colegas peladões sumam da sua frente.
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