por Marcelo Seabra
Em uma temporada de premiações, com o Oscar chegando, dificilmente um filme de terror de baixo orçamento ganharia alguma atenção. Foi feito um certo barulho, sobre supostas cenas muito reais de exorcismo, e fica sempre aquela suspeita de tratar-se de um longa baseado em fatos. No fim, muito se prometeu e pouco se cumpriu. Como uma menina de uns 15 anos disse no final da projeção, parece que os realizadores de Filha do Mal (The Devil Inside, 2012) se cansaram e decidiram encerrar a história de qualquer jeito. Diga-se de passagem, pena que isso não foi a única coisa que ela falou.
Apesar do que pode parecer, passa-se a sessão inteira sem grandes emoções. Gritos e efeitos de pernas e braços que viram para os lados errados são constantes. O que o filme traz à tona não é bem o que William Brent Bell, seu diretor e roteirista, pretendia. Cansaço, impaciência e incredulidade são o que vêm à mente. E a moda das “filmagens encontradas” custa a passar, mesmo que não se acrescente nada à fórmula que fez a fama de A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999).
Engraçado, quanto mais se pensa sobre Filha do Mal, pior fica. Será que esse William Brent Bell e seu amigo Matthew Peterman (ambos do igualmente brilhante Stay Alive – Jogo Mortal, 2006) não releram o roteiro antes de entrarem em produção? E o que teria acontecido com aquele final? Preguiça pura? Tédio? Ou toda a criatividade que tinham foi gasta na primeira hora e vinte de filme? Comédia e terror têm isso em comum: muito se faz, mas fazer bem é tão difícil! Vou aproveitar e rever O Exorcista, matar a saudade de um ótimo exemplar do gênero.
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Acabou o orçamento, por isso aquele final :-p
Passarei bem longe!!!