por Rodrigo “Piolho” Monteiro
Desde que Zack Snyder levou 300 (2006), adaptação da minissérie em quadrinhos, às telas, Hollywood cismou de voltar à onda dos filmes baseados em lendas e mitologia grega. Assim, no rastro de 300, tivemos o desprazer de ver uma refilmagem de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) que, se muito, fez um desfavor ao original (de 1981).
O fracasso comercial e de crítica de Fúria, no entanto, não desanimou Hollywood, que pouco depois nos presenteou com Imortais (Immortals, 2011), um filme daqueles que são uma diversão razoável para um domingo à tarde, com um saco de pipocas gigante e um litro de refrigerante ao lado, mas que não têm mais nada além disso. É o tipo descartável que, passadas poucas horas de sua exibição, você quase nem se lembra. E, claro, não serve como aula de História, não espere um pingo de fidelidade à mitologia que é usada como base. Ao menos, serve como consolo o fato de que o diretor Tarsem Singh amarrou melhor a trama que em seu mais famoso A Cela (The Cell, 2000), que era bonito, mas confuso.
Quando o filme começa, o Rei Hipérion (Mickey Rourke, em um piloto automático que beira a canastrice) está em busca de vingança. Em seu mundo maniqueísta, os deuses não impediram que sua família fosse vitimada por uma doença. Logo, ele deveria promover a queda das divindades. Para tal, sai em busca do Arco de Épiro, uma arma capaz de libertar os Titãs de sua prisão e colocá-los no encalço dos deuses.
Os caminhos de Hipérion e Teseu se encontram quando o Rei invade a vila do herói e assassina sua mãe na frente dele. Hipérion está em busca da oráculo Phaedra (Freida Pinto, de O Planeta dos Macacos: A Origem), a única pessoa no mundo que, através de visões, poderia localizar o arco. Capturados, Teseu e Phaedra acabam se unindo na missão de impedir que Hipérion primeiro obtenha e, depois, use o arco. Paralelamente, Zeus, Atena, Poseidon e os demais deuses observam tudo sem interferir diretamente, devido a uma lei antiga que os impede de tal coisa. Ou quase…
Como dito acima, Imortais é um filme totalmente descartável. Abusa dos efeitos visuais, das sequências de lutas – exageradas até onde não se pode mais – e se concentra pouco em contar uma boa história. E tampouco nos fazer simpatizar por seus protagonistas. Há coisas totalmente sem sentido, como o fato de Zeus – o deus grego da tempestade – sequer usar seus poderes uma vez no filme, optando pela velha pancadaria física em detrimento de poderes divinos que resolveriam a briga em 2 segundos. O uso do 3D no filme é outra coisa totalmente desnecessária. Fora um pozinho aqui, um sanguinho ali, o 3D em Imortais serve apenas para fazer o filme ficar mais escuro e encarecer o ingresso do cinema.
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