por Marcelo Seabra
Barney é um sujeito rabugento, cheio de defeitos e fisicamente comum, como há centenas por aí. Mas suas reclamações e senso crítico aguçado o tornam uma pessoa divertida, se você não precisa passar muito tempo com ele. Sua vida é conturbada, amigos e amores passam e deixam suas marcas. Resumindo: a vida de Barney é interessante o suficiente para virar um livro. Depois, quem sabe, até um filme.
Minha Versão do Amor (Barney’s Version, 2010) é a adaptação de um romance de Mordecai Richler que não pode ser classificado como comédia, drama ou suspense. Mas há riso, choro e intriga. Mais ou menos como no mundo real, Barney não é apenas uma coisa, um estereótipo qualquer. Ele é um chato que acaba se tornando uma figura curiosa. Muito, devido ao grande talento de Paul Giamatti, agraciado com um Globo de Ouro como melhor ator em um filme de comédia ou musical por este trabalho.
Demonstrando grande devoção ao material original de Richler, lançado em 1997, o diretor Richard J. Lewis, o roteirista Michael Konyves e o produtor Robert Lantos fazem uma homenagem ao escritor prestando atenção a detalhes e fazendo pequenas e justificadas mudanças, como tirar a juventude dos personagens da Paris dos anos 50 e a levar para a Roma dos anos 70. Não pretendo entrar na dispensável disputa entre livro e filme, mesmo porque é bem possível que os fãs de um gostem do outro.
Minha Versão do Amor (ou A Versão de Barney, que seria um título melhor) passou rapidamente pelos cinemas e muita gente nem deve ter notado. Mas já é possível corrigir esse erro nas locadoras. Apesar de todo o álcool, charutos, hockey e mancadas, foi uma vida bem vivida, que vale a pena acompanhar.
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