por Marcelo Seabra
Patricinha da cidade grande chega a vilarejo, acidentalmente faz o bonzão local ficar mal frente aos amigos e sai impune, rumo ao casebre que alugou para, sozinha, escrever. Ela não contava que o tal bonzão e os tais amigos igualmente incapacitados intelectualmente seriam os caipiras de plantão que assobram as pessoas cultas e urbanas desde os tempos de Sob o Domínio do Medo (Straw Dogs, 1971) e Amargo Pesadelo (Deliverance, 1972). Logo, ela teria que pagar sendo aterrorizada, torturada e estuprada (como podemos ver acima), reforçando estereótipos de jovens do interior, que seriam estúpidos e unidos na violência, e mostrando uma polícia que remete a O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre, 2003).
Se estas poucas linhas já te deixaram enjoado, posso garantir que não foi só a violência exacerbada que causou isso. O amontoado de clichês e exageros ajudou bastante. De vítima, a jovem vira o Jason de Sexta-feira 13 (Friday the 13th, 2009), uma exímia caçadora que parece ser cruel desde pequenininha. Aí, começam os Jogos Mortais (Saw, 2004), com um a um do bando morrendo de uma nova e criativa forma, causada por eles mesmos (em quase todas). Nesse momento, A Última Casa (The Last House on the Left, 2009) é deixado para trás no quesito verossimilhança e o longa nos apresenta a uma formidável psicopata, pior do que seus algozes.
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O filme é muito bom!
Você critica porque não pode fazer melhor!!
É, Alexandre, todo mundo tem direito a opinião. Mas é muito mais interessante quando ela é embasada por argumentos.
Abraço!