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Conforme foi previsto por todos menos pelos populistas, PEC das Domésticas deu errado

Não há progresso sem livre mercado. Não há desenvolvimento com economia regulamentada e fechada. Só há desemprego (no setor privado) e fartura (no serviço público)

Heroínas de si mesmas (Imagem: Google)

Como era esperado, ao menos por quem possui a capacidade de somar dois com dois, após cinco anos da aprovação da chamada Lei das Domésticas, o número de empregados domésticos com carteira assinada caiu 15%.

O setor ostentava, antes da lei, quase 70% de informalidade. Vale dizer, 7 em cada 10 empregados trabalhavam sem carteira assinada. Os 30% de patrões que cumpriam suas obrigações foram penalizados e sobrecarregados com as novas obrigações. Resultado: demissão em massa e mais informalidade.

O que me irrita profundamente é que andamos em círculo, nunca aprendemos com nossos erros. O mesmo vem ocorrendo no setor de bares e restaurantes, após a lei que regulamentou as gorjetas. Os estabelecimentos tiveram que aumentar os preços, já que o governo tributou os “10%”, e vários fecharam, causando mais desemprego e menos arrecadação de impostos.

Sempre que o Estado mete sua mão grande ou políticos populistas aparecem com propostas eleitoreiras, quem paga o pato são os empresários e os próprios trabalhadores. Geralmente ambos, juntos. E aqueles que inventam toda a merda continuam felizes com seus empregos, salários e super-benefícios. Vide as Beneditas da Silva da vida.

Recentemente o STJ decidiu ser proibida a maldita Taxa de Conveniência cobrada na compra de ingressos pela internet. Maldita? Sim, maldita. Quem não sente muita raiva do acréscimo? Mas, raiva por raiva, sinto muito mais pelo Estado, que me tira tudo e não me devolve nada.

Ora, comprar ingresso pela internet não é obrigatório. Aliás, comprar ingresso não é obrigatório. Compra quem quer. E quem não quer pagar a maldita taxa, que mexa o bumbum até um posto de venda e seja feliz. O que não dá é para um bando de burocratas, com seus empregos e salários garantidos, interferirem num setor que emprega centenas de milhares e gera uma fortuna em impostos.

Quando o Presidente Bolsonaro diz — na sua forma peculiar e tosca de ser — que os encargos trabalhistas assassinam os empregos, ele está correto. Vejam o exemplo da maior economia do planeta, os EUA. É tão ruim “trabalhar sem direitos” que gente do mundo inteiro emigra para o Tio Sam para sentir na pele os efeitos perversos de um mercado de trabalho livre, onde patrão e empregado se entendem, diretamente, sem as babás do Estado para atrapalhar.

Americano não tem fundo de garantia, mas tem emprego. Americano não tem adicional de férias, mas tem salário decente. Americano não recebe vale transporte, mas tem carro.

O dia em que essa gente (políticos e governantes diversos) travestida de defensores do povo parar de se meter no sal sobre a mesa; no canudinho de plástico; na bagagem do avião; na cerveja do estádio; no estacionamento do shopping etc, e começar a cuidar das reformas da previdência, fiscal, tributária, politica, administrativa e todas as demais que tanto precisamos, acreditem, começaremos a caminhar para algo um pouco melhor.

Até lá, ao menos deveriam consolar os milhões de desempregados que produzem por causa do amor e cuidado que têm pelo povo.

Leia mais.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • Acredito no livre mercado mas esses números levaram em conta a recessão e o desemprego gigantesco que a Dilma criou?

    • Não se trata da recessão, Rafaela, mas, sim, de uma lei que dificultou a contratação e manutenção do emprego, ainda que o momento econômico seja ruim. Veja você: a informalidade cresceu dentre as famílias que assinavam as carteiras. Pela perda do poder aquisitivo? Sem dúvida. Acrescido do aumento do custo mensal. Simples. E triste!

  • Querem mandar até na cor das cuecas alheias,e o que precisa que é corte nos benefícios absurdos da câmara,do STF,e demais órgãos ninguém fala ou faz nada...

  • E tem mais: americanos não têm aviso prévio, gestantes não têm estabilidade nem recebem auxilio maternidade, afastam-se 30 dias com licença não remunerada para o parto e, se não voltarem no 31º dia seu contrato é encerrado sem custo algum.

    Aqui, os filhos das gestantes empregadas desfrutam da licença e estabilidade da mãe em até 14 meses, enquanto os filhos das desempregadas não tem direito algum, o que fere a isonomia da CF.

    A intromissão e paternalismo do governo na iniciativa privada só gera prejuízo e viciados em vagabundagem remunerada.

    Uma coisa que a maioria dos trabalhadores enganados pelo Lula não sabe é que os valores das folhas de pagamento deveriam ser obrigatoriamente mantidos inalterados para garantir a sobrevivência das empresas paralisadas.
    Com isso, os custos dos aumentos dos salários e dos benefícios conquistados nas greves eram TODOS compensados pelas demissões feitas em "conta gotas", corte nas contratações, não reposição das vagas abertas e implantação de novas tecnologias, em até 2 meses após o retorno ao trabalho.

    No ABC, uma indústria automobilística que tinha 45 mil empregados em 1979, reduziu para 15 mil em 1989 e hoje tem só uns 9 a 10 mil.
    E ainda fez uma "média" com o governo, relançando seu famoso veículo popular, que foi um fracasso total, apenas para atender a uma ordem política modernista do Itamar. he he...

  • A benedita da silva é aquela pilantra, que nos tempos de luladrão, utilizava o nosso dinheiro público para fazer caminhadas evangélicas em Portugal, às nossas custas.
    O castigo chegará em breve para esta vagabunda, pilantra de marca maior.

  • Ricardo,

    É sufocante.
    Parece sogra no pé da filha pertubando o casamento com coisas em que
    o casal consegue se virar se terceiros não se meterem.

    O atrelamento populista desmotiva a estratégia de gestão,
    a política interna, o diálogo entre empregado e patrão, reformas
    internas enfim, não há uma flexibilidade.

    Há uma hiper subestimação ao patrão e uma hiper superestimação
    ao empregado. O líder é tratado como subordinado e o subordinado como líder.
    Focos invertidos e, consequentemento, resultados invertidos: ao invés de crescer o
    número de trabalhadores, diminui.

    Coisa típica do socialismo.
    Roupa suja se lava em casa.

  • Olá Inundado, o que a classe média brasileira quer, (se é que o Brasil tem classe média) é dizer: meu banheiro eu não limpo, quero ele brilhando, pago R$ 300, e se reclamar tem polícia para deitar a madeira no lombo. É uma saudade danada do tempo da escravidão, que aliás durou quase quatro séculos.
    É tão básico, mas digamos uma vez mais: quem vai aos EUA para ser humilhado, pois, viverá nos cantos, prestando serviços indignos, sendo considerado escória, são as pessoas que em suas origens estão abaixo da dignidade. Entre o péssimo e o ruim, optam pelo segundo. Não é pelo fato de lá não ter leis protetivas. Aliás, a falta de proteção é o que sobra nesse chão de mundo.
    ALERTA: A quantidade de xingamentos neste blog vai ultrapassando os cornos da lua.

    • trabalho de doméstica é indigno caro Cidra? "prestando serviços indignos" ... Não existe trabalho indigno.
      Aposto que voce tem empregada. Talvez vc nao a demitiu... mas um monte sim. Por 300 reais meu amigo, vc nao arruma nada. A diária destas pessoas é por volta de 100-200 reais. Diaria. Sabe quanto paguei sexta feira de e-social? 356 reais. Daí a minha funcionaria ainda fica pedindo pra mandar ela embora para pegar o acerto, pq deve todo mundo. E então, depois ela procura os advogados rapinosos e mal-intencionados (cujo os lacaios ficam na porta do ministério do trabalho abordando cidadãos) para me levar na justiça. Viva o Brasil! E parabéns Senhor ex-presidente! 1 ano na cadeia! k

      • Guimarães, sem o mínimo de boa vontade o diálogo fica prejudicado. Veja, a brasileira que trabalha de doméstica aqui no país, em geral, não esta em indignidade, mas, em geral, esta numa situação muito estigmatizada, baixa remuneração e muito preconceito. É ou não é? Fora disso são as honrosas exceções.
        A sua empregada deve para todo mundo? Tá parecendo a torcido do GALO, do menguinho, do curíntia, do Bahia, do Inter, do Vozão... Que coisa, não? Parece que ela num tá sozinha nesse país a deriva!
        Já o grosso de brasileiros que vão aos EUA vivem humilhados, são os cabeças pretas, as baratas, fazem os trabalhos sujos, quando não abjetos, vivem nos biombos bem demarcados, são estrangeiros, quase desterrados.
        Você treme de medo de ir ao judiciário para lá ser injustiçado que nem Lulinha Paz e Amor? Se não é por isso, porque haveria tanto receio de ser chamado lá, se és uma pessoa cumpridora? Acorda pra vida, rapaz!

  • Como as pessoas não se cansam de comparar Brasil e EUA ao falar de emprego? É como comparar um faquir e um alterofilista. Aqui impera a política da escassez. Não são apenas os políticos os incompetentes, os empresários brasileiros também o são. Mal preparados e exploradores. Aqui somos 3o mundo, as pessoas se esquecem disso ao falar de emprego. Muitos só tem o mérito de serem bem nascidos. Nossa economia é reflexo de nossa sociedade sem cultura que acha que pode se comparar a uma economia gigante igual à americana. Nosso padrão, muito mais simplório, se pauta em outras regras. Subemprego e trabalhador despreparado, explorado e preguiçoso. É esse o nosso padrão.

  • Ricardo, se me permite...
    É melhor deslocar 21 km (ida e volta) para comprar um ingresso no Mineirão ou pagar 9 reais pelo ingresso via internet?
    Interferência desnecessária, penso.
    Pago a taxa sem susto.

      • Se é pela taxa de Internet de 9 reais, lá no Independência tb tem.
        Foi uma interferência desnecessária do governo.
        Não achava que estava sendo explorado quando usava a facilidade. Tem certas situações que devem ser resolvidas mais livremente.

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