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Tudo junto e misturado: Israel, Brasil, heroísmo, solidariedade, rancor; leia

Alguns sentimentos são tão densos e poderosos, que não encontramos na linguagem escrita palavras que possam expressar a realidade das nossas sensações.

(Foto: IDF/Divulgação)

IDF. Estas três letras unidas formam a sigla das Forças Armadas de Israel: Israel Defense Forces. Mundialmente e historicamente reconhecidas por feitos memoráveis, inacreditáveis. Para alguns, verdadeiramente milagrosos.

A principal de suas missões, como o próprio nome nos lembra, é a defesa do Estado de Israel e seu povo. Note, prezado leitor: povo significa todos os israelenses e residentes daquele solo sagrado, sejam judeus, cristãos, islâmicos, budistas ou o que quer que exista por lá.

Não menos importante e honroso é o grupamento especializado em socorro a grandes catástrofes.

Desde 1953, na Grécia, passando por Cambodja (1975), México (1985), Armênia (1988), Romênia (1989), Croácia (1992), Argentina (1994), Congo (1994), Quênia (1998), Macedônia e Turquia (1999), Índia (2001), Egito e Sri Lanka (2004), Estados unidos (2005), Haiti e Colômbia (2010), Japão (2011), Bulgária e Gana (2012), Filipinas (2013), Nepal (2015), México novamente (2017) até os dias atuais, em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil, coragem, tecnologia, solidariedade e abnegação pela vida humana têm sido marcantes no atendimento às vítimas de terremotos, explosões, inundações e toda sorte de infortúnios, naturais ou não.

É lamentável — na falta de uma palavra que expresse de forma mais adequada, tamanhas infâmia e ingratidão — que parte da sociedade brasileira, reverberada por alguns veículos de imprensa, maldigam ou diminuam a importância do gesto israelense em território nacional.

A Folha de São Paulo, através do seu portal de internet UOL, estampou manchete: “Equipamentos de Israel não são efetivos para as buscas”. Segundo o Jornal, palavras do tenente-coronel Eduardo Ângelo — horas depois desmentidas pelo (excelente) porta-voz do Corpo de Bombeiros tenente Pedro Aihara.

Já na coluna Radar, da Revista Veja, podemos ler: “Presença de militares de Israel incomoda Exército brasileiro”.

E mais: “A presença de militares de Israel para ajudar nas buscas em Brumadinho (MG) gerou incômodo em oficiais do Exército brasileiro. E também nas forças militares de Minas que trabalham no cenário da tragédia. O capitão Bolsonaro, ao aceitar a ajuda do amigo Netanyahu, abriu arestas em sua própria casa. Na caserna, virou motivo de chacota a imagem de um israelense se afundando na lama e sendo retirado por um bombeiro de Minas. A constatação de que o maquinário israelense não é apropriado para terreno com tanta lama também gerou piadinhas”.

Eis aí o que há de mais baixo no espírito humano!

Capitão Bolsonaro, amigo Netanyahu, caserna… E a foto (abaixo) que ilustra a matéria? Quanta ironia ideológica sem sentido, meu Deus.

(Foto: Leo Correa/AP)

Se forem verdadeiras as informações — o que custo a aceitar, já que militares são imbuídos de outro tipo de espírito — tendo a crer partirem de poucos gatos pingados, pinçados a fim de justamente produzir matérias desta natureza. Se não forem, ou forem super estimadas, o que me parece mais lógico, o jornalista presta não só um desserviço ao próprio Brasil, mas faz parecer, aos olhos de quem está aqui gratuitamente apenas para ajudar, sermos um povo rude, cruel, ingrato e soberbo.

Ideologizar a ajuda israelense, como vêm fazendo políticos de esquerda, é transformar um ato de solidariedade em algo mesquinho. O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Sheli, ouviu, em uma das primeiras perguntas que lhe fizeram, em entrevista coletiva, se o auxílio era de natureza política. Espantado com a falta de educação e impropriedade da pergunta, ele apenas respondeu: “não é hora para política. Temos vidas a salvar”.

Aqui e acolá, comentários grotescos pipocam nas redes sociais e na internet. A maioria critica a ajuda de Israel dizendo tratar-se de “puro marketing”. Coisas assim são ditas há décadas, no mundo inteiro, sempre que Israel prontamente auxilia algum país ou alguém. Um caso recente é o de um garoto palestino, de apenas 4 anos, operado e tratado gratuitamente em Israel, que voltou a andar após um tumor. Perguntem à mãe da criança se ela está preocupada com ideologia ou religião.

(Foto: ALF News)

Da mesma forma, perguntem aos parentes da vítimas se eles estão aliviados por ter mais gente (capacitada ou não, com equipamentos efetivos ou não, judeus ou não, de direita ou não, etc, etc, etc) buscando regatar os corpos desaparecidos dos seus entes queridos.

Marketing? E se for? Coloquem-se no lugar de quem está sofrendo e escolham.

Espero, sinceramente, que estes bravos heróis israelenses, após viajar mais de 10 mil Km, por mais de 13 horas, apenas para ajudar seres humanos, não levem do Brasil o mesmo sentimento que me toma neste momento. Espero, isso sim, que carreguem na lembrança a ajuda que vêm recebendo de dezenas de judeus locais, que abandonaram suas atividades diárias e estão à disposição para auxiliar na tradução do hebraico, na preparação de comida Kosher e outras formas de apoio.

Este é o verdadeiro espírito solidário e colaborativo da maioria absoluta dos brasileiros. Bem como nossa profunda gratidão e respeito.

Neste momento, meus caros, como eu disse lá no começo, me faltam palavras para adjetivar certos tipos. Por ora, apenas segrego-os no grupo que não merece a classificação de Ser Humano.

Leia mas.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • Olá Inundado, agora aventura-se no campo do melodrama. Era o que faltava!

    O certo é que o Bolso Naro, que um dia esteve na caserna, despreza o potencial e a capacidade dos militares brasileiros e com isso sobra mais serviço para os valentes do Corpo de Bombeiros de MG.
    Não bastasse o dano, tem o vexame!

    • É muito cedo para tirar conclusões, nem terminamos o primeiro janeiro ainda, vamos ter mais três. E olha que já estamos no lucro, o roubo diminuiu demais nesses primeiros 29 dias e já aponta melhorias. Você e seus companheiros estão desrespeitando o presidente Bolsonaro o tempo todo. Desrespeito, igual a esse seu de hoje, não é o único, tem vários todos os dias em praticamente todas as mídias, partem sempre do mesmo grupo de pessoas, que nem precisam de um carimbo na testa para ser identificado a que grupo pertence, é possível reconhecer pelo tom da crítica, sempre destrutiva, covarde e mentirosa, é claro. Mas, essa é pica é de vocês, porque, independente de ser o Bolsonaro o nosso presidente, o brasileiro está conseguindo enxergar a olho nu quem são os amigos e quem são os FDP. Amigo é amigo, FDP é FDP.

  • Esses bravos israelenses fazem parte do "Home front command " uma parte do IDF treinada e equipada para operacoes de resgate de catástrofes e guerras dentro do territorio israelenses.

  • Olá Distinto, o dever de fidelidade aos fatos deve orientar a informar que: "No desastre de Brumadinho, o inacreditável presidente da República, Jair Bolsonaro, o que bate continência até para assessor de governo norte-americano, esqueceu totalmente do papel das Forças Armadas brasileiras nos trabalhos. Preferiu tornar-se garoto-propaganda da tecnologia israelense. Aliás, a afoiteza com que seu filho Flávio e o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciaram a ida a Israel para comprar equipamentos de segurança, mal terminadas as eleições, pode ser um indicativo dessa paixão incontida".
    Assim diz quem conhece e é importante que mais pessoas também saibam!

    • Ou é ignorância, desinformação ou idiotice o comentário, quando não as três possibilidades juntas, para esse arremedo de alma vomitar idiotices. Se esquece o escrevinhador, que o Governador petista do Piauí, às custas do seu sofrido povo, a despeito de ter com esse mesmo dinheiro várias, infinitas possibilidades para férias, foi gozá-las... em Israel. Capachos da esquerda corrupta brasileira pensam, se é que são capazes dessa façanha, com o fígado e seus intestinos fétidos.

  • Olá Distinto, consultando os anais da história verificamos que durante SESSENTA anos, desde a sua fundação com o Presidente da República Arthur Bernardes, sim, aquele rapaz de Luz, não houve rompimento de represa da Vale. Mais uma evidencia que as ESTATAIS respeitam mais as vidas, (humanos, animais, vegetais) pois, elas não se movem apenas na busca do lucro desmedido, nem vive apenas para agradar e paparicar acionista sem rosto e sem sensibilidade.
    É preto no branco, como dizia Fernando José mato a cobra e mostro o pau.

  • “Ideologizar a ajuda israelense, como vêm fazendo políticos de esquerda, é transformar um ato de solidariedade em algo mesquinho.”
    Pedir a um esquerdista para não ideologizar tudo e não ser mesquinho é o mesmo que pedir que ele não seja de esquerda.

  • Que vergonha ! Que tristeza ! Toda a nossa gratidão aos bravos homens que lá estão, mas em especial a este povo que não poupou esforços para nos ajudar. Obrigada e "Viva Israel" !!!!! Nosso país os recebe de braços abertos.
    O resto...é o resto ! Irrelevante !

    Ao povo judeu, todo o nosso carinho, admiração, respeito e gratidão !

  • Cidrac,

    Eu fico admirado por sua hipocrisia descarada.
    Coa um mosquito, mas engole um camelo.

    Vamos nessa:

    1. Israel aqui é marketing e homilhação ao nosso exército? E os médicos de Cuba, não eram propaganda?
    Não eram humilhação ssos
    Acha que os médicos do Mais Médicos propagavam a democracia cubana? Lá é uma ditadura, da qual alguns médicos jamais querem voltar;

    2. Quem é você para falar de "melodrama" de Ricardo ou de qualquer outro?
    Justamente você, que vive meloso ao falar do Mentor no saque da Petrobras, Luiz Inácio Lula da Silva;

    3. Caso não saiba, a barragem começou a cair não pelo fato de privatização meramente,
    mas pela crise econômica erguida pela Dilma Rousseff, em 2014, que foi fazendo o meio ambiente
    ter cada vez monos verba, ao ponto de não ter dinheiro suficiente para pagar
    fiscalização. Usa sua inteligência de zero a esquerda e entenda que tal barragem não foi feita de açúcar e precisou de muito tempo para se romper.
    Isso é FRUTO das gestões anteriores. Bolsonaro pegou o país só o bagaço,
    por culp adas gestões anteriores. Olha quanto o PT gastou na campanha. Eles não são bons de gestão, se toque do real.
    Lerdeza tem limite.

    • Migerdan, isso é nome ou meio de refugiar-se na covardia do anonimato?
      Quanto ao seu item 1. A medicina em Cuba serve ao seu povo, vide quantas marcas alcançaram, em que pese a penúria que vivem. No Brasil, a maioria esmagadora dos médicos quer charlar nos shoppings, nas baladas, nos restaurantes, de vez em quando um pulinho em Miami, mas não vão aos rincões do país nem nas favelas das grandes cidades, por isso foi necessário buscar médico na Ilha. O povo que foi atendido pelos médicos cubanos aprovaram e gostaram. Dizer o que?
      Já o chamado de militar estrangeiro, além de desnecessário no contesto atual, ofende norma da Constituição. Além disso é, no mínimo) um desprestígio as Forças Armadas brasileiras! Saia da escuridão.

    • Liga não, tenha dó dele Migerdan!
      Basta lembrar de onde ele é, que partido ele apoia e que partido venceu pra governador no estado dele.
      Sim sou bichafóbico, burrofóbico e lugarfóbico também, tenho verdadeira aversão, quem discorda...suicide!

  • Essa linda israelense com as bandeiras festejando os dois países irmãos deveria ser recebida pela nossa primeiríssima dama para simbolizar o reconhecimento público da histórica missão solidária do seu povo.
    E atuar com ela na busca e disponibilização para acesso gratuito (como é nos EUA) de tecnologia israelense de ponta para nossos surdos, com voz e legenda de voz (em português e libras) captadas via aplicativos pelos smartphones para expulsarmos esses monopólios de fornecedores instalados aqui há 50 anos e que cobram de 5 a 14 mil reais por cada aparelho auditivo.

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