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E não é que o picolé de xuxu “xurtou” ***

Em franco desespero pela queda livre nas pesquisas de intenção de voto, após chamar Bolsonaro para briga e ser ignorado, Alckmin tem seu dia de Ciro Gomes e promete taxar os mais ricos

Foto: Google Images

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ostenta em seu curriculum uma façanha inédita: conseguiu obter menos votos no segundo turno da eleição presidencial de 2006 que no primeiro. Perdeu 2 milhões de votos em 15 dias. Talvez reflexo do papelão ao vestir uma jaqueta ridícula com os logos das estatais a fim de desmentir os boatos espalhados pelos petistas (como sempre fazem, aliás) de que iria privatizar todas.

Geraldo vem tendo participação desastrosa neste período de pré-campanha. Quase não aparece, e quando aparece só diz besteiras. Ao responder sobre quando sua campanha “decolaria”, disse que “quem decola é avião“. Ontem bateu boca, pelo Twitter, com Jair Bolsonaro e foi humilhado. Ao desafiar o líder das pesquisas para um debate sobre segurança pública (um trunfo seu diante do sucesso obtido em São Paulo) ouviu um “quando atingir dois dígitos nas pesquisas me ligue“.

No mesmo dia, pela manhã, foi pressionado por membros do PSDB a retirar sua pré-candidatura e abrir espaço para um outro nome mais competitivo. Bateu o pé e disse que não. Com 6% a 8% de intenção de voto, passará por uma vergonha histórica se não conseguir reverter o quadro de total desprezo popular. Mas não será atirando para todos os lados que conseguirá. Ainda mais se for atirar contra o que ainda lhe restou de eleitorado.

Alckmin esteve na Bahia e disparou:O Brasil é um dos países mais injustos do mundo. Isso aqui é o paraíso dos milionários e dos privilegiados“. E depois:O Brasil ficou parado por causa da carga tributária alta e injusta. O pobre paga muito mais imposto que o rico“. Ulalá!! Falou o governador do estado mais rico do país, berço do que há de mais moderno e próximo do desenvolvimento no Brasil. Imagina que, ao ser ignorado por Bolsonaro, pode roubar a agenda tosca e retrógrada de Ciro Gomes a fim de polarizar com o ex-militar.

Sabem o que irá acontecer? Irá desidratar ainda mais e fará campanha para ninguém ver. Alckmin é o retrato acabado do que se tornou o PSDB: um partido escravo da agenda petista — seja na corrupção ou no populismo de fachada.

Certamente terá o mesmo melancólico fim.

*** O meu chuchu é com X e ninguém tasca! ***

Leia mais.

Ricardo Kertzman

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  • Excelente texto mestre Ricardo!
    Eventual eleição do Bolsonaro é reflexo direto e responsabilidade total da classe política que são os mesmos nomes e mesmos líderes há mais de 20-30 anos, sem qualquer renovação.
    Esta classe política desprezou por completo os valores sociais, apostou na passividade do cidadão, menosprezou o poder das mídias sociais e os verdadeiros interesses dos eleitores.
    Criaram a maior quadrilha de bandidos já noticiada num sistema político. Apostando na política do café com leite moderna (PT, PSDB, MDB), onde todos ganham milhões, independentemente de quem está no poder.
    O PSDB teve todas as chances do mundo para fazer verdadeira oposição ao PT. Nunca fez. Teve inúmeras oportunidades de se mostrar diferente dos demais, no quesito corrupção. Nada fez. Preferiu defender os seus líderes-caciques corruptos, à despeito dos flagras nojentos e indesculpáveis que todos nós vimos e ouvimos. Fez um corporativismo muito assemelhado ao PT, que prescinde comentários.
    O Alkmim hoje é água de salsicha. Não serve pra nada. É o retrato do que o partido dele plantou por 15 anos.
    O povo hoje está diferente, fala e pensa em política. Não há como negar. Estamos há 10 dias da Copa do Mundo, o ópio do brasileiro, e nada se vê nas ruas, nos noticiários, nos papos de boteco.
    Tudo isso explica em parte o desprezo ao Alkmin e a liderança do Bolsonaro.

  • A riqueza não é uma anomalia a ser punida. Muito antes pelo contrário.
    Para a esquerda a mediocridade é um direito e a virtude uma ofensa, com a meritocracia sendo transformada em uma anomalia, dentro da narrativa da "justiça social".
    Ora, bolas!
    Acaso, existe justiça que não seja social?

    • Muito bem dito! Para estes comunistas, ninguém pode ser bem sucedido. Se é bem sucedido porque explorou alguém ou roubou. Aos seus mestres, lhes é permitido andarem de carro importado, viajar para a Europa e morar em coberturas. Eles sim, tem este direito. O resto... é LADRÃO.
      E sim, estou desesperado . Não porque sou de direita e sim porque me preocupo com o futuro dos meus filhos e do meu país.

  • Antes de qualquer coisa, é preciso lembrar que o imposto sobre grandes fortunas é mandamento constitucional, e não mera promessa de campanha. Só não saiu ainda do papel devido à força política dos grupos interessados em mantê-lo letra morta. Infelizmente, as campanhas políticas no Brasil são intrinsecamente incoerentes e oportunistas, sempre se ajustando às demandas dos marqueteiros de plantão. Porém, se acham injusto ou "baboseira" taxar grandes fortunas, que busquem a mudança na Constituição, pois aqueles que verdadeiramente lutam pela implementação do tributo nada mais fazem do que buscar a efetivação do texto constitucional.

  • Não entendo como um portal importante como o UAI dá espaço para um colunista fraco como Ricardo Kertzman. Além das ideias ultrapassadas e obsessão pelo PT, o colunista abusa dos erros de português. Até quando o UAI vai dar emprego para amadores? BH e Minas merecem colunistas melhores, seja de direita ou de esquerda.

    • Rogerio, entenda uma coisa: o Ricardo Kertzman aqui não é colunista, é blogueiro. Vou desenhar: um colunista é contratado e pago por um veículo para escrever. No meu caso, nem uma coisa nem outra acontecem. Blog é um espaço (virtual) onde o blogueiro expressa suas opiniões, no meu caso... as minhas! Se são ultrapassadas ou não ou te agradam ou não, pouco importa para mim ou para o UAI. Tanto eu como o Portal iremos continuar, já que outras tantas pessoas não concordam com seu ponto de vista, sacou? O nome disso é democracia, é pluralidade, algo incompreensível para certo tipo de "gente".

      Por fim, antes de criticar meus erros de Português (sei lá quais) releia sua última frase. Talvez te ensine um pouco sobre si mesmo.

  • Então a tributação progressiva, com base na capacidade contributiva, nos termos da Constituição, fazendo com que a população mais pobre sofra menos por conta da tributação no consumo é uma agenda retrógada? O autor do texto deve achar bom mesmo é que se pague 18% de ICMS no gás de cozinha ou tenha como alternativa cozinhar depois de catar lenha no mato. Pode ainda achar justíssimo que incida tributos sobre itens básicos, como papel higiênico e creme dental. É bom o colunista deixar tão claro seu lado. Que continue defendendo que lucros e heranças sejam tributados em alíquotas módicas, enquanto o povão tenha que pagar para manter os serviços públicos quando vai comprar, suadamente, remédios, comida, combustíveis e insumos básicos.

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