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Vai, malandra! Se quiser, te digo onde…

Se Anitta soltar um “arrotinho” após um gole de cerveja, no dia seguinte a AMBEV a contrata como garota-propaganda da Skol

Ai, ai, ai…

Caraca! Anita, Anita, Anita. E vou escrever com um T mesmo. Me poupará tempo e saco para esta breguice de letras dobradas: Andersonn, Murillo, Anna, Bettinna. Daqui a pouco, João será Joãão e Maria será Mariaah. Um dia, nossos modismos serão diferentes: honestidade, educação, civismo. O brasileiro só copia o que não presta.

Ouvi Anita há uns cinco anos, na época da insuportável “Show das Poderosas”. Sempre que minha filha, então com sete, cantava aquela porcaria, minha pressão arterial batia em 28×60. Uma vez, no dia dos pais, sua turminha de escola dançou este troço. Com dedinho na boca e tudo! Na boa, vi minha avó pela greta. O AVC era iminente.

Procurei saber quem era a tal cantora número 1 do Brasil. Ainda que, em tempos de sertanejo e de funk, ser a número 1 equivalesse a disputar a milionésima posição nos anos 80 e 90. Putz! Eu ouvia Lobão, Paralamas, Léo Jaime, Legião, Titãs. Hoje ouvem Anitta! Para piorar, até comecei a escrever com dois T’s, repararam? Raios!

Pois bem. Finalmente descobri quem era ela. Diliça, hein! Daí comecei a vê-la — jamais ouvi-la — com mais frequência. É o que faço até hoje. As leitoras que me perdoem por meu sexismo (ou seria misoginia?), mas a moçoila é top mesmo, “capa de revista”, hehe. Tem uma música assim, não tem? Pois é. Lindinha, lindinha.

Bem, eis que aquele bumbum magistral não sai mais das manchetes: Anitta isso, Anitta aquilo. E estes malditos dois T’s?!? O corretor de textos fica piscando uma linha vermelha igual a “giroflex” de carro de polícia. Anita, Anita, Anita. Pronto! Um T apenas e fim do maldito “giroflex”. Caramba! Será que não dá para escrever Anita direito, Anitta?

Não sei se ela canta ou dança bem, mas imagino que sim. Se bunda resolvesse tudo, Carla Perez teria sido Madonna. O fato é que a funkeira conseguiu transformar até celulite em charme, vejam vocês. E a gente sequer notou aqueles dois malas, Caetano e Gil, na abertura da Olimpíada. Isso mostra todo o poder da sua, digamos assim, presença de palco.

É o seguinte: não ouço mesmo suas músicas. Não tenho saco. A vejo aqui e acolá, a acho linda e pra lá de sensual. Só. Ouso até mesmo dizer que é de uma sensualidade sem excessos. A minha filha adora. Os jovens adoram. É muito legal ver uma brasileira encantar o mundo. Bem melhor que um travesti, com dois L’s e dois T’s no nome, diga-se.

Parabéns, Anitta! A bundaou melhor a mulher de 2017. Quem dera toda nossa malandragem fosse — sempre e somente — isso e assim. O Brasil seria o Nirvana, no sentido exato do termo. Não seria, ó grande Buda?

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Ricardo Kertzman

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  • Olá Inundado, Minas Gerais restou pobre e esburacada. O Pará vai pela mesma senda. Foram séculos de rapinagem e a Metrópole não titubeava em isolar, prender, degredar e em matar Felipe dos Santos, Tiradentes e quem fosse contra. Indústria nem pensar. E como minério só dá uma safra perdemos todas as oportunidades.
    Agora surgiu o pré sal, seria uma fonte para redimir o Brasil e corrigir parte dessas barbaridades. Mas que nada. Outros métodos são empregados para entregar as riquezas na bandeja para os países do norte. Já não se pendura na forca, nem se amarra nos cavalos fogosos a morder os freio e bridões, entretanto a Rede Esgoto, seus amestrados, o exército de blogueiros servis garantem que tudo de bom aqui feito seja sugado para longe, pela manobra dos ocupantes ilegítimos do poder e deixam apenas o bagaço e os miasmas para o povo pobre e alienado. É como dizia Cecília Meireles.
    "De seu calmo esconderijo,
    o ouro vem; dócil e ingênuo;
    Torna-se pó, folha, barra;
    Prestígio, poder e engenho...
    É tão claro! E turva tudo:
    Honra, amor e pensamento."
    Vamos acordar, minha gente. Sorte, Saúde e Cidadania.

    • Já acordamos Cidrac. E quando isso aconteceu, a primeira coisa que fizemos foi a mandar a Dilma para a Tonga da Mironga do Caburetê. Ela ainda está lá, e de lá, certamente, não terá competência para sair, pois as únicas competências dela são sequestrar e roubar. Lembra? Agora vamos mandar o Lula e em seguida o Pimentel. E ai, será o The End do filme de terror que vivemos nos últimos anos. Mais de 78% dos brasileiros tem certeza absoluta disso, só 32% acredita em demônio. Aguarde.

      • Olá José Geraldo, gostei da Tonga da Mironga do Cabuletê, êparrê meu pai, e não se esqueça que ha Bodocongó.
        Contudo, parece que o fato de ter sacudido para tão longe as pessoas que mencionas não melhorou nem um tiquinho os estragos seculares feitos em Pindorama nem corrigiu as esbórnias de Pedro Parente, FHC, Gedel, Moreirel, Michel e Padilhel. Minas continua pobre e esburacada e, salvante alguns pequenos trechos de desenvolvimento, no país o que predomina é a indigência da população. Grato.

  • A vida é assim mesmo. Tem malandras que se tornam artistas e vao ganhar seu dinheiro cantando e dançando. Outras preferem se casar com empresarios. Eu acho as primeiras bem menos malandras.

  • Ouvir lobao, leo jaime e etc nunca foi nem sera demonstracao de superioridade cultural. É cultura de massa igual anitta.

  • Ricardo,
    A sua ironia no texto é hilária. Esta Anitta é falsa até no nome. O nome verdadeiro dela não é este. Parece-me que é Larissa. Tudo nela foi fabricado por uma empresária expert em criar fakes para lucrar. Só que na hora de lucrar a Anitta meteu o pé na bunda dela para lucrar sozinha e a briga está da justiça.
    Triste o nosso Brasil. Na minha infância eu ouvia Elvis Presley, da minha adolescência até os dias de hoje eu ouço Beatles, Gênesis, Pink Floyd, Led Zeppelin, Bread, Eagles, Eric Clapton, Foreigner e mais um monte de monstros da MÚSICA e estes jovens de hoje tem Anitta e Pablo Vittar. O Brasil ficou medíocre demais. Quanto aos dotes musicais destes dois não posso opinar porque nunca ouví nem pretendo.
    Abraço.

  • O que eu tenho humildemente a dizer é para quem gosta de "M" e esse "M" é daquilo mesmo, que é necessário puxar a cordinha ou apertar a válvula para ir embora a coisa. Anita é um prato cheio. A mulher se contorce como minhoca em asfalto quente, solta uma letra que na verdade é o vocabulário das pilantras e da-lhe sucesso.
    Mas convenhamos, Anita é o resultado do que somos hoje, um pais imbecil achando que é malandro e só levando naquilo que a Anita mais mostra ...a Bunda.

  • Olá Cidrac,
    O gosto é meu e a música é internacional, universal. Complexo de vira-latas é de pessoas como você que gosta de PT, Lula, Dilma, Zé Dirceu, Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chaves, etc.... Gosta de lixo.
    Eu sempre gostei das bandas e das músicas inglesas e americanas porque eles sempre foram os melhores do mundo. Eu entendo de música.
    O dia em que aparecer algum brasileiro que fizer músicas e tocar instrumentos igual aos ingleses e americanos eu vou ouvir, aliás estou me lembrando de um carioca, Morris Albert que nos anos setenta e tantos compôs a música "Feelings", maravilhosa, faz sucesso até hoje, foi gravada por centenas de cantores no mundo inteiro, inclusive o Frank Sinatra e ele ficou rico com ela. Mudou-se na época para Los Angeles e hoje mora no Canadá. Este era fera e eu admiro. Os Mutantes também foram bons, inclusive eu tenho contato com o Arnaldo Batista até hoje e os Titãs também foram bons. Hoje só tem lixo.
    Me fale algum músico brasileiro que fez algum sucesso no MUNDO INTEIRO como as bandas que citei acima.

    • Murilo, você, então, pensa que eu gosto de lixo? Quanta delicadeza, que bons modos, notadamente, para quem proclama que gosta e entende de música, logo a música a mais divina das artes. Mas, que não seja por isso, pois, Nietzsche já alertava que a vida sem música seria um engano. Estás no campo do básico! Pelo que leio em suas linhas estás a confundir beleza e ou qualidade de música com o sucesso. Assim é que você, grande conhecedor das coisas dos EUA e Canadá (como dizia os portugas cá nada dá) se amarrou nas músicas de lá, talvez esquecido que muito dessa sua predileção advenha do intenso bombardeio a que estamos submetidos via cinema, revistas, rádio, internete, os interesses das gravadoras e distribuidoras (vai dizer que não sabia disso? Não se reprima! ) e outros meios que continuamente despejam tudo que vem de lá (claro que acontece, as vezes, de vir coisa boa) mas, não é o que predomina, tudo em detrimento da música daqui de de alhures.
      Essa sua alienação me faz lembrar o exemplo dado por Suassuna que numa palestra alertava de que os brasileiros viviam de costas para o país e citou o caso do filósofo Matias Aires, nascido em São Paulo em 1705, que no salão da palestra só foi lembrado por um único estudante, o qual teve a honestidade de ressalvar a circunstância de morar na rua cujo nome era Matias Aires.
      E para falar em sucesso, ha indicação que Aquarela do Ariba Roso (Ari Barroso) é uma das mais tocados mundo afora.

  • Eu nem sabia que ela era cantora, fiquei sabendo agora. Achei que fosse algum tipo de Miss Bumbum, ou Miss fita isolante. Então, vou preferir continuar assim, sem ouvir, melhor do que ter um AVC.

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