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Yom Kipur: o dia do perdão

“Pois neste dia Ele te perdoará, te purificará, para que sejas purificado de todos os teus pecados perante D’us” (Levítico 16:30)

“Que sejamos inscritos e selados no Livro da Vida.”

Nesta sexta-feira inicia-se o Yom Kipur, a data mais importante do judaísmo. Trata-se do dia do perdão, onde do anoitecer de sexta ao anoitecer do sábado, judeus em todo o mundo dedicarão as próximas 24 horas às suas preces.

O Yom Kipur impõe ao judeu religioso, aquele que professa as leis e os costumes do judaísmo, uma série de, digamos assim, afazeres durante o período. Do mais absoluto jejum — inclusive água –, passando por não trabalhar ou estudar, e até mesmo regras de vestuário e comportamento cotidiano, além da dedicação exclusiva às orações, aqueles que cumprirão os ritos religiosos deverão, sobretudo, pedir perdão a Deus pelos maus atos praticados durante o ano que passou.

Deus, em sua bondade infinita, acreditam os judeus, saberá perdoar nossos pecados e nossas ofensas terrenas. Entretanto, uma lição bastante significativa é sempre lembrada pelos rabinos: ao ofender, fazer mal ou prejudicar alguém, mais importante que se arrepender e pedir a misericórdia divina, é se desculpar com a própria vítima do nosso comportamento nocivo. Ou por outra: de nada adianta fazer mal a um ser humano e depois ir desculpar-se com Deus.

Pessoalmente, como não sou religioso, não me submeto ao jejum ou às demais tradições do Yom Kipur. Contudo, como o judaísmo é para mim muito mais que uma prática religiosa — é um sentimento inexplicável de pertencer e de fazer parte de algo muito grande e especial — compareço à sinagoga e me junto ao meu povo, em prece pelo perdão divino.

Além de pedir perdão a Deus, peço também agora, em público, àqueles que por ventura eu tenha ofendido com minhas palavras nem sempre tão polidas assim neste espaço. Infelizmente, minha língua, ou melhor meus dedos, são mais rápidos que minha mente e meu coração. Daí o tradicional “bateu, levou” que me é tão peculiar. Nasci sem o modo “oferecer a outra face”, entendem?

Pois bem, amigos. Tenham todos um belo ano e aproveitem este dia para se desculpar e perdoar (tenho certeza que gente para isso não falta). O coração agradece, a alma engrandece e Papai do Céu ficará feliz.

Shana Tova!

Ricardo Kertzman

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  • Muito legal o texto,tenho admiração ao judaísmo apesar de não ser.Não creio que vc ofende,este é o estilo do blog,e um ótimo estilo por sinal.Give`m no freaking rest kkkkk.

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