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Preto sim, senhor. Que diferença isso faz?

Já passou da hora de as pessoas saírem do armário e assumir ou que são racistas ou que são iguais a todos os humanos. Eu sou igual!

O que importa a cor?

Haja paciência, viu! Um dos males do país é a pouca disposição para ler, para se informar. Via de regra, as pessoas apenas ecoam, como grutas vazias e escuras, o que ouvem e leem por aí. Se há fundamento? Quem se importa. O legal é sair dando pitaco e lição de moral. Um exemplo: nove e meio, em cada dez, neguinhos de esquerda, chama a quem discorda de fascista. É fascista pra cá, fascista pra lá. Se você disser que não gosta de água de coco… é fascista! Igual faziam na época do impeachment da criminosa Dilma: É górpi! Estava na Constituição, foi obedecido o rito processual legal, o STF chancelou? Dane-se! É górpi e pronto.

O politicamente correto é uma praga mundial. Aqui no Brasil é ainda pior, pois geralmente vem embalado em ignorância pura. Drogado é dependente químico; deficiente físico é portador de necessidades especiais; velho é idoso; e por aí vai. Um aviso: não sou calvo porra nenhuma! Sou careca. Simples assim. E também não estou acima do peso. Estou gordo e pronto. E o “neguinho” que usei lá em cima só é racismo para quem é vagabundo intelectual. Para quem vive às custas das mazelas dos outros. Sim, amigos. Infelizmente, ser preto, gay, obeso, drogado, travesti ou o escambau é uma mazela. O ser humano consegue ir à lua, mas não se livra da podridão do seu caráter.

Por que isso? Explico: Escrevi um post sobre Joaquim Barbosa. Quem não leu, pode ver aqui. Pois bem. Lá eu escrevi que Barbosa é preto. Um queridíssimo amigo, gente da melhor qualidade (moral e intelectual), me alertou que deveria usar “negro” ao invés de preto. Um outro conhecido me mandou uma mensagem no mesmo sentido. Hoje me aparece um advogado (ele se identificou como tal) e comenta no blog que sou preconceituoso e agressivo por ter escrito preto. Ele me disse que o correto seria “negro”, da Raça Negra. Ora, vá te catar, doutor! Preconceituoso é você, que separa em raças, pessoas de cor diferente. E provarei o porquê:

A Ciência já demonstrou, cabalmente, através da engenharia genética, que não existem raças humanas; apenas Raça Humana! Eu, o Pelé, o Maradona, o Cacique Juruna (os mais jovens pesquisem quem é) e o Jun Sakamoto (o melhor sushiman do país) somos “cromossomicamente” idênticos. Somos todos humanos. Cor de pele, altura, porte físico, pelagem e predisposições genéticas não separam — ou segregam, o que seria ainda pior —  um humano do outro. Portanto, doutor advogado e demais desavisados, Raça Negra só existe como grupo de Pagode. E olhe lá, pois acho que já acabou.

Está pra nascer o sujeito que possa me dar lição de moral neste contexto. Se existe alguém que verdadeiramente repugna o chamado racismo, este cara sou eu (não o Roberto Carlos, hein). E sabem por quê? Porque geralmente as vítimas são indefesas. Valentões que ofendem pretos, pobres, gays, etc. só o fazem com quem não pode se defender. Duvido um vagabundo chamar um preto rico ou influente de macaco. Ou um gay famoso de bicha louca. E quem me conhece sabe em quantas confusões (pancadaria mesmo) já me meti por causa destes idiotas. Na minha frente, não!, porque vai dar ruim.

Joaquim Barbosa é preto, sim! E daí? Sou branco; grande merda. O que a nossa cor de pele muda o que somos? O que minha alvura traz de benefício? Aliás, brancos têm riscos absurdos de desenvolver câncer de pele. E geralmente possuem o bilau bem menor, hehehe!!! Na boa, tem de ser muito asqueroso para imaginar algo assim. Tem de ser, aí, sim, uma sub-raça humana, equivalente aos degenerados pedófilos ou estupradores, para considerar um humano preto como outra raça. Gente que separa gente por causa da cor da pele merece viver e morrer entre os porcos.

Por isso, meus caros, não sei quanto a vocês, mas continuarei dizendo que um preto é preto. Até porque não existe a cor negra, apenas a preta. E o preto que se sentir ofendido com isso, eu peço-lhe desculpas, mas acho que deveria era cagar e andar para a cor da sua pele, pois isso não o torna minimamente inferior à ninguém. É isso que é preciso repetir! É isso que é preciso que todos entendam! Essa babaquice só irá terminar quando TODOS esquecerem esta idiotice. É isso com o que os pretensos defensores dos “negros”, como o desavisado doutor que me escreveu, devem se preocupar. Aliás, “negro” vem de “nigger”, termo pejorativo asqueroso cunhado pelos americanos durante a escravidão.

Por fim, um recado final: sou branquelo, careca, gordo, judeu, de origem simples, filho de pais separados, enfim… possuo todos os predicados para me vitimizar ou deixar me abater pelos tais preconceitos. Sabem o que fiz com tudo isso? Nada! Nunca me motivei, tampouco me importei com esses detalhes. Nada disso me ajudou ou me impediu de me tornar quem sou. E esse é o conselho que dou a quem se sente, pelo motivo que for, inferior a alguém: Simplesmente não se importe. Esqueça! Você é o que é. Pronto. Acabou. Simples assim. Que os otários preconceituosos se f…! São todos uns fracassados morais.

Leia também.

Ricardo Kertzman

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  • Se não o melhor, um de seus "top five" posts. Eu não costumo comentar muito pq há embates aqui que é a mesma coisa que enfiar murro em ponta de faca, principalmente quando o interlocutor é um daquelas "grutas vazias" a qual vc menciona no início do texto, mormente esquerdista que fica a ladrar "górpi". rsrsrs
    Esse lance de politicamente correto está chato demais mesmo, e hoje, corremos o risco de parar numa delegacia pelo simples fato de poder encontrar um amigo das antigas, da época que a patrulha moralista não era tão gritante assim, e esse amigo ser preto, e pela intimidade e respeito e cumplicidade adquirida na infância, vc relembrar algum apelido tipo: e aí negão, fala aí nuguet, tals... e algum filha da puta ouvir e filmar e vc ir parar num youtube e ser execrado pela opinião "gruta vazia" pública dos que não compreendem o contexto, apenas julgam para ganhar likes. Tem gente que merece apanhar com imbira enrolada até ter que banhar na água de sal pra ver se para com esse mimimi sem fim. Mas enfim, não adianta querer fazer esse povo entender, logo logo vem um militante de qualquer coisa aqui pra me criticar pelo comentário. Bom, parabéns pelo texto, foi direto ao ponto e acho que até o doutor advogado que lhe admoestou lá ficará em argumentos para contra-argumentar o post.

      • Normalmente sou contra os seus comentários e te acho muito prepotente, acha-se conhecedor do que é melhor para o país, e defende uma bandeira única, sabe qual é, e questiono o texto por não conter os nomes do Aécio, do Perrella, gente do nosso estado Ricardo, lembre-se deles.
        Quanto a cor, nisto concordo com você, embora tenha usado os dois termos em seu texto, não vi sentido pejorativo no mesmo.
        À respeito dos eleitores do PT, que não tem maioria na câmara e no senado, acredito que os demais partidos contem com os votos da classe intelectual do país, a dita elite brasileira, os mais informados, intelectualizados, capazes de gritar palavras de baixo calão contra uma presidente em um evento transmitido para o mundo, assim como o "povão" faz contra juízes em partidas de futebol quando estes não os agrada.
        Mas é uma elite capaz de usar o termo "ipsis litteris", mesmo se escrito de forma errada.
        É verdade, analfabetos e ignorantes votam nos bandidos do PT, os letrados, intelectuais, politizados e capacitados, apoiam a outra quadrilha.
        Vocês e seus representantes são mesmo muito melhores.

    • Deixa eu entender, o cara de esquerda chamar o de direita de fascista por suas ideias de ódio é errado, agora, o de direita chamar qualquer de esquerda de comunista (mesmo nem sabendo o que significa) ou socialista (mesmo achando que ser socialista é ser "marquixista") ou de petralha é de ser de extrema inteligência, é isso?

  • Em 2009, o ator norte-americano Morgan Freeman deu uma entrevista, quando falou sobre o problema da discriminação dos pretos, afirmando que "a questão do racismo era simplesmente pararmos de nos tratar por brancos ou negros e sim por quem somos, pessoas, cada uma com sua identidade".
    Acredito que seja a via correta.

    • Gianfranco, vc se lembra como o Morgan Freeman se comportou no programa do Jô Soares ha alguns anos? se não viu ou não se lembra, há vídeo disponível no youtube....depois repense sobre o falar e o agir!

  • Minha amiga Deliane vive elogiando seus textos. Vim conferir. E não é que a danada tem razão? rsrsrs

  • Tudo gira em torno dessa peja, mas na verdade ficou muito clato no julgamento do mensalão, que alguns ao redor tentaram usar o termo pejorativamente. Mas seu triunfo, foi a gotra d'água, na aversão á sua pessoa. O PT o vitimou, pois sendo preto, teria de ser pobre e seguidor, mas foi preto, educado, conhecedor de suas funções, atuante e honesto nas decisões. Mas suas dores o levaram a sair cedo do cargo, e de fora enfrentou resistência da classe de advogados, que o não queria por perto. Como todos os advogados, naquela época estavam a serviço, ficou muito claro que ele não teria vida tranquila. Mas resistiu e tudo que fez, deixou um caminho plano para que outros a usassem e apareceu a Lava Jato. Mas do mesmo jeito ainda temos, esses juízes pagos a serviço, dando voto declaradamente insano diante de todas as provas, como se advogados fossem.

  • O Brasil é racista. Só não admitem. É racista, discriminador (deveria ser descriminador – corruptela de descriminalizar, pois pratica-se o racismo, diz que não cometeu crime e apregoa-se para todos cantos uma democracia racial que não existe). Querem um exemplo de incoerência e discriminação? Aquele ator global casado com uma atriz também global que adotou crianças negras (não lembro o nome deles, não vejo novela). O cara saiu outro dia de um evento porque o Jair Bolsonaro se fez presente. O ator disse que não é possível respirar o mesmo ar que o Bolsonaro. Depois vem dar declaração reclamando que os filhos que ele adotou estão sendo vítimas de discriminação, que não pode haver comportamento assim no Brasil, etc, e tal. Incoerência é loucura de petista mesmo. Só pode ser recalque por conta de decepções na vida. Casou com um mulherão, é famoso e tem o "tico e teco dos neurônios defeituosos assim? Daí é o ar que o Bolsonaro respira que faz mal. Ah, sei!
    Agora vem esse senhor que resultou em ministro do STF e se refere ao outro (que não é nenhum santo) como negro de primeira linha. KKKKKKK
    Sem falar no Joaquim Barbosa se lançando candidato a presidente, numa justa contraposição ao Bolsonaro: O negro pobre esquerdista que venceu na vida contra o Capitão autoritário que quer matar os gays.
    Confuso? Não, para qualquer lado que olharmos, só se vê discriminação. A título de exemplo extremo, até um Paulo Bernardo é racista. Por que escolheu logo a Gleisi Hoffmam? Óbvio por ser ela loura e famosa. Porque se ele vivesse no Brasil democrático racial, escolheria, na lata, ser a Benedita da Silva.

  • Parabéns Ricardo. Sempre nos oferecendo excelentes textos.
    O Brasil vai mal por termos pessoas com mente nefasta como este advogado que implicou com o termo "preto".
    Me conta! Foi o CIDRAC?

    • não me lembro o nome, tá lá no comentário do post, mas não foi esse, não, porque nunca o leio

  • Concordo 100%.
    Só tenho uma duvida:Quando a pessoa preta casa-se com a pessoa branca e tem um filho .sera que chamamos de marronzinho?Pois não existe apenas indivíduo de cor de pele preta e de cor de pele branca, não é?

  • Caro Ricardo, eu acompanho seu blog há algum tempo. Gosto dos temas que você aborda apesar de nem sempre compartilhar de sua posição. Gosto do fato de você sempre se posicionar e de nunca se omitir; admiro sua disposição para "colocar a cara para bater"; e me divirto imensamente com os tipos de reações que você causa, principalmente entre os nossos "pseudointelectuais de esquerda", e o modo como você lida com estes. Percebo que você é uma pessoa inteligente, que assume uma posição bem embasada em pesquisas e vivências, e não apenas em achismos ou "trend topics"... Mas hoje você se superou! Este texto ficou fenomenal! Reuniu todas as virtudes que admiro em você, desde o embasamento até os sempre presentes "psudointelectuais / doutores". Neste texto, uma opinião que eu sempre tive ganhou expressão de maneira magistral! Parabéns! Compartilho cada vírgula deste texto, e assino embaixo!

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