Uma nota oficial e eu

Meu monólogo com a nota oficial divulgada pela banca de advogados que defende Marisa Letícia em seus processos judiciais

“Marisa não poderá, lamentavelmente, ver triunfar o reconhecimento de sua inocência por um juiz imparcial”.

Jamais veria, jamais triunfaria. Juiz imparcial? Quem? Ricardo Lewandowski?

“A consequência jurídica do seu falecimento nesta data (03.02.2017) será a extinção, em relação a ela, das duas ações penais propostas — de forma irresponsável — pelo Ministério Público Federal”.

Irresponsáveis são os senhores! Defender um cliente é uma coisa, difamar a justiça do país é outra. O juiz é parcial, o MPF é irresponsável… Só os senhores e os seus clientes são ilibados, então? É a tal síndrome da alma mais honesta do país.

“Foi com muito orgulho que atuamos na defesa de uma pessoa digna e honesta, que foi injustamente perseguida e vítima de falsas acusações”.

Não foi digna, ao menos como ex-primeira-dama. Tampouco honesta, até prova o contrário, haja vista as ações penais que respondia. Muito menos perseguida e vítima de falsas acusações. Ao contrário. Perseguição é o que o partido que ela sempre defendeu pratica contra seus desafetos. Vítimas são os milhões de brasileiros massacrados pela corrupção patrocinada por seu marido. E falsas são estas palavras e argumentos que os senhores utilizam.

“Reafirmamos nossa expectativa de que prevaleça a justiça nas ações que propusemos em seu favor, com o objetivo de reparar sua honra e imagem e ainda responsabilizar aqueles que cometeram os atos ilegais e arbitrários que resultaram nas violações que tanto a impactaram”.

Bem, a minha expectativa é a mesma. Também espero que a justiça prevaleça. Quanto à honra e imagem da falecida, bem… a opinião pública maciçamente já escolheu um lado. Sobre responsabilizar aqueles que cometeram atos ilegais e arbitrários, tal esperança não é condizente com quem espera por justiça, como alegado anteriormente. Por fim, as únicas violações conhecidas que a impactaram, ao menos pelo que se conhece até hoje, são aquelas que a fizeram enriquecer ao lado do marido, e a brindaram com uma vida de rainha enquanto o país empobrecia barbaramente. Impacto pra lá de positivo este, aliás.

“Em 4 de março de 2016, D. Marisa teve sua casa invadida por um exército de policiais e viu sua vida e intimidade, assim como a de seus filhos e netos, expostas na mídia nacional e internacional. Os danos foram insuperáveis”.

Mentira! Calúnia! Exército de policiais? Invasão? Em que planeta os senhores vivem? Na Lulolândia, por certo. Vamos à verdade: pouquíssimos policiais, acompanhados de um devido mandado judicial, efetuaram um procedimento legal de “busca e apreensão” nos imóveis — duas coberturas —  do casal suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, etc. Não invadiram, foram gentilmente recebidos por ela mesma e da mesma forma gentil cumpriram o dever. Já sobre a intimidade dos filhos e netos, as condutas igualmente suspeitas e sob investigação dos mesmos (filhos) trataram de lhes expor ao Brasil e ao mundo. Netos? Aqueles cujos nomes estão pintados nos pedalinhos presenteados por sei lá quem, com sei lá qual dinheiro, advindo sei lá onde? Pelo amor de Deus, senhores advogados! Não incluam crianças em assuntos assim.

“Reafirmamos igualmente o compromisso de lutar por uma justiça imparcial, fundamental ao Estado Democrático de Direito”.

Não acredito!