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Público é a PQP

Realmente, São Paulo não é Miami. E sabem por quê? Por causa de vagabundos como esses e de leis frouxas

Processem esses vermes, caramba!

Um Sujismundo idiota qualquer, destes que se autointitula artista porque picha muros com a desculpa de ser grafiteiro, resolveu aparecer às custas do direito de milhões de paulistanos de bem que desejam viver em uma cidade limpa. O gaiato, que deveria estar metido numa jaula qualquer, já que não comporta-se civilizadamente, “limpou” a tinta que cobria seu desenho imbecil — e seus dizeres estúpidos –, após o prefeito João Doria, num gesto simbólico, ter pintado o local como exemplo de sua campanha por uma cidade mais limpa.

Este vagabundo retrata perfeitamente a zona que é o “público” no Brasil. Sim, esta palavra por aqui é completamente deturpada de seu significado, em prol da bandalheira generalizada. Se não, vejamos:

Meia dúzia de gatos pingados, ou milhares de arruaceiros, não importa, vivem fechando ruas, bloqueando avenidas, interrompendo estradas e depredando prédios, estátuas e parques. Segundo estes cretinos, a rua é pública! Assim, imaginam poder fazer o que quiserem. Na ótica selvagem desta canalha, público significa de todos, e não para todos. Sentem-se donos, e não co-proprietários. Logo…

Outro exemplo: Dinheiro público. Puta que pariu! Tem coisa mais cretina que este conceito? Políticos, governantes, funcionários públicos em geral deitam e rolam com a nossa grana. Gastam muito e mal. Roubam sem dó. Desperdiçam como loucos. Fazem com o nosso dinheiro o que jamais fazem com os próprios. Carros de luxo, hotéis 5 estrelas, jatinhos, jantares, móveis, computadores, banquetes… Pensam assim: o dinheiro é público, ora. Público significa nada, nem de ninguém. Público não tem nome, CPF ou endereço. Então…

Querem mais? Bora.

Qualquer um de nós que frequente uma praia, um parque ou uma pracinha de bairro sabe muito bem o que estou dizendo. É um tal de neguinho jogando lixo no chão, fazendo xixi nas árvores, cozinhando, lavando roupas, dormindo, enfim, emporcalhando o tal do “espaço público” como se fosse justamente o contrário, como se fosse privado e ninguém mais tivesse direito a usufruir. Afora a turma que resolve transformar ruas e avenidas em campinhos de futebol ou pista de caminhada. É de lascar.

Estes porcos que picham os muros das propriedades alheias ou dos espaços públicos não fazem o mesmo nas próprias casas. Por quê?

Por que este retardado de SP não picha o quarto da própria mãe ou o muro da caverna onde vive? Por que os mijões da madrugada não fazem xixi no assoalho do próprio carro, ao invés de nos portões dos outros? Por que tem tanto FDP abrindo a janela do ônibus e despejando lixo nas ruas, se não fazem isso dentro da sala de casa?

Simples. Porque estes perturbados mentais, estes sociopatas selvagens, estes canalhas morais adoram pensar: “a rua é pública”.

É pública, sim, seus merdas! Isso significa que é de uso comum, para todos. E igualmente significa que há regras; as coletivas, não as individuais. Significa que o seu direito termina onde interfere no do próximo. Não é seu direito impedir o ir e vir das pessoas, porque está com raivinha do Temer. Não é seu direito expressar sua arte de merda, pois há gente que não quer vê-la. Não é seu direito colocar o tênis imundo sobre uma cadeira de aeroporto, pois alguém não quer ter de sujar a bunda ao assentar.

É tão difícil entender algo assim, meu Deus do céu? É tão difícil entender que árvore não é vaso sanitário e areia de praia não é churrasqueira, carvalho?

Alô, prefeito Doria, me ajuda aí, pô: Processe logo de uma vez este palhaço! Lugar de gente assim é lá no tal presídio de Manaus. No mínimo, no jardim zoológico. Dentro das jaulas…

Dos porcos.

Leiam mais, aqui.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • Seu manifesto e indignação representam o meu pensamento e o pensamento de milhões de brasileiros. Precisamos de uma "METANÓIA SOCIAL CONVERTIDA EM AÇÕES PRÁTICAS". O tempo tem sido de prevalência do individual em detrimento do coletivo ("O cachorro tá morrendo enforcado pela linguiça"). Vivemos a ausência de respeito, querem direitos e não querem deveres. Respeito deve ser uma via de duplo sentido. Viver em sociedade exige sintonia e equilíbrio em todos os sentidos, coerência e harmonia... Em todo tempo e lugar existem grupos sociais que precisam de regras sociais de convivência e sanções para os que as desrespeitam (Émile Durkheim). Descumprir essa premissa leva a sociedade ao caos...

  • Boa tarde, Ricardo

    Vc tem um email para que eu possa lhe enviar um comentário ??
    Nao quero publicá-lo na rede, por ser um assunto "delicado" que eu
    gostaria de torná-lo público através da imprensa.

    Obrigada pela atenção,

    Rachel

  • O fato é que nada nem ninguém acaba com essas pragas.
    É o resultado de uma geração que foi educada para "trollar", para passar por cima, para não estar nem aí para nada, muito menos quando se trata do que é publico.
    Estamos pagando o preço da não investida em educação e tecnologia pelos governos passados. E o que é pior: investimento em educação só se vê o resultado em médio e longo prazo. Ou seja, teria que investir pesado em educação HOJE para o resultado vir daqui há muitos anos.
    Mas o que o governo preferiu? Investir em copa e olimpíada. É a velha política do pão e circo em atividade no Brasil.
    E o povo? Preocupadíssimo com campeonatos e copas de futebol e perdendo tempo com futilidades em redes sociais.

  • Ok Ricardo, concordo com você, porém temos que tomar muito cuidado com o que se passa na cabeça de certos políticos. O Doria poderá usar as pichações direcionadas a ele após início do mandato a seu favor, e dizer que não passaram de opositores ou "esquerdopatas", e usar estes argumentos para num futuro próximo para se reeleger. Sei lá, eu não confio nele e nem em nenhum outro de mesma estirpe. Mas será necessário aguardar o que o tempo nos dirá.

  • Cara, na boa. Na mesma proporção amo e odeio grafitismo e pixaçao. Mas independente disto, esse Doria me parece mais um macaco de auditório fazendo d Sampa seu circo particular. Basicamente até agora, não se falou nem atacou as origens dos problemas na cidade. Palhacinho esse daí

  • Saímos recente de um período de extrema repressão que foi a ditatura. Nesta época se um merda desses fosse pego pichando um muro, iria sofrer consequências sérias. Com possiblidade de sofrer uma repreensão até mesmo exagerada para o ato. Eis que hoje vivemos nessa democracia de merda e esse mesmo pichador quando pego no flagra, não sofre praticamente nada. Entendo isso como um elástico, onde foi esticado exageradamente para um lado e quando solto se deforma ao extremo para o outro lado. Deixamos um período de repressão para um de extremo desregramento. Fomos de um extremo ao outro. E só chegaremos ao meio termo se a população fizer força pra isso.

  • Ricardo, parabéns pelo seu texto. Muito bom. Mas, francamente, não precisava ofender os porcos né.

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