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Querem mesmo expulsar a UBER do Brasil.

Incrível como há uma turma de aproveitadores e juízes a protegê-los. Espero que desta vez haja justiça.

Acabo de ler no Portal UAI (aqui), que um ex-motorista da UBER ingressou na justiça trabalhista a fim de ver reconhecido um absurdo vínculo trabalhista entre si e a empresa. Irá prosperar tal tese absurda? Não sei. Mas já vi (e já sofri, na pele) coisas do “arco da velha” em se tratando da “justiça” do trabalho. Por isto, não duvido de qualquer invencionismo jurídico a fim de reconhecer um direito inexistente. Sim, inexistente. E explico por quê:

Um sujeito adere, voluntariamente, à UBER. Sabe das regras e concorda com todas. Normalmente, encontra-se desempregado e enxerga, ali, uma oportunidade de ganhar a vida. Apenas isto: ganhar a vida, já que ninguém espera enriquecer sendo motorista da UBER. Daí, após desistir do serviço, resolve alegar uma série de argumentos para dizer-se enganado, vítima e injustiçado por uma gigantesca multinacional exploradora da mão-de-obra hipossuficiente e frágil. Uma safadeza, isto, sim!

Existem algumas condições para que um vínculo trabalhista seja reconhecido. Não sou advogado, mas por obra do destino conheci bem a matéria. Uma delas diz respeito, grosso modo, à subordinação. Bem, eu lhes pergunto: A quem subordina-se um motorista da UBER? Ao celular? Outra condição: A não eventualidade, ou seja, o trabalho tem de ser regular. Daí lhes pergunto novamente: Quem cobra ou fiscaliza o trabalho do motorista senão ele próprio? Querem mais? Pessoalidade. Outra condição. O motorista alega que somente ele pode dirigir o próprio veículo. Ok. Mas na prática é o que ocorre? Quem usa o serviço sabe muito bem que não. Aliás, a qualidade vem caindo bastante justamente por conta disto.

Mas, sinceramente, a mim pouco importam estas regras trabalhistas. O que me importa é o chamado “fio do bigode”.  Este deveria ser o cerne da questão. O juiz deveria perguntar ao motorista se ele sabia das regras e se concordou com elas. Sabendo, fim de papo! E deveria ser condenado a bancar as custas do processo. Mas não. A justiça trabalhista não prevê custas ao reclamante, daí ser o circo que é. Daí ser um sistema arcaico e ineficiente, que deixa de fazer justiça a quem precisa, por conta de milhões e milhões de processos de gente desonesta, que busca a lei para garantir um troco indevido. Isto tem de acabar. Empresários desonestos têm de ser punidos quando merecem. Mas só quando merecem! E trabalhadores desonestos têm de saber que irão arcar com custas se perderem uma ação indevida. Isto ajudaria a desafogar o judiciário trabalhista, e dar mais tempo e critério para que as verdadeiras e legítimas pretensões dos trabalhadores prejudicados fossem bem analisadas pelo juízes. Isso, sim, seria justiça. Do jeito que está, é apenas uma câmara de arbitragem de acordos. Perdem todos!

(Mais uma do Brasil!!)

Ricardo Kertzman

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  • em relação à UBER, o que me espanta é que essa empresa está abrindo oportunidade para que muitos desempregados consigam se manter mediante a renda proveniente desse trabalho, mas alguns insistem em 'cuspir no prato em que estão comendo', o que prejudica outros mais sérios. Coisas de Brasil e de brasileiros (não todos, claro)!!!!!

  • Existe no ministerio do trabalho uma quadrilha,ajudando os coladoradores como os juizes dizem a estorquir os empresários...... Rezo pra não cair nas mãos de um deles..............

  • Ricardo, existe um lapso em matéria de concessão de serviço de transporte público individualizado, derivado da não existência da matéria, quando da elaboração da normatização de trânsito, isso em todo o mundo, não só no Brasil. Aí e em vários países do mundo, como aqui, o questionamento é a não vinculação ao Estado e por consequências não responsabilização e não recolhimento dos impostos devidos. A UBER, aqui descrita como a desenvolvedora do programa, caminha na mesma direção da AirBnB, processos de evasão fiscal e contabilidade fraudulenta. Creio que muitos conhecem a AirBnB, site de locação de imóveis para viagens, cuja sede é na Irlanda e cujo lastro é a Ilha de Man, paraíso fiscal. Assim Ricardo, por mais que possa parecer absurdo, cabeça de juiz e bunda de nenê, você nunca sabe o que vai sair.

  • Como havia dito no meu comentário anterior, essa é a ''injustiça do trabalho'' composta em grande número por esquerdistas . Eu mesmo , perdi um bom dinheiro que poderia ser revertido para a educação dos meus filhos e que, ao perder a causa depois vários mentiras ditas por um ex empregado meu. Na audiência, só foram levadas em consideração a opinião das testemunhas dele, as minhas ficaram lá como meros figurantes. Vale lembrar que enquanto essa questão trabalhista não for resolvida será impossível que uma classe média empreendedora se solidifique no Brasil. Diversos amigos meus que tinham empresas com 20,30 empregados, hoje se restringem a 2,3 empregados, isso quando não acabaram com as mesmas por julgar inviável ser empreendedor nesse país. Um abraço.

  • A tática é simples, taxistas infiltraram um cidadão que depois de algum tempo demanda na Justiça Trabalhista para garantir direitos e abrir portas para os outros.

  • Eu não entendo por que alguns setores da nossa economia são protegidos. Os taxistas, por exemplo. Eu tive restaurante por 16 anos, e com o tempo foi abrindo tanta concorrência, que ficou muito difícil manter a empresa. Então, porque em alguns setores é permitido concorrência e outros não?

  • sempre tem um idiota querendo falar mal de taxista esquece os taxistas eles tambem ja sao Uber e ninguem vai ganhar dinheiro com isso so mesmo a Uber

  • A justiça do trabalho é paternalista? Sim com certeza. Alguns empresários deixam de cumprir seus deveres com os empregados? Sim, com certeza. A justiça deveria existir só para os bons empregados e bons patrões? É utópico, daí que como tudo no mundo, os bons pagam pelos pecadores.

  • É lógico que vão usar o espaço que tem num site para defender a uber, porque a uber é multi milionária e é mais fácil e mais benéfico puxar a sardinha para o lado do mais rico, né Ricardo! Outra coisa, sou a favor da livre concorrência, sou a favor da uber e dos taxis, desde que os motoristas da uber também tenham que enfrentarem salas de aulas para fazerem cursos de capacitação, igual os taxistas enfrentam.

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