Suco de maracujá. Se o atleticano já se estressou com a gangorra do desempenho do time até a nona rodada do Brasileirão, seus nervos serão testados até o limite nas próximas semanas — e talvez seja recomendável deixar algum calmante separado para o caso de necessidade. Entre a partida de amanhã, pela 10ª rodada da competição, e a de sábado, dia 17 de julho, o Galo enfrentará seus três maiores rivais no Brasil e com dois deles é preciso abrir o olho — não só pela ajuda que costumam receber do apito dentro do campo, mas, também, pela forcinha que sempre vem de fora quando estão em dificuldades.
O primeiro desses jogos será amanhã contra o Flamengaço Classificadaço, o clube “Mais Queridinho” do Brasil. Depois, será a vez do América, o único adversário de respeito que restou em Minas Gerais — e que, se não consegue merecer da cartolagem a mesma simpatia que garante tantos favores aos outros dois, chora e esperneia mais do que qualquer outro quando joga contra o Galo. Por fim, o Corinthians, de São Paulo — que anda meio por baixo este ano, mas que ainda conta com amigos poderosos e sempre dispostos a estender a mão.
São jogos difíceis e, para vencê-los, o time terá que entrar em campo com uma postura diferente da que teve contra o Cuiabá, no domingo. O mesmo vale para as partidas contra o argentino Boca Juniors, pela Libertadores e, depois delas, contra o carne de pescoço Bahia pela Copa do Brasil. Ou seja, de agora até o final do mês, o atleticano presenciará batalhas que serão fundamentais para provar que este ano ser mesmo diferente dos anteriores. Para isso, o jogo de amanhã, contra o Flamengaço Classificadaço, é fundamental.
Jogador por jogador, treinador por treinador, padrão de jogo por padrão de jogo, o Galo tem time para não temer o “Mais Queridinho”. O problema é que, escaldado por acontecimentos recorrentes, o medo da água fria é mais do que recomendável nessas horas. Sempre que os dois clubes se enfrentam, há sempre o risco de que o resultado seja influenciado por fatores que não têm necessariamente a ver com o futebol mostrado dentro de campo.
Não é segredo para você, para mim ou para qualquer pessoa que já tenha visto uma partida do Brasileirão sem se deixar influenciar pela opinião da rapaziada simpática que apresenta programas na TV por assinatura que a arbitragem brasileira trata os jogadores do “Mais Queridinho” de uma forma diferente da que trata os outros. Os jogadores deles podem bater, socar ou até aplicar golpes baixos em seus adversários que dificilmente são punidos com cartões. Já com os outros, todo rigor é pouco: se algum jogador adversário, numa jogada no meio campo, olhar feio para um atleta do time deles e o cara se sentir ofendido, o árbitro pode até marcar pênalti para eles.
Tomo como exemplo uma partida do Campeonato Brasileiro do ano passado, que chamou minha atenção por um conjunto de detalhes escandalosos. Trata-se da vitória por 2 a 1 do Flamengaço Classificadaço sobre o Goiás. O time goiano começou na frente e a equipe carioca começou a bater sem dó nem piedade, sem que o árbitro nada fizesse para coibir a violência. Num determinado momento, aquele tal Bruno Henrique (aquele que falou que o time deles está em “outro patamá”) usou sua “pata má” para escoicear o rosto do volante adversário, Breno. O atingido saiu de campo com o rosto sangrando e a jogada covarde lhe fraturou os dois lados de seu nariz. Já o Patá Má, que merecia a expulsão, nem cartão amarelo recebeu.
Mais tarde, o Goiás teve um gol legítimo anulado. E o Flamengaço empatou e marcou o gol da vitória aos 51 minutos de jogo, numa prorrogação que estava prevista para ter apenas cinco minutos. Foi só o gol sair para o juiz apontar para o meio do campo e apitar. Fim de jogo! O resultado foi fundamental para, mais adiante, garantir ao Flamengaço Classificaço o título da temporada passada: sem aqueles três pontos providenciais, teria terminado o Brasileirão em terceiro lugar — atrás do Internacional e do Galo.
Por que estou lembrando dessa história? Ora, ora… o árbitro que não viu nada de errado com o coice que o tal Bruno Henrique deu no jogador Breno, anulou um gol legítimo do Goiás e deixou o jogo correr até o “Mais Queridinho” empatar era o paranaense Paulo Roberto Alves Júnior. Por uma dessas “coincidências” que sempre acontecem quando o time carioca está precisando de uma forcinha para dar uma arrancada, ele é o escalado para apitar a partida de amanhã. Todo cuidado é pouco.
Não estou querendo dar à arbitragem uma importância maior do que ela pode ter. Tudo que eu gostaria de ver seria um futebol limpo, sem virada de mesa e sem os favorecimentos que volta e meia são vistos no Brasil. Um futebol que fosse decidido dentro de campo, sem que Wright e seus discípulos tenham o poder de decidir quem será ou quem não será campeão.
Mas isso, pelo visto, ainda vai demorar para acontecer. Dias atrás, aquele tal de Leandro Vuadem já demonstrou, na partida do Galo contra o Ceará, uma disposição para mostrar que são eles que mandam. Em tempo: o Atlético perdeu aquela partida porque cometeu falhas bisonhas. Mas que Vuaden puxou a sardinha para a brasa do time da casa, isso foi mais do que evidente. Deixemos esse cidadão para lá. Ele é um árbitros que tem lado e vem mostrando isso desde antes de 2012, quando foi uma peça fundamental na conquista do Fluminen-C aquele ano.
Nada disso, é claro, significa que o jogo de amanhã já esteja decidido e que o Atlético nada possa fazer para evitar uma derrota. Significa, apenas, que o caminho será mais difícil do que seria se a única preocupação do time fosse com os onze jogadores que entram em campo com a camisa do adversário.
O remédio para essa situação é uma palavrinha de sete letras que a torcida sempre cobra quando pode estar no estádio: a-t-i-t-u-d-e. Foi o que sobrou ao time, por exemplo, no dia 5 de novembro de 2014, no Mineirão. Contra o que a massa fez aquela noite, nem toda a arrogância rubro-negra, nem toda ajuda que o árbitro pudesse dar teriam sido suficientes para impedir a vitória alvinegra. O Galo tinha que fazer uma diferença de três gols e venceu por 4 a 1, depois de ter levado o primeiro gol. O resultado garantiu o Galo nas finais e abriu as portas para o título da Copa do Brasil daquele ano.
Só que a massa não estará em campo e poucos dos titulares do time deste ano já tiveram a oportunidade de jogar com o Mineirão cheio. Imagino as misérias que Nacho Fernández, Hulk, Zaracho, Savarino e os demais estariam fazendo em campo se a torcida estivesse podendo levar seu apoio. Como não pode, a solução é cada atleticano mandar a energia e esperar do time uma atitude parecida com a dos 4 a 0 no ano campeonato do ano passado, no jogo que custou o emprego do então treinador do Flamengaço. Que a história se repita amanhã. Eu acredito!
Vacinado e descrente da mídia do eixo, já disse e repeti – contestado por quem…
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Prezado Barata. Concordo plenamente. Esse Cuca escala mal, substitue pessimamente e o pior, retranqueiro. Ops: adepto de jogar com as baixas.
De novoooo? Pronto, desculpa previamente arquitetada. Será que desde 1971, só o atlético foi prejudicado?? O time é bom. Bora torcer sem tranfesrir responsabilidade...
Impressionante como a torcida aqui representada neste espaço já tomou consciência que essa história de transferir responsabilidades para justificar nossas lambanças é uma NARRATIVA que "não cola mais" .
Salve o TORCEDOR ATLETICANO que exige RESPEITO por nossa TRADIÇÃO!
CHEGA DE VITIMISMO !!!
Ninguém aguenta mais desculpas e lero-lero .
Boa tarde,
Uma tristeza este discurso derrotista.
Não é possível que todos nós, 100%, temos convicção que o Galo nunca venceu uma partida com erro de arbitragem.
Por favor, parem com isto...
Eu quero que o time vença e convença... Só isto!
Abraço,
Eduardo e amiGALOs,
Ontem à noite, durante a pelada Brasil 1x0 Peru, preferi assistir várias vezes a um video com os 15 minutos finais daquela partida épica de 2014 da Copa do Brasil contra a favelada carioca. Sinceramente, pela duplicidade do feito, aquele jogo foi tão emocionante quanto a final da Libertadores, ano antes. Impossível não reverenciar Dátolo, Luan, Guilherme, Donizete, Rocha, Vítor, Tardelli... jogam muito! E a confiança na vitória amanhã mais que se consolidou: Galo 3x1.
Vale lembrar, porém, que a seleção brasileira ganhou os dois últimos jogos por 1x0 administrando os resultados no segundo tempo, e se classificou. Por isso, 1x0 amanhã será tolerável rsrsrsrs
Vamu Galo!
Pronto. A desculpa já está previamente escalada. O tome é bom. Nada de arbitragem, cblixo, maracutaias e armações. Não é possível que desde 71 só o atlético tenha sido prejudicado e nunca, em um jogo sequer, tenha sido "beneficiado "??? Bora jogar bola sem acusar previamente a arbitragem???
Com Allan em campo corremos sérios riscos.
Passes errados, uma das grandes características desse péssimo jogador, poderão ser fatais pra possíveis contrataques do time protegido.
Além disso ele será um forte aliado às possíveis más intenções da arbitragem em expulsar alguém do Galo.
Além disso, o próprio Allan que é ruim mas voluntarioso, pode ser terrivelmente prejudicado pelo ameba do Tchê Tchê que não marca ninguém e não faz nada em campo.
Fora Cuca!!!
bom dia Eduardo e massa e Ricardo Galuppo. esta certo que a cbflixo sempre nos prejudica mas a diretoria do galo gosta porque vive puxando sacos deles.rsrs. perdemos o brasileirão mais fácil do século de 2020 o culpa simplesmente foi do pardal sampaoli não saber escalar a equipe,e este ano vamos no mesmo caminho o pardal cuca burro escala mau a equipe e não tira seus afilhados no time e faz péssimas substituições no jogo.e para piorar perdemos o nacho Fernandes e se perdemos o Hulk ai sim estamos fritos e torrados. amanhã contra o flamerda ja vejo no time Allan e quero quero e para nos enfartar de vez Hyoran ou Nathan no lugar do nacho Fernandes. aff.abre o olho cuca pardal. a galo como sempre nos iludindo. vai galooooooo.
Cabe ao Atleticano, torcer e acreditar que o time vai entrar em campo com vontade e fome de vitória...
Uma certeza já tenho, Allan e Tchê Tchê são os titulares de confiança do Treinador, apenas do Treinador...
E do outro lado, eles vêm com o reforço habitual e cabe ao nosso CAM fazer a nossa parte, não dando chances pra máfia entrar em ação!!!!!
Seguinte :
por que não nos atermos ao campo de jogo e reconhecermos que temos um bom time titular que se impôs por si mesmo mas que tem um ferrenho adversário "dentro de casa"?
Sim , ele mesmo, o Mágico de Oz !!!
Não, não será o apito que nos impedirá a vitória .
Não, não será a televisão que decretará nossa derrota .
Nosso inimigo está logo ali no banco, com seus devaneios e suas invencionices , a nos impingir seus desarranjos mentais e suas loucas crendices .
Perfeito!
Prezado José Eduardo Barata, ótima tarde
Analise perfeita, perfeita.
O tik taka , embuste do futebol espanhol , verdadeiro antijogo, foi importado por cuca, o tik taka na frente de nossa área , cujos expoentes allan e rever se revezam na entrega . O mal de ter visto jogadores fantasticos, times fantasticos de priscas eras , nos tornou exigentes. Não aceitamos linha de passe em frente a nossa meta , um dos fundamentos do futebol sempre foi, como um dogma, não cruzar passes em frente ao gol , recuar bola pro goleiro somente em ultima necessidade , não sistematicamente , como um tipo de jogada. Subvertem o bom futebol, jogado, disputado, com inteligencia e finesse , requinte nos dribles , com marcação cerrada , retranca , oitocentos mil jogadores povoando o meio de campo , cabeças de bagre caneludos dando o tom. Tudo em nome da modernidade , ocultando, assassinando o verdadeiro futebol , não o futebol arte , o futebol do jogo jogado , enquanto o lambari é pescado. Volante que- pisa- na- área , jogador de beirada de campo, quebra linhas , marcação alta , mapa de calor , tudo , tudo , inventado por nutellas , que no fim do jogo , com requinte de crueldade , ouvem do treinador : bota na área ....evolução embromation tabajara