Tá chegando a hora da verdade

Faltando uma rodada para o encerramento da primeira fase – a que define classificação – do Campeonato Mineiro, o Galo tem assegurada a vaga para o mata-mata. E quando é um jogo lá e outro cá, o time se agiganta. Com certeza, quem estiver na bica de pegar o Glorioso pela frente pode começar a tremer, pois será com o time titular. Nada de time alternativo. Afinal, como definiu Ronaldinho, “jogo é jogo, treino é treino”.

Estamos caminhando para a décima final consecutiva e o sexto título na última década. Nas anteriores, fizemos, como já disse aqui, seis finais com a eventual segunda força do futebol mineiro e uma vez com América, Ipatinga e Caldense. A URT é o time do interior neste momento decisivo. Se pegar o Galo pela frente, saiba que não será igual no turno. Vale dizer que o Galo vai com todos os titulares.

Em tempo: é recomendável que se dê um trato no gramado do estádio alugado, uma vez que o time patense não tem campo que comporte uma partida dessa importância. A quarta vaga, apesar de ainda não matematicamente definida, deverá ser do América. Se o coelho vencer, aí ultrapassa a URT e fica em terceiro lugar. Vai encarar?

Já na parte de baixo, a região dos desesperados, vejo três times ameaçados de rebaixamento (caem dois) à série B de Minas Gerais: Tricordiano, Boa e Guarani. O primeiro, que subiu este ano, tem pela frente exatamente o Galo. É ruim para o galo do interior, da cidade onde até o torcedor azulado homenageia o mascote Atleticano. Confio integralmente na conquista do título estadual, embora entenda que a prioridade é a Taça Libertadores das Américas.

No torneio internacional, logo nesta quarta-feira, pegamos o Independiente Del Vale, certamente o adversário mais difícil entre todas as quatro partidas que já realizamos. Classificado na pré-fase, o time equatoriano vem realizando uma surpreendente campanha. Por pouco nem teria se habilitado para integrar o grupo do Galo, já que se classificou graças a uma penalidade perdida pelos paraguaios do Guarani no último suspiro do jogo decisivo.

E é bom lembrar que, em 2013, quando ganhamos a primeira Copa Libertadores de nossa história (a segunda será neste 2016 e depois uma série incontável), na final enfrentamos o Olímpia. Os paraguaios também entraram na fase de grupos por meio da pré-Libetadores e avançaram até a final. Digo isso, pois, ao contrário do que alguns imaginam, o fato de ter se classificado nessa condição não desqualifica o adversário.

Os equatorianos são muito perigosos, mas acredito no potencial do time Atleticano e confio numa grande vitória. Vencer é fundamental à nossa pretensão de pontuar com o objetivo de ficar entre as melhores campanhas da fase de grupos. Foi o primeiro lugar geral em 2013 que assegurou ao Galo a vantagem do segundo jogo em Belo Horizonte naquela apoteótica conquista.

Por fim, ontem, numa mesa de cafezinho, a discussão era em torno da titularidade ou não do Luan. Alguns, como o médico da BHTrans doutor Jaime Dumont, sustentam que desde a renovação do contrato o “menino maluquinho” teve considerável queda de produção. Outros indagavam sobre a concorrência do Clayton, a partir da próxima etapa da competição, colocando em risco a posição do dono da camisa 27.

A meu juízo, sem paixão e com total isenção e imparcialidade, sustento que o Galo neste 2016 tem à disposição mais de 20 titulares. É a melhor dor de cabeça que um treinador pode ter. Diferente de Levir no ano passado, que olhava para o banco e não enxergava possibilidade de mudar a partida, Aguirre tem à disposição jogadores de excelente qualidade técnica. Que venham a Libertadores e o Mineiro; sou guloso, quero todos!