Respeitem a nossa Atleticanidade

Ainda desconcertado com o horror de sábado, o empate em casa com o horroroso Vitória, sigo em meu tratamento convencional para reagir e ir ao estádio amanhã. O problema maior para essa cura são as recidivas causadas por lembranças desse mesmo sentido nos últimos tempos. Não vou repetir os nomes dos vírus e as perdas de pontos e resistência física para estar ainda aqui, diariamente, e em cada jogo do Galo na nossa Arena.

Sobre esse empate, amargo e indigesto, o que faltou no jogo não foi como cheguei a imaginar. Estava contaminado pelas mesmas justificativas ouvidas e lidas em entrevistas dos atores dentro e fora do gramado. O time ficou no vestiário, voltou de salto alto achando que o jogo estava definido, treinador demorou a fazer alterações (essa foi meu estepe) e outras explicações que não conseguiram fazer minha resistência reagir. Acordei nessa terça, três dias já após aquele vexame, ainda amargurado e P da vida.

Sei que amanhã, muito em função do jogo e da necessidade premente de vencer, estarei sob efeito do medicamento “amor e paixão pelo Galo”. Vou, como sempre, três ou mais horas antes do início da partida para a região do entorno e esplanada para o grande momento de desfrutar de boas resenhas. Com a esperança e expectativa, até mesmo para embalar nossos sonhos com as Copas, como sempre fiz durante essas décadas de apoio e presença nos jogos do nosso time do coração.

Entretanto, ainda contaminado pelo dissabor de partidas e resultados como os que me motivam esse desabafo, rogo – ou melhor exijo – que todos os responsáveis pelo clube tenham respeito com a instituição. Sabe-se que o maior patrimônio do nosso Galo é sua Torcida. Conhecida por Massa e reconhecida pelo Brasil e pelo mundo como apaixonada pelo time. Respeito! Isso, respeito com o Atleticano. Desempenho como esse último e resultados péssimos como tem sido no Brasileirão, não serão mais admitidos.

Perder com raça e determinação, ainda que pela ação nojenta e histórica da arbitragem, sempre mereceu nosso reconhecimento. Foi assim no ano que perdemos o título nas penalidades para o São Paulo e até mesmo no rebaixamento em um empate com o Vasco. Ficamos nas arquibancadas do Mineirão cantando o hino do clube, enquanto os jogadores voltavam para os vestiários. Assim é o Atleticano.

E mais, além da recuperação no BR, o Atleticano deposita todas as esperanças nas Copas. Uma atuação pífia como essas que faço referencia nas duas competições, será a decretação do fim a uma temporada decepcionante. Reajam e respeitem nossa tradição e história. Corram e joguem por nós. Não fosse essa gigantesca Torcida, o Galo não seria essa potência reconhecida e invejada por torcedores de clubes menores. Façam sua parte, treinador e jogadores, que a nossa temos feito muito bem. ObriGalo!!!

*fotos: Pedro Souza/Atlético