ENQUANTO AGUARDAMOS PROJETO E TITULAR PARA ASSUMIR O ESPAÇO ATLETICANO, O UAI REPRODUZ ALGUNS TEXTOS DO PASSADO DESTE “CANTO DO GALO”.
PS: não havendo mediador, portanto sem espaço para comentários, até a efetiva mudança da página.
Reinaldo e o clássico
16 de setembro de 2016 Eduardo de Ávila
Quando deixei a minha Araxá e me mudei para Belo Horizonte para concluir meus estudos, muito melhor que ir à escola era acompanhar o Clube Atlético Mineiro, cujos jogos até então só ouvia pelo rádio e via os principais lances pela TV Itacolomi no dia seguinte. Jogo ao vivo era coisa rara naquele distante início dos anos 70. De repente, aquele adolescente descobriu que o Mineirão existia e era muito mais bonito do que imaginava.
Melhor do que encantar-se com aquele estádio que recebia 123 mil pagantes, era ficar deslumbrado com o seu time do coração. O Galo, primeiro campeão brasileiro, tinha jogadores que encantavam como Danival, Vantuir e Romeu, entre outros. Até que, repentinamente, numa renovação jamais vista, entram em ação gênios como Cerezo, Marcelo, Paulo Isidoro (depois trocado por Éder Aleixo), Marinho e nada menos que o maior ídolo de todos os tempos, Reinaldo.
Ontem, numa noite como já previa memorável, estive no lançamento de sua biografia, que leva a assinatura do seu filho, Philipe Van Lima. Passei boa parte da noite relendo (já que tive o privilégio de conhecer o texto ainda na sua fase embrionária) essa obra indispensável para todo Atleticano. Torcedor do passado e do presente, reencontrei muita gente querida, desde o mais anônimo Atleticano até ídolos da nossa história.
Permitam-me contar um dos casos da noite, que divertiu a nós todos. Fernando Roberto, centroavante e reserva imediato do Reinaldo, foi quem contou. Ser reserva do Rei certamente não é para qualquer jogador. Afinal, o gênio quando substituído, já deixava o Torcedor impaciente. Certa vez, o Galo perdia para o chato América do Rio (que sempre foi pedra no nosso sapato), quando o treinador resolveu lançar o reserva em campo.
Optou, entretanto, por manter o Rei e – com isso – dois homens de gol em busca de melhor resultado. Foi assim, conta o Fernando Roberto, que numa bola lançada da lateral, ele recebeu e brigou pela posse com os zagueiros. Tomou pancada, até sangrando o rosto, mas insistiu no lance e bateu os dois zagueiros. Quando venceu o último adversário, só tocou rumo às redes adversárias. A bola ia ultrapassando a linha do gol e surge Reinaldo, que de carrinho, acaba de completar para o gol vazio. E a torcida imediatamente: “Rei, Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei!”
Outro assunto que dominou na agradável e Atleticana noite, evidentemente, foi a campanha do time no ano e o clássico de domingo. Sobre esse jogo, ninguém melhor do que o Rei para ilustrar sua história. Maior artilheiro do Galo de todos os tempos e também nesta partida. Entre os presentes, a maioria entende que, apesar da instabilidade do time em campo, o Galo é candidatíssimo ao título.
Alguns relembravam que nas oito primeiras partidas do turno, o Galo fez apenas sete pontos, enquanto agora já totalizou dez, com dois jogos a menos. Vencendo o clássico e ainda o Internacional, teremos praticamente o dobro dos pontos em igual número de jogos do returno.
Sobre o time, quase uma unanimidade a respeito de alguns jogadores. Nem vou entrar nos destaques negativos da equipe, são os mesmos de sempre. Prefiro enaltecer os nomes que têm a confiança do Torcedor. Sobraram elogios a Gabriel, teve quem afirmasse que ele supera Jemerson e ainda os dois titulares, Leo Silva e Erazo. Otero e Clayton também foram aprovados, ressaltando-se, no entanto, que ambos estão passando da hora de justificar suas contratações.
Enfim, apesar das criticas à atuação de quinta-feira, o Atleticano demonstra confiança e ainda acrescenta um dado histórico ao longo desses 46 anos de disputa do Campeonato Brasileiro. Toda vez que o Galo vem com produtividade baixa ou até oscilando, como agora, geralmente vence o clássico e cresce na competição. Que os anjos, os céus, enfim todos os orixás digam amém. Este é o nosso desejo e sonho, que assim seja!
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