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Prevaleceu a opção da diretoria pela eliminação

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Não tivessem tomado a atitude (covarde com o Torcedor), talvez estivéssemos hoje em regozijo pela classificação para a próxima fase da Copa Sul-Americana e candidatíssimos ao título e à vaga que ela oferece ao campeão para a Libertadores de 2019. É bem verdade que os reservas, alçados a uma fria – acredito que insuflados pela reação negativa dessa escolha –, jogaram bem e por pouco até conseguiam o milagre da reversão da expectativa.

Não fossem os pés xoxos de Tomás Andrade e Elias, que deram dois chutes sem qualquer força (ou vontade) em que a bola adormeceu nas mãos do goleiro argentino. A Torcida, em número razoável (13,5 mil), considerando o anúncio da escalação na contramão, cantou do primeiro ao último minuto da partida. Nunca falta apoio do Atleticano na arquibancada, tem faltado é reciprocidade do time (desde a direção até o gramado) com quem paga ingresso e consome produtos do clube, gerando receita para pagamento dos salários dos profissionais.

O treinador Thiago Larghi, a exemplo do que vem conseguindo – ainda que em alguns momentos exista ausência de firmeza – com o time principal, montou uma equipe compacta que dominou a partida e soube segurar o favoritismo do San Lorenzo. No time argentino, a meu entender, o destaque foi Julio Bascunan – um chileno – que conseguiu segurar o impulso do Galo e até ameaçou romper o esquema montado por Larghi. Evitou, inclusive, uma penalidade clara a favor do nosso time. Paciência, a eliminação não afeta a minha e nem a nossa Atleticanidade.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Quando afirmo que prevaleceu a vontade da diretoria, em pequenos detalhes, consigo encontrar fatores que endossam essa possibilidade. Além dos chutes fracos em dois perigos de gols, mencionados acima, o treinador demorou mais da metade do segundo tempo para substituir o inofensivo Tomás Andrade. Diferente do espírito de luta dos jogadores de seu país, o camisa 8 tem se mostrado com um perfil que se assemelha com Escudeiro e Prieto, que passaram por aqui e não deixaram saudade. O cara só toca com a perna esquerda e leva uma eternidade para ajustar o corpo e passar ou lançar a bola. Me enganou naqueles cinco minutos frente ao América.

No final da partida, já com as entradas de Blanco (depois do estádio por duas vezes pedir sua presença) e do Bruninho, Larghi ainda arriscou com Marquinhos pelo lado direito. Aí já era desespero e a substituição me lembrou de Dorival colocando Bernardo na lateral direita. O tempo conspirou contra o Torcedor e os jogadores em campo. Mas, pelos acontecimentos, a favor da opção da diretoria do Galo. Eliminação.

Em que pese ter criticado a escalação do time reserva, ontem, diferente de outras ocasiões, a vontade deles em campo mostrou o contrário. Em nada pareceu com aquele time que enfrentou Boa, Villa Nova e Ferroviário. Até mesmo na escolha dos onze titulares, os nomes não eram exatamente os mesmos. De bom, a meu juízo de valor, o futebol apresentando pelo Erik. Foi aquele dos tempos em que jogava no Goiás, apesar de pecar na finalização. E ainda Bremer, que tem lugar no time principal.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Ao final do jogo, assim que o árbitro apitou o encerramento, foram nítidas as manifestações dos Torcedores. Aplaudiram a disposição e a luta dos jogadores em campo e do treinador, concomitante com palavras de ordem contra os responsáveis superiores pela atual situação do time na temporada. Os nomes do Sette e Gallo eram perfeitamente identificados para quem quisesse ouvir. O primeiro com dois tês e o outro com dois éles. Acorda, Sérgio e Alexandre Tadeu!

Em tempo: Ia me esquecendo, durante a madrugada pude ver e rever as entrevistas de ambos, acho que estão num mundo diferente e fora de sintonia com a Torcida. Alexandre Tadeu dizer que Adilson começou a render pela sombra do Arouca, seria cômico se não fosse trágico. E mais, ele foi ao Rio reclamar do Luiz Flávio de Oliveira, pois a CBF acaba de escalar essa praga para apitar o próximo jogo do Galo. Falta de prestígio ou desdém mesmo?

Já o mandatário, que debocha do Torcedor e exala arrogância, além de desdenhar a competição – comprovando que a decisão foi dele próprio de escalar time reserva –, ainda exala e atira contra quem questiona a situação do time. Agora, caro SeTTe, só nos resta o Brasileiro e a Copa do Brasil. Se fosse o seu antecessor, que o senhor vem escondendo os erros debaixo do tapete, diria que as duas competições são obrigação. E o que vossa autoridade, com esse nariz empinado, diria ao sofrido Torcedor que é Atleticano? Apesar de você, seguimos fiéis ao nosso time do coração.

Blogueiro

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  • Apesar de você, seguimos fiéis ao nosso time do coração .
    Apesar de você, amanhã há de ser outro dia...

  • Ta complicado em presidente Sete Ziza Valadares. O Galão da massa virou brinquedo de engomadinho. Quando um cansa de brincar, repassa para outro que se não entende de futebol como é sabido, porque se aventurar neste clube amado por milhões? .Puro ego pra dizer, já comandei aquele clube. E la vem outra era Ziza Valadares. Deus ajude que eu esteja errado. Não se paga divida de time de futebol profissional contratando bondes, já sabem os disso, pois passamos por isso. Que patrocinador vai interessar em colocar sua marca em time que não é visto, que não gera noticias positivas, Simples assim.

  • Bom dia Eduardo! Acredito que o Galo realmente não tenha elenco para disputar as 3 competições ao mesmo tempo e que não fez escolha ruim em priorizar Brasileiro e CB. O problema foi a prepotência de 7C em sua entrevista. Não precisava desdenhar da Sul-americana, que é torneio importante sim!
    Se tivéssemos jogado com o time titular e estivéssemos eliminados da mesma forma, aí sim seria um desastre, porque teríamos o elenco cansado para a sequência e estaríamos eliminados da mesma forma. Juizão também ajudou bem na eliminação, vale lembrar.
    Mas bola pra frente que no fds já tem mais. Acredito sempre! Abraço!

  • É revoltante ouvir esse imbecil presidente 7CC e esse Gallo. São duas 'Marias' atrapalhando o nosso glorioso GALO. Está na hora deles pedirem para sair, mostrar que ainda guardam um pouco de dignidade. Vamos ver se conseguimos pelo menos a Copa Brasil e uma boa colocação no Brasileiro. Aqui é GALO...

  • Boa noite,

    Somente uma comentario,

    Que preguiça do meu Brasilzão.

    O titulo de primeira pagina de blog deste mesmo site "Mãe, meu Cruzeiro tem seis".

    Sinceramente, que preguiça, custa falar de seu time sem agredir o outro, que falta de educação que nós brasileiros temos. Não quer dizer que não temos um jornalismo imparcial que temos que partir para agressão, que COISA HORROROSA!

    Em países sérios, isto já daria demissão a pseudos jornalista, mas no Brasil, ainda mais neste site, o negocio é ver o circo pegar fogo, depois, por favor, não reclamem das pauladas e pedradas.

    BRAZIL, ESTE ANO TEM HEXA...

  • Boa noite!
    Eduardo respeito sua opinião, mas não acho que o Sette desdenhou a Sula. Ele disse o que todo mundo pensa e não tem coragem ( ninguem da valor a Sula até que perde). A propósito temos dois títulos e nem são reconhecidos como tal. Agora qd é pra favorecer outros times inventam títulos até antes de existir tais competições( vide o rival com o brasileiro antes de 71) é pra matar.
    Agora sobre priorizar todos dizem que o galo não tem time para três competições, então pra que gastar com viagens e hotéis se tbm não seria certeza de título ( poderia ser o caminho mais fácil. Lembrando poderia. Para o Galo nada é fácil). Desistindo de tal competição o Larghi terá mais tempo para treinar o time e deixá lo competitível. É isto que o Sette quer arrumar o time, dar padrão de jogo. Tendo vários jogos seguidos acho que não da pra treinar, lembrando que o CAM é um time limitado, e só vai conseguir algo se treinar. Com certeza isto foi proposto e pensado. Menos competições mais tempo para treinar e apresentar um bom futebol.
    E sim o Galo têm competência para lutar pelo brasileiro.
    Todo time prioriza não compreendo tanta revolta. Além do mais melhor apresentar um bom futebol do que arrastar em três competições como anos anteriores.

    • O suposto "título" de 1966, como Brasileiro, para as marias foi decidido em gabinete. Foi mais para homenagear o Raul, que não tinha títulos de relevo no Cruzeiro e andava meio triste, bebendo muita água e preocupando os sofredores. Falando nisso, porque a Presidência do Galo não aproveita a onda das marias e trabalha para que o título de Campeão do Gelo seja equiparado ao de Campeão Mundial? Se o negócio é reclassificar os títulos antigos para as denominações atuais, o Galo tem um Campeonato Mundial. Concordam?

  • O presidente como de costume foi mais uma vez infeliz ao abrir a boca. A massa pensa totalmente diferente, Sul-Americana vale muito, mas o presidente desdenha quando eliminado. Nossa diretoria, incluindo nosso ineficaz diretor de futebol Alexandre Gallo se mostram incompetentes, omissos e despreparados para assumirem um cargo tão importante. Larghi errou em não mesclar o time, com certeza caso fizesse estaríamos classificados. O presidente é arrogante, prepotente e não entende nada de futebol profissional. Lamentável a eliminação, pior a fala do mandatário. A massa tem que manifestar mesmo, parabéns aos que compareceram e protestaram contra o arrogante presidente com várias homenagens. Acorda massa!!!

  • Alguém mais não conseguiu ler o começo do texto? Na minha página está aparecendo a primeira foto em cima da primeira parte do texto.

  • O desmerecimento de uma competição,qqr que seja,após sair dela,soa como um desrespeito monstro. Sem entrar no mérito da questão, desvalorizar conquistas,mais ainda. Fico pensando como se sentiram os jogadores que deram sangue para conquista-la,e,colocar o nome do CAM na galeria da mesma. Quem esteve na Savassi em 92, sabe o qto a primeira de duas,encheu de orgulho a torcida Alvinegra. Duro!

  • Presidente fraco, bisonho! Sua arrogância ultrapassa todos os limites. Sei o que digo, pois o conheço do meio jurídico e ele sempre foi assim, destilando prepotência e arrogância para todos os lados. Um "zé mané" que acredita ser "o cara"! Nosso problema tem nome e sobrenome: Alexandre Kalil. Conquistou alguma coisa, porém nos deixou suas heranças malditas, quais sejam: Daniel Nepomuceno, Sette Câmara e todo o grupo que domina o CAM. Vai demorar muito tempo para ficarmos livres desta gente.

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