Os números são promissores

É bem verdade que ainda faltam 19 partidas para o término do Campeonato Brasileiro, ou seja, outro turno inteiro. Depois de cumprida a primeira metade da competição, agora os times voltam a se enfrentar nos jogos de volta. Entretanto, o desempenho até agora é sinalizador do que poderá acontecer. Tanto na parte de cima quanto na parte de baixo da tabela. Embora não possamos deixar de considerar que o campeonato deste ano mostra mais equilíbrio do que em 2015.

Os números estão aí para comprovar. Ano passado, Corinthians virou o turno na primeira colocação e confirmou o título ao final. O Galo, que o seguia na vice-liderança, ficou em segundo lugar e ambos foram direto para a Copa Libertadores. Se em terceiro e quarto vinham Grêmio e Fluminense, os gaúchos confirmaram a vaga naquela pré-Liberatadores ao lado do São Paulo, que ocupava na virada do turno a sexta colocação.

Já lá na zona do desespero, para ficar apenas nos seis últimos colocados estavam Figueirense e Avaí, com 20 pontos; Goiás com 19; Coritiba e Joinvile somavam 18 cada e Vasco com apenas 13 pontos. Os rebaixados foram Avaí, Goiás, Joinvile e o Vasco. Se a última vaga no G4 ficou com o então sexto colocado, igualmente na parte de baixo também não saiu da mesma meia dúzia da ocasião.

No nosso caso, a virada de turno é muito promissora, uma vez que, ao contrário de anos anteriores – especialmente 2012 e 2015 –, o time neste mesmo momento vem apresentando ascensão. Naquelas duas oportunidades, depois de inicio fulminante, o Galo teve considerável queda de rendimento. É bem verdade que nos dois casos e notadamente no ano de 2012 aqueles “errinhos” da arbitragem e outras mazelas ficaram expostos pela CBF.

Enfim, a regra do jogo, injusta e deprimente, é que o eixo RJ/SP sempre foi beneficiado pela entidade. Então, temos que olhar pra frente e superar adversários e eventuais maracutaias. Depois daquele começo “claudicante” – como sempre gostou de usar o comentarista Maurílio Costa –, o Galo vem reagindo e enchendo os olhos do Atleticano.

Se em tempos anteriores virávamos o turno no Z4 e sofríamos para recuperar posições, agora – o Galo pelo quinto ano consecutivo briga pelas primeiras posições. Aquela região perigosa tem seus clientes preferenciais, ano a ano, se revezando. Uns, na condição de gangorra, sobem e caem, enquanto outros “namoram” o rebaixamento. Um dia a casa cai.

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