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O que podemos fazer?

Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético – O que podemos fazer?
Roberto Caldeira

Não é de hoje, nem de ontem que o Atleticano se acostumou a viver essa sina do sofrimento. Apoia, se decepciona, reclama, passa a semana toda triste, mas nada muda… Semana que vem tem mais sofrimento…

Se dizem que o brasileiro tem memória curta, o Atleticano abdicou da sua quando o assunto é Galo.

Falando em Brasileirão, a gente até esquece que não ganha há quase meio século. São incontáveis os vexames que esse time vem proporcionando a sua gente, tão apaixonada, e poucas vezes correspondida.

Vamos falar a verdade, amigos, mesmo que seja dura. Nas últimas décadas, quando é que pudemos ter alegria e orgulho do Galo?

Coloquemos a memória pra funcionar: 2013 e 14 foram um oásis num deserto de fracassos! Ah, mas a gente não gosta de futebol, a gente gosta é do Galo! Se não for sofrido não é Galo!

O escambau para essas falácias que só serviram para forjar um sentimento de que o Atleticano não pode ganhar! Que não pode ser feliz!

Alguns ainda tem a petulância de dizer que os títulos da Libertadores e Copa do Brasil fizeram nossa torcida virar modinha, porque o Atleticano raiz torce é pro Galo, contra o vento, seja na alegria e na tristeza, e coisas do tipo! O time perdendo e a torcida cantando que o rival é frouxo!

O escambau pra esse fanatismo cego! Chega de passar vergonha! Eu quero é raça! Eu quero é título! O Galo é gigante! E um clube gigante vive de títulos sim.

O problema é que os títulos, mesmo contando com a sorte, são privilégios de quem tem competência e ousadia!

Coloquemos de novo a memória pra funcionar: quantas vezes vimos isso na Sede de Lourdes?

Mas o que a gente pode fazer? A gente apoia e torce, mas nada muda… O que podemos fazer?

Podemos mudar a história do Galo, amigos! Disso eu tenho certeza! Mas como?

Primeiramente precisamos entender que as mesmas pessoas que já fracassaram e endividaram o Clube, muito provavelmente não vão mudar a história do Galo!

O problema hoje é o Sette! Ontem era o Daniel! Outros dias, era o Ziza, Guimarães, Cury, Brant, tantos outros! Quem será o próximo problema?

Segundo, precisamos entender que existem outras formas, bem sucedidas, de fazer futebol:

  • Democracia: Sócio Torcedor podendo votar e ser votado nas eleições do Clube;
  • Governança: Conselho renovado e participativo;
  • Profissionalização: Presidente (CEO) profissional competente e com dedicação exclusiva;
  • Futebol: Planos de Gestão e de Investimentos de médio e longo prazo na base de jogadores e no profissional;
  • Identidade: Resgatar e fortalecer e identidade de futebol do Galo Forte e Vingador;
  • Transparência Total: Auditoria, Compliance e Responsabilidade fiscal.
Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético – O que podemos fazer?

Para alguns pode parecer utopia defender essas bandeiras. Futebol é bola na casinha. Mas como colocar a bola na casinha sem saber fazer futebol?

Ouso dizer que utopia maior é pensar que um dia teremos um Clube verdadeiramente campeão se nada mudar.

Terceiro, precisamos entender a importância do papel do torcedor na vida do Clube. Não basta apenas apoiar e torcer. A gente precisa participar e ser representado.

Ter transparência para poder fiscalizar e cobrar uma boa Governança e Gestão no Galo (abre parêntesis: alguém hoje nos representa no Conselho e na Diretoria?).

Precisamos poder exigir competência e responsabilidade. Vale sempre lembrar Ferran Soriano: no futebol a Bola Não Entra por Acaso (leiam esse livro, se quiser eu empresto).

Mas, e aí? Muito legal tudo isso. Mas continuo sem entender. O que a gente pode fazer?

– Conheça bem as ideias de Renovação do Galo. Pesquise exemplos de outros Clubes e entenda porque são importantes. Fica difícil defender e acreditar em algo que ainda não entendemos plenamente.

– Dissemine essas ideias a novos torcedores. Lembre-os de nossa triste história de fracassos e vexames (quase meio século sem um Brasileiro).

Mostre-os, com argumentos, que existem outras formas de fazer futebol. Mas que isso só será possível se toda a torcida se unir e passar a exigir fazer parte do processo.

– Por fim, se engaje nessa luta. Somos todos torcedores, com seus afazeres profissionais, questões familiares e sociais e que desejam mudar o Galo. Mas sozinhos, sem apoio, ajuda e união não conseguiremos nada.

– Pense, reflita, e decida fazer algo diferente! Chega de sofrer!

– Eu quero meu Galo gigante! Eu quero meu Galo Forte e Vingador!

E você? O que vai fazer?

Blogueiro

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  • O texto ficou ótimo e concordo com tudo. Mas e aí? Estas propostas são defendidas pelo movimento Renova Galo?
    Existe um site do movimento para os torcedores se inscreverem para futura mobilização ou protesto?

    Quanto ao jogo contra o Bahia espero que Mancine coloque Jair e Martínez como volantes. E Marquinhos do lado esquerdo no lugar do Otero. Apesar do Marquinhos ao tentar ser ousado perder muito a bola, já pode ir um volante atrás dele para tentar recuperar a bola. Ainda assim é mais eficiente que Otero, que ultimamente fica apenas rebolando na frente do marcador, mas sem eficiência.

  • A situação atual do GALO é péssima para as pretensões políticas do Sr. Kalil. Acredito que, no próximo ano, como já vem acontecendo, ele vai aumentar em muito a distância que tem tomado do Sr. Sette Câmara & Diretoria. Assim, entendo que a melhor maneira de quebrar a blindagem do Conselho Deliberativo do CAM é pressionando o Sr. Kalil a apoiar as mudanças que a torcida deseja, incluindo a renúncia da atual diretoria, pois, bem sabemos, ele tem o apoio de uma grande parcela dos Conselheiros. Caso não apoie o movimento de renovação do GALO, que comecem uma campanha de boicote à sua reeleição à PMBH. Porém quem vai por o guizo no gato??? E tem que ser rápido, pois a campanha para reeleição começará logo. A história nos mostra que, na raça humana, o "status quo" só é alterado pelo desejo de quem exerce o poder ou por uma revolução das massas. Como a 2ª opção é impossível (vejam nosso Brasil, na hora em que mais precisamos, sumiram os paneleiros e a turma do R$ 0,10), só restou usar um dos donos do poder (Kalil) para que os demais donos aceitem alguma mudança, mesmo que pequena. A mudança somente acontecerá pela via política ou jurídica. Em tempo: sem o apoio das Organizadas... desistam!

  • POR ORA , O MAIS IMPORTANTE É SALVAR O GALO DA UTI , E PARA ISSO SÓ COM A RENÚNCIA DE TODA A DIRETORIA , CASO
    CONTRÁRIO EM 2020 SEREMOS REBAIXADOS ATÉ NO MINEIRO.

  • Eu já estou fazendo a minha parte, cancelei o sócio torcedor e o canal premier. Acho que a única forma para chamar a atenção dos canalhas que são donos do Galo é mexer onde o calo aperta, no bolso $$$$$, talvez assim eles repensam em uma melhor relação entre clube/torcida.

  • Gostaria de saber como podemos apoiar o Renova Galo. Existe um movimento para colher assinaturas de sócios em apoio ao movimento? Precisamos orientar a torcida para que seja possível uni-la em favor ao movimento!!
    Do jeito que tá não dá, até a Galoucura conseguiram comprar

  • Falta esquema de jogo, manter a organização, a disciplina tática como fez o técnico do América. Não adianta subir todos desordenadamente para tentar fazer gol. No jogo contra o CAP teria que segurar ao menos o empate.

  • Roberto Caldeira, texto perfeito.
    Dentre alguns de seus apontamentos:

    Governança: Conselho renovado e participativo;
    Profissionalização: Presidente (CEO) profissional competente e com dedicação exclusiva;
    Futebol: Planos de Gestão e de Investimentos de médio e longo prazo na base de jogadores e no profissional;
    Identidade: Resgatar e fortalecer e identidade de futebol
    Transparência Total: Auditoria, Compliance e Responsabilidade fiscal.

    Foi o que o flamerda fez e deu resultado. O ex presidente deles, Bandeira de Melo, foi bancado financeiramente por uma turma de empresários, para que ele tivesse dedicação total ao clube.
    A receita dada acima é a correta.

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