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O Atleticano não abandona o time

A ressaca, embora leve e pequena, da derrota para o América, provocou reações variadas no Torcedor Atleticano. Muita gente revoltada com o treinador e pela maneira com que o time se comportou em campo. Entre esses, predominavam a turma que quer a cabeça do treinador e até aqueles que entenderam que o time estava displicente e com a cabeça na Copa Libertadores.

Como o Atleticano é, e até por nós mesmos, reconhecidamente bipolares, não acredito que o péssimo futebol vá interferir na confiança que temos nas conquistas de 2016. Uma convicção eu tenho: ganhando ou não o Mineiro, a Libertadores, ou o que for, o Atleticano – embora inconformado – não abandona o time. Afinal, aqui é SÓ Galo.

Não vemos, por exemplo, camisas do Galo em decisões que não tenham o nosso time envolvido. Domingo, no meio da torcida americana tinha camisa de time que foi eliminado pelo América. É até natural, já que neste período de recesso o noticiário sobre esse time gira em torno da procura por treinador, da troca de jogadores, alguns deles até recusando propostas. Portanto, acho normal que ocupem sua ociosidade na condição de secador.

Mas o que nos interessa é o Galo e eu dizia no início sobre a reação do Torcedor Atleticano. Vamos tratar disso. Eu confesso que também estranhei a formação inicial, com Patric, depois de longo período no estaleiro, entrando de cara, e jogadores decisivos sentados no banco. Até me recuperar do susto, já tinha passado metade do primeiro tempo e, o pior, o time estava mal em campo.

O Torcedor pode e deve questionar, sim, seja treinador, jogador ou diretor, mas desacreditar nunca. É o que temos. Tempos atrás lutávamos contra rebaixamento, agora estamos na Libertadores pela quarta vez consecutiva.  Afinal, de 2012 pra cá são três títulos mineiros – e devemos chegar ao quarto no domingo –, Libertadores, Recopa e Copa do Brasil. Qual time brasileiro tem algo parecido? Nenhum!

Não posso achar que o time seja fraco, mas também não é o melhor do planeta. Tampouco acho Aguirre um treinador de ponta, mas é o comandante do meu time. A diretoria, com toda sinceridade, merece minha total confiança. Se pouco conheço o Daniel, tenho muito vivo na memória uma saudável relação com seu pai. O desembargador José Nepomuceno sempre dividia seu tempo entre o Tribunal de Justiça e o Galo, fora isso a família. Sua genética já o recomenda.

Outros auxiliares, que recentemente mencionei aqui, merecem minha consideração e confiança. São abnegados, que privam de seus momentos até com filhos para se dedicarem ao Galo. Isso não impede, entretanto, de na hora da raiva a gente botar tudo pra fora. Mas vamos acreditar sempre, afinal as vitórias e conquistas do Galo nos fazem muito melhores do que as eventuais derrotas.

Fotos: Atlético/Bruno Cantini

Respeito cada opinião, notadamente do leitor, mas me reservo na condição de acreditar sempre. Permitam-me, para fechar a conversa de hoje, uma pérola que li durante a segunda-feira. Nem foi de leitor deste “Canto do Galo”, mas era o comentário de um Atleticano.

Bruno Quirino, que nem conheço, lembrava que já aplaudimos Mexerica, Catanha, Bilu e outros. Que lotamos o Mineirão, antes dele virar nosso salão de festas, acompanhando o time na série B. Relembrou uma série de desventuras e, ao final, de maneira hilária, e confesso que não concordo com ele, mas vale o registro, sugeriu que o Galo emprestasse – assim como se faz com jogador inexperiente – o torcedor que xinga o time no estádio.

Nem tanto o sugerido pelo Quirino e menos ainda o desânimo com o time. Vamos acreditar. Sempre!

Blogueiro

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  • Acho q nao tem nada perdido tanto para quarta quanto para domingo. O Galo ta no pareo nos dois confrontos, so precisa entrar com gana pra ganhar e se o Aguirre nao inventar. Mas acho o plantel qualificado, bastar focar mais nos objetivos, o futebol ta mto nivelado, nao tem mais time bobo.

  • É a última tentativa de ver um comentário meu publicado. Se não acontecer, não comento mais. Grato.

    • Todos os comentários são aprovados, desde que cheguem ao blogueiro e não sejam ofensivos. No seu caso, caro Iraq dos bons tempos e anos 60/70, acredito ser a primeira opção.

  • Robinho foi a marca da apatia que tomou conta do time no primeiro tempo. Interferindo na cobrança do penalty, uma vez que Pratto é o batedor oficial, e ainda por cima, perdendo o penalty. Desinteressado da partida, pensando que o nome jogaria sozinho. Aguirre, meu filho, dizer na entrevista que escalou Patrick para ver com ele estava, foi uma imprudência, não só por que ele não tinha condições de estar pelo menos 70%, como também, não entender que o jogo não era treino. E que Patrrick poderia ser avaliado entrando no segundo tempo, com o jogo, tenho certeza, com placar favorável às nossas cores. Primeiro, Aguirre, a obrigação, depois as experiências. Observe que nos deixou com uma única opção, vencer. E isso poderia ser diferente se vo^ce, Aguirre, não fosse tão desligado, e alheio às ambições do time alvi-negro. Vou torcer. Não largo o time. A gente diz que larga, rasga a carteira e depois cata os pedacinhos e cola... Aqui é Galo...Se queria, como você alegou, poupar alguns jogadores, escalasse o time reserva. Aguirre, o elenco do Galo não é assim uma Brastemp como muitos pensam. É limitado. Jogador tem que jogar, e não ser poupado...no mai,s dá-lhe Galo, carajo.

  • Vamos acreditar sempre, pois temos elenco para ganhar o Mineiro, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. A torcida do Galo tem que acreditar e fazer a nossa parte que é torcer e incentivar apoiando o tempo todo.

  • Temos erros? Sim. Problemas? Quem não tem. Mesmo assim deveríamos deixar esse pessimismo de lado e voltar a entoar o "EU ACREDITO" quantas vezes for preciso, pois assim mostraremos que energia positiva temos de sobra pra envolver o time nas conquistas. #EuAcreditoSempre!!!

  • Isto não é ilusão, ver o time jogar um futebol medíocre contra o fraco America é realidade, um técnico que não explica nada, tudo na enrolação e a cada partida tem que ter superação, até quando, até quando perdemos tudo o que disputamos, chega.

  • CONCORDO. MAS O TREINADOR AGUIRRE AINDA NÃO DESCOBRIU QUE CADA JOGADOR TEM O SEU ESTILO DE JOGAR E, ALÉM DISSO, CARACTERÍSTICAS DE DIFERENTES DO OUTRO QUE ENTRA. O QUE GANHA JOGO É O CONJUNTO, NÃO É RODÍZIO. RODÍZIO PERDE O CONJUNTO E A HARMONIA DO TIME DE JOGAR.

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